Pesquisar este blog

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

DEGUSTAÇÃO DE VINHOS BRASILEIROS

Após a ótima experiência com vinhos brasileiros em degustação promovida pelo site Decantando a Vida no restaurante L'Affaire na noite de 10 de setembro, confirmei presença assim que as inscrições foram abertas para uma nova degustação com outros vinhos produzidos no Brasil. Paguei R$ 75,00 para ser um dos dez participantes do encontro que o mesmo site organizou, também no L'Affaire, na noite de 26 de setembro. O jantar que acompanhou a degustação de sete vinhos nacionais ficou em R$ 58,30 por pessoa, já com as taxas, consistindo de um menu fechado, com entrada (salada), três opções de pratos principais e duas opções de sobremesa. Antes do jantar ser servido, colocaram na mesa porções de queijos variados cortados em cubinhos, azeitonas pretas sem caroço, presunto, também cortado em cubos, e pães. Água com e sem gás era servida à vontade. Só havia nove pessoas presentes e uma delas teve que sair mais cedo, antes de todos os vinhos serem servidos. Como estou de dieta, dispensei a salada, pois ela continha batatas, forrando o estômago apenas com os queijos. Escolhi o entrecôte à Paris como prato principal, apreciando apenas a carne, que pedi ao ponto, que estava bem macia. Embora tentadoras, resisti às batatas fritas que acompanharam o meu prato. Nem quis ver a sobremesa. Vamos aos vinhos da noite:

01) Paralelo 8 Premium, safra 2009, com 13,5% de teor alcoólico, produzido no Vale do São Francisco, em Pernambuco, com cinco castas: alicante bouschet, touriga nacional, aragonez, cabernet sauvignon e syrah. Encontrado em Brasília na Art du Vin ao preço de R$ 70,00. Senti aroma de frutas vermelhas e um leve floral. Na boca, tem taninos delicados, sem agredir, mas não me surpreendeu.

02) Máximo Boschi 2004, elaborado com a casta merlot, com 13% de álcool, cuja produção foi de 2.700 garrafas na Serra Gaúcha. Esta foi a segunda safra em que este vinho foi produzido. A anterior data de 2000. Tem um interessante rótulo que lembra os vinhos italianos, com um desenho de um elmo medieval. No aroma, notei um fumo e na boca, novamente os taninos se mostraram presentes, mas sem agredir o paladar. Sabor prolongado. Encontrado em Brasília na Art du Vin, saindo por R$ 65,00.

03) Minimus Anima, safra 2008, feito com 50% de cabernet franc, 20% de cabernet sauvignon, 20% de alicante bouschet e 10% de merlot, em Canoas, Rio Grande do Sul, por Marco Danielle. Ele não possui vinhedos, comprando as uvas de produtores independentes de Campos de Cima da Serra e de Encruzilhada do Sul, cidades do Rio Grande do Sul. Tem 12,8% de álcool e tem pouca adição de sulfitos. É encontrado para venda apenas pela internet, cujo preço médio é R$ 58,00. O rótulo apresenta uma bela fotografia, confirmando a profissão de seu produtor: fotógrafo. Inicialmente um aroma de estábulo subiu da taça, mas foi evoluindo até chegar a ervas e terra. Na boca, foi intenso, redondo e bem elegante. Gostei muito.

04) Garapuvu 2012, vinho branco de cor bem próxima ao laranja, produzido em Santa Catarina pela vinícola Quinta da Figueira. É um vinho de garagem, feito dentro de Florianópolis, utilizando barricas de segundo uso compradas da Villa Franchioni. Tem 12% de álcool e custa R$ 55,00. Apenas 200 garrafas foram produzidas por esta safra. Como não gosto de vinho branco, deixo de comentar.

05) Tormentas Fulvia Garagem, safra 2008. Vinho elaborado por Marco Danielle com uvas compradas de produtores de Campos de Cima da Serra, tendo em sua composição 100% cabernet franc, com 12,95% de álcool, custa R$ 80,00. Vinho decantado antes de servir. Aromas de frutas vermelhas se sobressaem e evolui para um caramelo. Na boca, redondo, persistente e elegante. Rótulo também estampa uma bela foto. Dos tintos, foi o que mais gostei.

06) Tormentas Ius Soli Garagem, safra 2008, com produção de apenas 650 garrafas. Elaborado por Marco Danielle com castas de Encruzilhada do Sul, cuja composição é 60 % cabernet sauvignon, 30% merlot e 10% alicante bouschet. Tem 13,04% de álcool e custa R$ 160,00. Aroma que evoluiu rapidamente para açúcar queimado. Na boca, taninos elegantes, redondo. Mais um rótulo com fotografia. Gostei.

07) Aracuri Brut, safra 2011. Um espumante de garagem produzido em Campos de Cima da Serra pelo método charmat com 100% da casta chardonnay, tem 11,5% de álcool. Custa, em média, R$ 30,00. O que mais me agradou na noite. Servido em temperatura ideal, este espumante se mostrou refrescante, com um leve tostado na boca.

A degustação durou pouco mais do que duas horas e foi bem descontraída. Gostei muito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário