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sábado, 22 de dezembro de 2012

FUNFARRA - SHOW DE ELLEN OLÉRIA

Desde que anunciaram a 108ª edição da festa Funfarra, decidi que iria, mas fiquei enrolando para comprar o ingresso. A atração principal seria a cantora Ellen Oléria, muito antes de ela ganhar o The Voice Brasil. Claro que com a sua vitória, a procura pelos ingressos cresceu bastante, esgotando o primeiro lote rapidinho, quando ainda custavam R$ 20,00 cada um. O segundo lote veio por R$ 30,00, mas só consegui comprar no dia em que o terceiro lote chegou aos pontos de venda. No caso, fui almoçar no Balaio Café, dia 19 de dezembro, dois dias antes da festa, comprando o ingresso por R$ 40,00. Nele estava impresso que a festa começaria às 21 horas no Espaço Livre da Ascade, no Setor de Clubes Sul. Como já tinha ido em outras edições desta festa quando ocorria no Parque da Cidade, resolvi que só chegaria ao local perto de meia noite, pois sempre houve atrasos para os shows programados terem início. Foi o que fiz. Tive grande dificuldade de arranjar um local para estacionar o carro, pois todas as possibilidades perto do clube estavam tomadas. Sinal de que o público seria enorme. Quando parei o carro, um flanelinha veio até mim dizer que estaria ali para vigiar o meu carro até o dia raiar, mas que cobraria R$ 5,00 adiantado para evitar o tumulto de gente indo embora ao mesmo tempo. Olhei para ele bem perto, dizendo que queria guardar bem o seu rosto, pois só pagaria para ele e na hora em que eu fosse embora. Ainda ouvi um outro flanelinha dizer que aquilo era enrolação de minha parte. Não dei importância. Muitos cambistas vendiam ingressos por mais de R$ 50,00 nas imediações do clube. Eu, Ri, e Emi entramos logo, encontrando com Karina, Hélida, Maíra e Fabíola na primeira pista de dança, onde um DJ animava o pequeno público e alguns grafiteiros mostravam sua arte na parede do fundo do espaço. Outro artista pintava um quadro no palco. Dançamos um pouco, mas logo fomos para a área externa por causa do calor. Lá estava montado o maior palco, onde outro DJ animava um grande número de pessoas. No caminho, vimos uma aglomeração no gramado à direita. Paramos para ver o que era. Uma mesa de plástico branca lotada de cebolas, um saco no chão com mais cebolas e duas mulheres vestidas de preto com faca nas mãos descascando algumas destas cebolas, chorando bastante. Uma faixa informava: "Chorinho Ao Vivo". Pausa para muitas fotos, o que também fiz. A festa estava bem organizada, com banheiros em mais de um ponto do espaço, bares espalhados por todos os cantos, algumas mesas para se sentar, uma feirinha vendendo camisetas e uma piscina de plástico montada logo na entrada, onde um grupo fazia uma performance como se estivessem em um dia ensolarado. Quando o relógio marcou 01:00, Ric, Emi e Maíra, cansados de esperar, foram embora. Logo em seguida a banda Passo Largo, com seu repertório instrumental, mas muito dançante, entrou no palco. Ficamos um pouco ali até decidirmos voltar para a primeira pista de dança, onde o DJ continuava a fazer seu set. O público já era enorme. Quando alguns sambas começaram a sair da caixa de som, a pista lotou. Sambamos bastante. Um telão mostrava o que rolava no palco principal. Assim que terminou o show da Passo Largo, voltamos para a área externa, mas ainda não era a hora de Ellen Oléria entrar em cena. Outro DJ subiu ao palco. Minhas pernas já não obedeciam a mente, doíam muito. Olhei para a cara de minhas amigas e todas estavam com ar cansado. Fomos persistentes. O local cada vez ficava mais cheio. Gente de todas as tribos. Muito cigarro. Muita maconha. Muita cerveja. Enfim, às 02:50 da madrugada, Ellen Oléria iniciou seu show. De onde eu estava, bem próximo da mesa de som e luz, estava com dificuldades de ouvir a potente voz da cantora. Havia uma má sincronização entre o som dos instrumentos e a voz de Oléria, aqueles sobressaíam sobre esta. Ao final da segunda música, ela se dirigiu à plateia, que respondeu gritando, uma sinergia muito bonita. O som não dava sinais de que iria melhorar e ir mais para frente estava impossível, pois a multidão era enorme. Assim que ela terminou a terceira música e os primeiros acordes de Senzala (A Feira da Ceilândia) ecoaram pelo ar, decidimos ir embora, não que estivéssemos achando o show ruim, apesar do som, mas porque ninguém aguentava mais ficar em pé. Afinal, todos trabalhamos na sexta-feira e ficamos em pé desde 23:30 horas, dançando. Uma pena que não conseguimos ficar para ver o show completo de Ellen Oléria, mas ficou o gostinho de quero mais. Que venha 2013! Na saída, nenhum flanelinha à vista. Com a ajuda da lanterna de meu celular localizei meu carro e fui embora, deixando, antes, minhas amigas onde estavam os seus respectivos carros.






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