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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

EL PASO LATINO - GASTRONOMIA EM BRASÍLIA (DF)


Hora do almoço de terça-feira, dia 22 de outubro. Último dia de trabalho antes da minha viagem de férias. Tinha combinado com Karina de almoçarmos juntos. A opção por mim sugerida e imediatamente acatada por ela foi o El Paso Latino, onde ocorre, até o dia 27 de outubro, o 6º Festival de Ceviches, por David Lechtig, o chef do restaurante. Chegamos mais cedo do que o costume rotineiro em dias de trabalho, por volta de 12:30 horas, deixando o carro com o manobrista.

Endereço: SCLS 404, Bloco C, loja 15, Asa Sul, Brasília, DF.

Contato:  (61) 3323 4618.

Especialidade: culinária latino-americana, com destaque para a cozinha peruana, sob o comando do chef David Lechtig.

Quando fui: almoço de 22 de outubro de 2013, terça-feira. Éramos 02 pessoas. Ficamos em uma mesa localizada no salão ao fundo, à direita de quem entra. Permanecemos no local por mais de uma hora.

Serviço: manobrista exclusivo do restaurante, com o valor (R$7,00) sendo cobrado na conta. Garçons atenciosos, cordiais, com atendimento acima da média do que vemos em Brasília. A casa oferece um cesto de chips de milho, feitos no próprio local, com uma tigela de salsa roja como cortesia, enquanto esperamos o nosso pedido chegar à mesa. Wi-fi gratuito, mediante fornecimento de senha. Minha amiga não gostou de um dos ceviches que ela pediu. O garçom, ao recolher o prato, perguntou se ela não havia gostado, oferecendo um novo sabor para ela. Karina disse que não precisava, pois estava satisfeita, mas o chef fez questão de enviar uma nova porção do mesmo ceviche para ela provar. Karina provou e aprovou, dizendo que os sabores eram completamente diferentes. Este tipo de atitude do chef faz a diferença!


O que bebi: uma lata de 350 ml de Guaraná Antarctica Zero (R$ 5,50), em copo longo com gelo e laranja. Ao final, um bem tirado café espresso Lavazza (R$ 4,00), que é acompanhado por um biscoitinho coberto com chocolate e um pau de canela para mexer o açúcar ou adoçante que colocamos no café. A canela dá um sabor especial à bebida.

O que comi: fui para provar algum prato do 6º Festival de Ceviches. Ao preço fixo de R$ 44,00, o cliente escolhe dois tipos de ceviches criados especialmente para o evento. Além dos dois ceviches, integra o menu uma causa de camote e uma yuca picante a la huncaína. Fiquei em dúvida entre sabores inusitados, como caranguejo, vieiras, pato e pirarucu. Ao final, escolhi o Ceviche Nayarit (camarão com guacamole, cebola, tomate e jalapeño) e o Ceviche Amazônico (pirarucu com folhas de jambu e azeite de sementes da Amazônia Peruana). O prato não demorou a chegar e tem linda apresentação, com os ceviches vindo em duas cumbucas de porcelana branca sendo servidas sobre uma pedra de ardósia, com a causa e a yuca entre elas. Comecei pela versão amazônica. O caldo de limão, o jambu e a cebola roxa picada estava delicioso, entranhando bem na carne consistente do pirarucu. Isto sem falar na leve e gostosa dormência que a folha típica do Norte do país provoca nos lábios e na boca. No entanto, parece-me que este peixe não combina muito bem com os ingredientes do ceviche, pois sua carne não estava macia, mas o sabor era muito bom. O detalhe do chips de banana verde que decora os ceviches é digno de nota, pois tem presença e são saborosos. Em seguida, experimentei a causa de camote. Causa é um prato peruano cuja massa é feita com batata e limão, recheada por diversos ingredientes. No caso, o chef usou a batata doce (camote) na elaboração da massa, colocando um recheio de peixe com passas, provocando um sabor muito doce neste acompanhamento, o que ajudou a neutralizar o ácido do limão dos caldos dos ceviches. A yuca (mandioca) estava levemente picante e derretia na boca. Sensacional. Por fim, o melhor. O ceviche nayarit estava divino. Camarões, cebola picada, tomate,  limão, tudo envolvido com guacamole (abacate) foi um achado do chef. Sabor leve, marcante, daqueles com vontade de repetir muitas e muitas vezes. Espero que esta versão entre no cardápio fixo da casa, pois é muito boa. Fiquei tão empolgado com este ceviche que resolvi pedir uma sobremesa típica peruana, que no El Paso Latino recebe o nome de suspiro de limeña (R$ 16,00). Servida em uma taça grande, consiste de um creme de doce de leite com vinho do Porto, coberto com merengue e canela. O creme é adocicado no ponto, sem ser enjoativo, e o merengue faz a diferença no paladar. Muito bom.

Ceviche Nayarit


Ceviche Amazônico


suspiro de limeña
Valor que me coube da conta: R$ 71,30.

Minha avaliação: * * * *. Local para se voltar muitas e muitas vezes, pois além da comida excelente, o astral do lugar é para cima, com decoração alegre e vibrante.

Gastronomia Brasília (DF)

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