Sábado foi dia de almoço em família, com direito a pai, mãe, irmão, cunhada e sobrinhos. Meu irmão acaba de chegar de Singapura, onde esteve de férias com a mulher. Assim, o tema do almoço foi viagens de férias, tanto a dele quanto a minha. Já que na sexta-feira tinha dedicado a parte da tarde para minha sobrinha mais nova, no sábado foi a vez de jogar no computador com os outros dois sobrinhos (onze e oito anos). Quando eles foram embora, pouco tempo restava para que eu e meus pais nos aprontássemos para a sessão de estreia do Cirque du Soleil, em sua nova temporada em Belo Horizonte, desta vez com o espetáculo Quidan. Minha mãe estava muito ansiosa para sua primeira vez assistindo à trupe que nasceu no Canadá e quis sair cedo de casa. Chegamos cedo ao local onde a tenda está armada para três semanas de apresentação, no Centro Esportivo Universitário da UFMG (Avenida Coronel Oscar Paschoal, s/nº, Pampulha). Fácil acesso de táxi e muito bem organizada a entrada. Já havia várias pessoas. Creio que muitos preferiram ir cedo para evitar o trânsito dos torcedores que iriam ao jogo Atlético-MG X Vitória-BA, no Mineirão, ao lado do circo. No entanto, houve uma bem sucedida marcação de horários, evitando o tumulto de trânsito para os dois espetáculos. O circo teve sessões às 17 horas e às 21 horas, enquanto o jogo aconteceu às 18:30 horas. Já na parte interna da tenda, aproveitamos para comprar umas lembranças e beber água, pois o calor era forte. Os ingressos foram comprados em maio, no início da pré-venda para quem tem cartões de crédito Bradesco (R$490,00 a inteira e R$245,00 a meia para meus pais). Por uma coincidência, sentei na mesma fila e cadeira do espetáculo Ovo, que assisti em Toronto, Canadá. Com a tenda lotada, o espetáculo começa no horário marcado. Uma sucessão de números acrobáticos toma conta de Quidan. É meu terceiro espetáculo. Vi Allegria e Ovo. Muitos ficam querendo comparar, mas não faço isto. Cada um tem sua história, seus efeitos tecnológicos e seus números circenses. Gosto dos três e não tenho ordem de preferência. Allegria me marcou por ter sido o primeiro que vi. Ovo tem seu toque de emoção e de brasilidade, difícil de ver em outras peças. Quidan tem momentos de segurar a respiração, como o número em que um casal de artistas ucranianos faz contorcionismos e movimentos delicados no meio do palco sem se desgrudarem nunca um corpo do outro. O número das chinesas com carreteis em fios é um charme à parte. Número parecido está em Ovo, só que apenas um artista faz as acrobacias com os carreteis. O número que uma dezena de artistas pulando cordas é interessante. Também é onde acontece o erro. Ele é repetido até dar certo. Parece que sempre há um número com erro nos espetáculos para lembrar à plateia que ali estão se apresentando seres humanos. A presença de artistas brasileiros está no número em que cinco artistas, três dos quais nascidos no Brasil, fazem a performance pendurados em cordas. Ao final de Quidan, os artistas foram muito ovacionados e voltaram três vezes ao palco. Durante a sessão de duas horas e meia, com intervalo de meia hora, meu tênis novo, comprado em Chicago, apertava muito meu pé direito. Na saída, pegamos um táxi (havia uma grande fila de carros, mostrando que organização é tudo) e fomos ao Shopping Del Rey, onde comprei um outro tênis na loja Centauro Esportes. Concluí que tênis tem que ser um número a mais do que sapato para não haver desconforto.
De volta a casa, apenas me arrumei para ir à festa de um amigo que completava 39 anos. Amigo que viajou comigo para o Canadá. No apartamento dele, momento de rever colega de faculdade e vários amigos mineiros que há muito não os encontrava. A festa foi ótima com muito papo interessante. Nesta reunião, cinco dos dez que viajaram de férias se reencontraram e, obviamente, revivemos momentos de nossas férias. Já de madrugada, começo a sentir uma pontada na altura do rim direito, o mesmo que operei há dois meses. Resolvo ir para casa e dois amigos me levam de carona. Em casa, deito e tento dormir, mas a dor é crescente Às quatro horas da manhã, peço ajuda à minha mãe, com muita ânsia de vômito. Às cinco vou para um pronto socorro. Chamamos um táxi. Escolhemos o do Hospital Semper, mas na recepção, antes mesmo de sair do carro, avisam que a previsão de atendimento é a partir das 10 horas da manhã, pois houve um atropelamento que mobilizou os plantonistas. No mesmo táxi, vamos para outro hospital. Desta feita, o Life Center. Atendimento na recepção bem rápido. O médico faz algumas perguntas e pede alguns exames, além de me medicar com Buscopan na veia. A dor aguda passa, mas fica dolorido. Colho sangue, urina e faço um raio x. O ultra som somente poderia ser feito a partir de 8 horas da manhã de domingo. Fico deitado em um leito na enfermaria da emergência. Alguns outros casos de cólica renal. Fico preocupado com a situação, pois a cirurgia, em tese, deveria ter eliminado todos os cálculos do rim direito. Às 9:30 horas, entro para a sala de ultra som. Exame minucioso e nada de cálculo é detectado. A dor volta dilacerante. Retorno para a enfermaria e me aplicam uma dose de morfina. Fico sonolento, mas a dor persiste. O resultado dos exames laboratoriais ficam prontos. O médico diz que não há cálculo, mas preciso fazer uma reavaliação da cirurgia com meu urologista, pois há sinais de infecção. Prescreve dois analgésicos e um antibiótico. Concede-me alta. Saio do hospital por volta de 11:30 horas. Tenho dores no caminho de casa. Chegando, deito e tento dormir. A dor fica aguda. Não tenho vontade de comer e nem beber nada. Minha mãe pede os remédios pelo telefone. Quando eles chegam, tomo primeiro o antibiótico. Meia hora depois a dor some. Fico deitado. Durmo um pouco. Acordo com sede. Minha mãe insiste para eu comer alguma coisa. Biscoito de polvilho foi minha escolha. Levanto às 18 horas, sem dor e com uma leve fome. Uma fruta. Atualizo este blog.
Noel,
ResponderExcluirLi agora que está em BH e também com essa crise renal.
Liguei, mas você não atendeu o telefone.
Já tá tudo bem?
Bjs
Pek,
ResponderExcluirFoi mais uma cólica, mas nada foi achado nos rins. Estou medicado e passo bem. A segunda-feira foi corrida. Não vi sua ligação, talvez você tenha ligado na hora em que estava no cinema.
Bjs.
Que bom que esteja melhor Noel.
ResponderExcluirQuando liguei, a chamada foi para a caixa postal.
Bjs
Pek,
ResponderExcluirEstou melhor, mas vou fazer uma bateria de exames para verificar a causa da dor.
Fui ontem também ao QUIDAM! Já é o meu quarto Cirque du Soleil. Eu também não gosto de comparar com os outros, mas confesso que fiquei muito feliz com a brasilidade do OVO. Ah, obrigado pela presença no aniversário.
ResponderExcluirLaerte,
ResponderExcluirA festa estava ótima. Houve espetáculo na segunda-feira?
Abraços,
Não. Eu fui na terça-feira ao QUIDAM.
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