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terça-feira, 22 de outubro de 2013

ELYSIUM

Nada como assistir a um filme em um cinema confortável, como o é a Sala Platinum do Kinoplex localizado no ParkShopping. Poltronas espaçosas, revestidas em couro, que reclinam, transformando-se em uma espécie de chaise longue, com local apropriado para colocar copos e vasilhame das guloseimas próprias de um cinema. Ainda temos o mimo de nossa compra de bebida e comida ser entregue quando já estamos confortavelmente instalados dentro da sala de projeção. Paguei R$ 20,00, meia entrada, por possuir o cartão de crédito Itaú Platinum, para ver Elysium (Elysium, EUA, 2013). Dentre as pessoas que consultei, o filme não é uma unanimidade. Alguns gostaram muito, enquanto outros odiaram. Como gosto de ficção científica, fui conferir esta produção americana dirigida pelo sul-africano Neill Blomkamp, mesmo diretor do elogiado Distrito 9 (District 9, 2009). No elenco, Matt Damon (Max), que interpreta o herói, e Jodie Foster (Delacourt), a vilã, além dos brasileiros Alice Braga (Frey) e Wagner Moura (Spider), cujas participações vão muito além de meros coadjuvantes. Braga é a mocinha da história e Moura tem um papel primordial no fechamento do enredo. E ambos estão muito à vontade em seus personagens. Blomkamp parece ter uma obsessão pelo futuro da humanidade, pois seu filme anterior, também uma ficção, tinha uma abordagem de cenários com muito lixo semelhante. Em Elysium, os ricos moram em uma estação orbital, onde tem todo o conforto, não contraem doenças e parecem ter encontrado a fórmula da vida eterna, enquanto os pobres vivem em um planeta devastado, sem perspectivas de vida, controlados pelos ricos e explorados ao extremo por eles, produzindo, inclusive, os robôs, chamados droides, que substituem os humanos como policiais ou atendentes em balcão de serviço público. O espaço aéreo da Terra é controlado pelos ricos. Elysium é o nome deste paraíso da riqueza. Tem um sistema presidencial, mas com um forte controle de segurança, cujo comando é exercido por Delacourt. Max sofre uma acidente de trabalho, quando é exposto a altas doses de radiação, o que lhe dá apenas cinco dias de vida. Para se salvar, precisa de ir até Elysium e entrar em uma câmara de cura. Para tanto, busca ajuda de Spider, uma espécie de Robin Hood sem escrúpulos, que envia os pobres, mediante um pagamento em dinheiro, para tentar entrar em Elysium, lhes dando também uma falsa identidade, carimbada na pele, para serem reconhecidos como cidadãos da estação orbital. Spider pede um favor para antes de dar a passagem de Max para sua salvação: sequestrar um empresário poderoso para fazer um download de tudo o que está em seu cérebro. Logicamente que nem tudo sai como planejado, sendo Max caçado por um agente de Elysium, envolvendo na caçada Frey e sua filha, que tem leucemia em estágio avançado. Após muitas lutas e explosões, o final, em certos termos, é o esperado. Ressalto algumas coisas interessantes que percebi durante o filme. As marcas famosas se fazem presentes, seja no mundo dos ricos (o símbolo da Versace aparece em uma das câmaras de cura), seja no mundo dos pobres (a bota de Max é Adidas). A língua comum entre os pobres é o espanhol, enquanto a riqueza se expressa em francês. O inglês é usado como se fosse uma língua universal. O filme não tem cores vibrantes, mesmo quando em Elysium. O diretor de fotografia optou por usar cores em tom pastel, deixando o ambiente da Terra quase sem cor, variando entre o sépia e o preto e branco. E Los Angeles, onde Max vive, é uma enorme favela, com lixo espalhado para todos os lados. Outro fato interessante é Wagner Moura xingando em bom português quando está com raiva. Boa diversão.

filme

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