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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

SERVIÇO DEFICIENTE NO TASTE VIN - BELO HORIZONTE (MG)

Resolvi convidar meus pais para jantar em comemoração aos 50 anos de casados dos dois. Decidi pelo restaurante francês Taste Vin, em Belo Horizonte, MG, cidade onde eles residem. As bodas de ouro foram completadas no dia 08 de dezembro de 2012, sábado. Com oito dias de antecedência, ainda em Brasília, liguei para fazer a reserva de uma mesa para quatro pessoas. Fui muito bem atendido por uma mulher que me informou que a pessoa que cuidava das reservas estava ocupada, mas me ligaria em seguida. Ela anotou meu celular. Não demorou nem meia hora e eu recebi o retorno da responsável pela reserva de mesas do restaurante. Educada, gentil, logo confirmou uma mesa para quatro para o jantar do sábado, 08 de dezembro. Durante a semana que antecedeu o dia da comemoração, meu irmão decidiu se juntar a nós, mas como ele viajou a serviço, só conseguiu ligar para o Taste Vin no dia do jantar. Não houve nenhum problema. Apenas avisaram que teriam que trocar o local da mesa, pois uma mesa para seis não caberia no salão inicialmente reservado. A garantia da reserva era até às 20:30 horas, motivo pelo qual eu e meus pais chegamos ao local por volta de 20:15 horas. Fomos de táxi. O movimento na rua onde está situado o restaurante é grande, local cheio de restaurantes e bares. Como era sábado, noite quente e sem chuva, a rua estava repleta de gente. Os manobristas em frente ao Taste Vin trabalhavam muito, pois aquela era a hora dos que tinham reserva chegar. Fomos muito bem recebidos por uma mulher que, ao verificar meu nome na lista de reservas, perguntou seu éramos todos de Brasília. Expliquei que era de BH, mas que somente eu morava na capital federal. Ela nos levou até o estreito salão, situado ao fundo, à direita de quem entra. No salão, apenas três fileiras de mesa. A nossa era a do meio, preparada para receber seis pessoas. As mesas das duas extremidades estavam arrumadas para quatro, mas durante nossa estada, ambas tinham apenas um casal em cada uma. Assim que eu e meus pais nos acomodamos, um garçom chegou com duas garrafas de água, uma com e outra sem gás. Meu pai quis a versão sem gás, enquanto eu preferi a gasosa. Minha mãe pediu uma água tônica e eu solicitei a carta de vinhos. O garçom se retirou do salão em seguida. Logo, um outro garçom perguntou se aceitaríamos o couvert da casa, com o que concordamos. Um cesto de pães e torradas, uma mousse de pepino, um pratinho com queijo de cabra fresco, um pratinho com patê de campanha e um pratinho com tomate semi-desidratado compunham o tal couvert. Começamos a comer devagar, esperando meu irmão e esposa chegarem. Passados vinte minutos, nenhum garçom se fez presente no salão. A água tônica de minha mãe e a carta de vinhos também não se fizeram presentes. Assim que vi o sommelier da casa, o chamei, reclamando sobre a demora em trazerem a água tônica e a carta de vinhos. Ele prontamente me entregou a carta para que eu escolhesse o que queria beber, sendo muito gentil em oferecer sugestão, caso precisasse. Também fez sinal para um outro garçom trazer a água tônica. Meu irmão chegou, se sentou e ninguém veio perguntar o que ele queria. Tivemos que fazer sinal, por mais de uma vez, para que um garçom aparecesse para tirar o pedido de bebidas dele e de minha cunhada. Para servir o espumante que pedi, era preciso ficar levantando as mãos para ver se alguém percebia que queríamos algo. Observei que a mesa atrás de mim tinha a mesma dificuldade. O mesmo couvert que fora colocado quando cheguei, foi o que meu irmão e esposa experimentaram, não havendo reposição ou mesmo uma pergunta se queríamos nova rodada de algum item. Quando decidimos pedir nossos pratos, mais uma