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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

CANADÁ DIA 2 - QUÉBEC


Montmorency Falls

Domingo com menos vento. Portanto, menos frio em Québec. Café da manhã com todos reunidos no restaurante La Terrace no hotel. Mesa para dez e muito papo e muita comida. Buffet farto. Após o café da manhã, saímos em quatro para dar mais um passeio, desta vez pelas escadas de madeira que ladeiam os muros de La Citadelle. Subida cansativa. A cidade está tomada por excursões da terceira idade e há muita gente com câmaras fotográficas de lentes enormes. A cidade é propícia para quem gosta de fotografar e nesta época, a famosa árvore símbolo do Canadá, a mapple tree, tem suas folhas em várias tonalidades: verde, amarela, vermelha, alaranjada. No final do passeio, nos encontramos com os outros seis amigos que fizeram o caminho inverso.
Decidimos fazer um tour de barco pelo Rio São Lourenço para passar o tempo (CAD 32 por pessoa), já que havíamos visto praticamente tudo que interessa do ponto de vista turístico na cidade. Dois resolvem ficar no hotel. Faço o check out (CAD 506,07) e deixo as malas no quarto dos amigos que não quiseram passear de barco. Um microônibus nos pega na praça em frente ao hotel e nos conduz para o pier onde embarcamos no barco Louis Jolliet. Nos instalamos na parte protegida do frio, no piso térreo do barco. Antes mesmo de partir, a fome aperta e verificamos as opções. Havia apenas quatro sanduíches, para uma viagem na hora do almoço. Comprei um sanduíche e uma coca diet para dividir com Ric (CAD 9,75). Outros fazem o mesmo. O barco parte às 14 horas. Segue o fluxo da corrente e um guia fantasiado com vestimentes do século XVII fala sem parar, em inglês e em francês, sobre a cidade e as edificações que vemos pelo caminho. O barco faz a volta e navega contra a corrente. O nível da água está muito baixo, com bancos de areia aparecendo nas margens. Nós não prestamos muito atenção na exposição do guia e alguns sobem para o último piso para tirar fotos. Depois de um tempo em baixo, ouvindo sobre o hotel Château Frontenac, o estaleiro que constrói uma embarcação que será entregue em 2012, sobre a cidade do outro lado do rio, sobre o porto de Québec, resolvo fazer companhia para os amigos na parte superior. Muito vento e um frio gelado. Não muito de diferente para apreciar. Passamos ao largo da Ile d'Orleans e ao final do passeio, perto de uma ponte metálica que liga as duas cidades, vemos uma queda d'água, Montmorency Falls. O interessante é que a cachoeira não cai diretamente no rio, fica às margens dele, mas cai em um lago. Concluído o passeio, é hora de voltar no mesmo transporte para o hotel, pegar as bagagens e ir de táxi (CAD 10) para a estação de trem. Nos dirigimos para o despacho de bagagens. Foi a primeira vez em que viajei de trem e tive que despachar as bagagens. Achei ótimo. A minha mala e a de Ric foram pesadas primeiro e ultrapassaram o limite máximo permitido. A simpática recepcionista pergunta se estamos em grupo. Digo que sim e ela pergunta se sou o guia. Ao responder negativamente, ela diz que teremos que pagar os excessos. Fala qualquer coisa com seu colega recepcionista e ele pergunta de novo se sou o guia, dizendo que se é um grupo com um guia, todas as malas são computadas juntamente e não há excesso a pagar. Respondo que sou o guia e os recepcionistas riem e etiquetam as malas. Temos ainda que trocar os vouchers impressos pelos bilhetes e como o guia, troco o de todos na bilheteria da estação. Distribuo as passagens e um senhor pede ajuda para comprar seu bilhete. É brasileiro de Juiz de Fora, idoso, viaja sozinho e não fala inglês nem francês. Vou até o guichê com ele e o ajudo, mas ao final, ele desiste, pois o trajeto do trem não o satisfaz. Antes de ir para a sala vip, comemos uma pizza no restaurante da estação. Sabor de pizza de restaurante de estação... Como estávamos de classe executiva, embarcamos primeiro. O trem partiu na hora exata, ou seja, 17:40 horas. Os quatro amigos de BH ficam em assentos nas primeiras filas e os seis de Brasília se sentam nas últimas fileiras. Como sentei atrás, creio que a parte mais divertida da viagem aconteceu nas últimas poltronas. Conversamos, tiramos fotos, tentamos acessar a internet (em vão, pedi ajuda ao comissário e perguntei se era gratuito o acesso. Ele disse que por ser gratuito,o acesso era ruim), comemos, cantamos, dançamos, até sermos repreendidos pelo comissário de bordo. Alguém reclamou que falávamos alto. Como tomei oxigênio líquido, estava agitado. Tenho a impressão que a reclamação era dirigida a mim. Parei de ouvir Gretchen e fui ouvir Ave Maria, na voz de Maria Bethânia. O trem chegou ao nosso destino às 21:10 horas. Chegamos em Montreal.

4 comentários:

  1. Léo, estou adorando o relato da sua viagem. Realmente você parece um guia. Boa viajem.
    Cristovão.

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  2. Cristóvão,

    A viagem está ótima.

    Bjs.

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  3. Houve quem reclamasse do barulho, mas houve tambem quem reclamasse do fim da cantoria... :)

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  4. Pedro,

    Na verdade, somente uma pessoa reclamou. A maioria. quase todos da terceira idade, estava adorando a cantoria.

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