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Diferencial: a mesa de vidro retangular que acomoda as únicas doze pessoas por
vez. A explicação do chef Emerson Montovani sobre cada prato
e a respectiva harmonização com vinho ou cerveja é um dos destaques da casa.
Especialidade: cozinha de autor, sob o
comando do chef Emerson Montovani. Não há cardápio fixo, com variações
constantes do que é servido.
Quando fui: jantar do dia 21 de dezembro
de 2012, sexta-feira. Éramos doze pessoas, a capacidade máxima da casa. Tínhamos
feito reserva antecipadamente. Chegamos pouco antes das 20:30 horas, horário em
que o chef começa a servir o jantar
harmonizado. Ficamos no restaurante até 23:15 horas.
Serviço: eficiente, sem delongas nem firulas.
O que bebi: água com
gás e os vinhos que constavam do menu para o jantar harmonizado. Ao final, um
forte café espresso Nespresso.
O que comi: logo que chegamos, o chef nos recebeu pessoalmente. À frente
de cada prato havia um pequeno potinho com amêndoas e damascos secos. Foi
servida uma taça do espumante brasileiro Don
Giovanni Stravaganzza. Os garçons não deixavam a taça ficar vazia, repondo
enquanto o espumante foi usado como harmonização para os dois primeiros pratos.
Iniciou a sequência um creme de cebola levemente trufado, bem
servido em prato de porcelana branca, fundo, permitindo o aroma da trufa
dominar o ambiente. Na harmonização com o espumante as notas de tostado se
sobressaíram. Em seguida, uma pequena salada de brotos de folhas verdes, tomate
cereja e mousse de queijos (levava cinco tipos de queijos, tinha
castanha do Brasil em seu interior e tirinhas de bacon bem tostadas por cima),
cuja harmonização modificou por completo o paladar, com notas adocicadas
aparecendo no espumante. O terceiro prato da noite foi um bacalhau la kama (um
tempero marroquino que leva algumas especiarias, como gengibre, pimenta do
reino, canela e cúrcuma, muito usado para acompanhar carne de cordeiro). O
bacalhau é desfiado e misturado a um purê de batatas, em consistência macia e
leve. O tempero marroquino deu um toque adocicado ao prato, facilitando a
harmonização com o vinho branco Founders
Estate Chardonnay, produzido na Califórnia pela Beringer Vineyards. Veio então o quarto prato da noite, um pernil
de cordeiro picado em cubinhos e cozido em vinho tinto, também utilizado
para fazer seu molho. Perfume agradável e carne bem macia, penetrada pelo
vinho. A harmonização ficou perfeita com o vinho tinto italiano Chianti Da Vinci. Para acompanhar o
cordeiro, foi servida, à parte, uma farofa diferente: farofa de pipoca. Todos
ficaram curiosos sobre como fazer a tal farofa. O chef nos explicou, dizendo que bastava estourar a pipoca, levá-la,
em seguida, a um liquidificador e processá-la. Naquele dia, ele estourou o
milho de pipoca com azeite extra virgem e manteiga, liquidificando-a juntamente
com ervas finas. Delicioso, leve e com ótima textura no paladar. Finalizamos
com a sobremesa, coulis de frutas amarelas com panqueca de queijo italiano. Não
era bem um coulis, mas um ensopado de
frutas amarelas picadas em cubos. Foi o único prato que não gostei. Achei o
sabor das frutas sem graça e o recheio da panqueca muito forte. Para sua
harmonização, foi servido o Château
Petit Vedrines, feito na região de Sauternes.
creme de cebola
salada de brotos de folhas verdes, tomate cereja e mousse de queijos
bacalhau la kama
picadinho de pernil de cordeiro
coulis de frutas amarelas com panqueca de queijo italiano
Valor individual da conta: R$ 169,00,
com tudo incluído – jantar, vinhos, água e café. Não há cobrança de taxa de
serviço.
Minha avaliação: * * * *.
Gastronomia Brasília (DF)
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