Pesquisar este blog

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

DEGUSTAÇÃO DE VINHOS BRASILEIROS

O site Decantando a Vida promoveu uma degustação de vinhos brasileiros na noite de terça-feria, dia 10 de setembro de 2013, no Restaurante L'Affaire, que fica no térreo do Hotel Mercure Líder, em Brasília. Evento limitado para doze pessoas. Marcado para 20 horas, houve um pequeno atraso para o início da degustação. Paguei R$ 75,00 para degustar sete vinhos brasileiros. A degustação foi durante um jantar, pagamento em separado, que consistia de um menu com entrada, prato principal e sobremesa, além de água à vontade. Escolhi como prato principal um picadinho de filé. Em um clima informal, Eugênio conduziu a degustação, explicando origem, castas, produtores e características de cada vinho. A harmonização com o jantar não era relevante. O objetivo era provar cada um dos vinhos, com as impressões de cada participante sendo compartilhadas por todos à mesa. O primeiro a ser servido foi o Bandeiras Barbera 2010 (R$ 75,00), produzido na cidade de Cocalzinho, interior de Goiás, elaborado com 85% de barbera, 10% tempranillo e 5% sangiovese. Tem 15º de álcool, mas na boca isto não é sentido, pois é muito elegante, com taninos moderados. Seu aroma é forte, com presença de frutas escuras. Aroma e paladar me surpreenderam. Descansando na taça, evoluiu para um aroma adocicado. Foi o meu preferido da noite. Em seguida, veio o Kranz 2008 (R$65,00), produzido na região de Treze Tílias, em Santa Catarina, com a casta cabernet sauvignon, tem 13,3º de álcool. Achei um vinho insosso, tanto no aroma, quanto no paladar. Com certeza, foi o pior vinho tinto da noite. Veio o terceiro vinho e novamente uma surpresa, pois ele é produzido em Três Corações, no interior de Minas Gerais, na Estrada Real, região que também dá nome à vinícola. O vinho se chama Primeira Estrada, safra 2010 (R$ 78,00), elaborado a partir da casta syrah, com 13º de álcool. Tem cor escura, com aromas agradáveis de framboesa e similares. Na boca, achei o vinho bem redondo, ótimo para tomar despretensiosamente. Muito bom. Veio o quarto vinho, o primeiro da noite que decantou por mais de uma hora. Era o Villa Bari Gran Rosso 2006 (R$ 75,00), da vinícola Barichello (sem relação com o piloto), localizada em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, portanto, fora das principais regiões produtoras do estado. Produzido com 50% da casta merlot e 50% da casta cabernet sauvignon, este vinho utiliza uvas de maturação prolongada, mas não chegam a ser passificadas, pois amadurem na própria parreira. Gostei mais na boca do que no aroma. Tem boa acidez e um retrogosto um pouco adocicado. Não me lembro bem da sua gradação alcoólica. O quinto vinho da noite foi o excelente Elephant Rouge, safra 2011 (R$ 68,00), produzido no Vale dos Vinhedos, Rio Grande do Sul. Elaborado com 75% de cabernet sauvignon, 25% merlot e 5% alicante bouschet, tem 13º de álcool. Sensacional no aroma, com notas iniciais de frutas vermelhas, evoluindo para couro e charuto. Na boca é redondo, bem elegante. O último tinto foi o Domínio Vicari merlot, safra 2009 (R$68,00), produzido na Praia do Rosa, Santa Catarina. Foi outro vinho servido em decanter, onde descansou por quase duas horas antes de ser por nós degustado. O vinho não passa por madeira, mas seu aroma evolui para um café tostado. Na boca, é forte, diferente dos merlot que existem no mercado. Por fim, o derradeiro vinho da degustação, desta vez um branco, também Domínio Vicari, safra 2009 (R$ 68,00), elaborado com a casta riesling itálico. Todos sabem que não aprecio vinhos brancos e este é mais difícil ainda de se apreciar, pois foge do convencional. Tem uma cor mais forte, um amarelo dourado, com aroma intenso de cola e resina. Na boca, um certo amargor me incomodou. Bebi apenas o suficiente para comprovar que ainda não foi desta vez que vou começar a apreciar um vinho branco. Após duas horas de degustação, fiquei entusiasmado com os vinhos brasileiros e já estou pronto para uma próxima reunião deste tipo.








vinho
gastronomia

Nenhum comentário:

Postar um comentário