vez foi necessário fazer sinais com a mão levantada. Uma gentil jovem anotou nossos pedidos. Como houve três pedidos de suflês, sabíamos que poderia haver uma demora na chegada dos pratos, mas como ficamos conversando, nem vimos o tempo passar. Os pedidos chegaram corretos, com todos apreciando, e muito, cada prato solicitado. Depois da sobremesa e do café espresso, pedimos a conta. Demorou um pouco a chegar. Neste meio tempo, meu irmão perguntou onde pagava o serviço de manobrista, recebendo a resposta que era cortesia da casa. A conta chegou e fui checar. Havia a cobrança de dois couvert, embora apenas um foi servido durante toda nossa estada no Taste Vin. Chamei o garçom, pedindo para corrigir a conta. Ele disse que não havia erro, pois quando serviam mousse, cobravam dois couvert. Argumentei que não era isto que estava escrito no cardápio. Ele trouxe o menu, quando mostrei a ele que eu estava correto. O item que explicava o couvert trazia o seu nome, tradition, sua composição, com a mousse, já descrita acima, e seu preço, R$ 16,00. Ele ficou sem graça, mas disse que a cobrança de dois couvert era porque houve reposição. Disse mais uma vez que ele estava errado, pois em nenhum momento nada foi reposto em nossa mesa. Ele pegou a conta e disse que tiraria um couvert porque eu estava reclamando. Eu, já nervoso, respondi dizendo que ele tiraria um couvert porque ele não fora servido. Neste momento, a moça que nos recebeu trazia alguém para uma mesa próxima. Não tive dúvidas e a chamei para relatar o que estava acontecendo. O garçom ficou atrás de mim, fazendo gestos para ela (minha mãe e meu pai viram tudo), alegando que houve a reposição da mousse de pepino. Eu repeti mais uma vez que nada fora reposto e que apenas um couvert fora servido, do mesmo tamanho e quantidade para todas as mesas que estava próximas, não importando a quantidade de pessoas que estava sentada. Eles ainda tentaram argumentar que a cobrança do couvert era individual. Um erro enorme, pois se assim o fosse, teria que estar escrito no cardápio que o valor era por pessoa e teriam cobrado R$ 80,00 e não R$ 32,00 como estava na conta. Ela se deu por vencida, dizendo que verificaria depois o que ocorreu. A conta chegou sem o couvert nunca servido. Não estava com os indefectíveis 10%. Fiz a conta para saber a parte que me cabia e a que seria de meu irmão. Dei meu cartão de crédito primeiro,  dizendo o valor a ser cobrado.O garçom registrou o valor certo. Em seguida, foi a vez do cartão de meu irmão. Quando falei o valor, o garçom foi fazer as contas antes de passar o cartão na máquina. Ele chegou perto do meu irmão, perguntando se os 10% seriam pagos em dinheiro. Quase subi pelas paredes. Respirei fundo, virei para o garçom, perguntando a ele se achava que pagaríamos os 10% do serviço depois de todo aquele episódio da conta (isto sem contar toda a lentidão no atendimento durante nossa permanência no restaurante). Ele não perguntou mais nada, mas foi educado ao nos desejar boa noite quando deixamos a mesa. Na saída, ainda voltei a falar com a recepcionista, que me pediu desculpas pelo ocorrido. Disse a ela que um garçom jamais deve ficar discutindo com um cliente. O correto seria ele relatar a minha reclamação ao gerente que iria até a minha mesa dar explicações ou saber o que estava ocorrendo. Outro ponto que verbalizei foi o fato do garçom ter tocado no tema dos 10%, mesmo depois de todo o erro na conta. Ele deveria ficar quieto, respeitando a decisão do cliente em não pagar a gorjeta. Fui embora com a certeza que ainda falta muito chão para percorrer no quesito serviço em restaurantes de várias capitais do país. São Paulo está a anos luz de vantagem. Pela comida, volto ao Taste Vin, mas pelo serviço, penso duas vezes antes de voltar.

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