Hoje, 01º de outubro de 2013, entrei em meu inferno astral. Afinal, faltam 30 dias para mais um aniversário. E não é qualquer aniversário, pois completarei meio século no dia 31 de outubro, uma idade que me parecia longe demais até alguns anos atrás, mas agora era se avizinha forte, decidida. Geralmente, os meses de outubro me fazem ficar reflexivo, quando entro em uma espécie de revisão do que vivi até aqui. À minha frente, um grande telão se forma no qual meus olhos se fixam em um filme que passa em velocidade digna de um maglev, o trem mais rápido do mundo. Nele, cenas da minha vida se atropelam umas nas outras, formando um mosaico de boas e más recordações. É a vida que segue, acelerada, rompendo barreiras e obstáculos, trazendo surpresas, novas experiências e novas vivências. Outubro de 2013, chegou mais um momento para eu exercitar esta reflexão. Parodiando César, um amigo de Belo Horizonte, 50 anos é um ótimo divisor. Idade que nos permite confessar coisas que até então poderiam soar estranho ou causar espanto, o que nos constrangeria até então. Hora de dizer claramente que não gosto de natureza; que aprecio uma linda cachoeira mirando uma foto, dispensando a visita in loco; que gosto de cidade agitada, com muito trânsito e barulho; que acho chato ouvir alguns ícones da música brasileira, como o João Gilberto e o Djavan; que gosto dos cantores bregas, especialmente aqueles que fizeram sucesso nos anos setenta; que prefiro mortadela ao presunto; que adoro colecionar bonecos de plástico, especialmente os do universo Batman; que não gosto do filme Cidadão Kane; que gosto de estrogonofe (prato que era chique e virou brega, como tantos outros); que sempre odiei cajuzinho. Poderia ficar enumerando uma série de confissões, mas deixo isto para ir soltando com o tempo, sempre acompanhado de gostosas gargalhadas. É tempo também de abrir mais a mente, de se abrir para o novo: novos hábitos, novos sons, novos sabores, novas percepções, novos amores. É tempo de celebrar a vida. Sempre!
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