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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

CANADÁ DIA 7 - TORONTO

Eu e Ric fomos os primeiros hóspedes a tomar café da manhã na despedida de Montreal. Check out rápido. Total por cinco noites: CAD 1.387,39. Duas vans para o aeroporto. Chuva. Malas amontoadas. Cada carro leva 5 pessoas. A corrida fica em CAD 50 por carro. No aeroporto, uma funcionária da Air Canada nos auxilia na etiquetagem das bagagens e no check in, ambos automáticos. Despachamos as bagagens como um grupo. Controle de raio X rigoroso. Alguns tem que tirar cinto e sapatos. Embarque imediato e voo cheio. Um chinês sentado à frente de Ric passava sua escova de dentes na boca, não se importando com os que estavam a sua volta. Pequena turbulência e ar condicionado muito quente no avião. Chegada em Toronto na hora prevista. Retirada das bagagens sem demora e nos dirigimos para o saguão da saída onde duas limos estariam nos esperando. Não havia ninguém. Tivemos que ligar e descobrir que o portão de apresentação era o D (saímos no A). Frio e chuva. Uma limousine chegou e todos pensaram que seria o nosso transporte. Carro enorme para uma única mulher. Em seguida nossos dois carros chegaram. Não eram limos. Malas no carro e fomos direto para o hotel, cinco em cada carro. Nosso motorista é casado com uma portuguesa, motivo pelo qual identificou que falávamos português.
Check in no Intercontinental Toronto Centre (225, Front Street West) rápido e tranquilo. Fiquei no décimo terceiro andar. Tempo para abrir as malas e nos encontrarmos novamente para o almoço. Decidimos por algo mais perto do hotel. Apenas atravessamos e entramos em um centro comercial com uma praça de alimentação. Dia de fast food. Em Toronto, é visível a influência norte americana. Todos os restaurantes da praça tem embalagens descartáveis e nenhum usa pratos ou talheres reutilizáveis. Praticidade total. Nenhum apreço pela natureza. Fui com a maioria e comi num fast food de comida árabe. Escolhi o prato vegetariano com lentilhas, salada de alface, tomate e repolho, tabule, charuto, grão de bico e falafel (o melhor deles). Comida razoável. Os amigos que optaram pela comida tailandesa se decepcionaram com as suas escolhas. Hora de separarmos. Volto com Ric para o hotel para um descanso (preciso dormir), enquanto os demais seguem para um shopping center.
Dormi um pouco e consegui relaxar. Na hora marcada, nos encontramos para ir ao novo espetáculo do Cirque du Soleil. Foram necessários três táxis (CAD 12 a corrida, mesmo valor pago na volta ao hotel). O motorista do carro que estava não quis nos levar, pois não tínhamos o número da rua onde ficava o circo, apenas o nome da rua. Achei um absurdo, pois qualquer motorista de táxi que faça ponto na porta de um hotel cinco estrelas deve saber um endereço de um evento famoso, como é o caso do maior circo do mundo. Trocamos de carro e o novo motorista nem precisou do endereço, bastou falar o nome do circo. Chegamos debaixo de chuva. Ingressos comprados no Brasil (CAD 115). Os banheiros ficavam sem proteção e eram poucos, com filas para usá-los. Tivemos que aguardar em fila debaixo de chuva. O espetáculo que comemora os 25 anos do Cirque du Soleil foi concebido, dirigido e coregrafado pela brasileira Déborah Colker que ficou dois anos em Montreal comandando o time de artistas. Ela escolheu para cenógrafo Gringo Cardia e para a trilha sonora, Berna Ceppas. Ovo, em bom português, é o nome do espetáculo que conta a história de amor entre uma joaninha e um mosquito. Há números de tirar o fôlego, como a releitura da corda bamba. Uma graça o número em que seis artistas fazem malabarismos com os pés erguendo objetos que imitam alimentos, tais como kiwi e espiga de milho. Há um número rápido, em que utilizando o recurso do tecido, há o nascimento de uma borboleta. Invertando a ordem natural de números circenses, Colker preferiu colocar os trapezistas ao final do primeiro ato. Nova concepção de trapézio, misturando balanço e vigor físico. Um dos trapezistas errou seu número e, embora tentasse duas vezes, não conseguiu concretizá-lo. Como sempre há o momento de envolver a plateia. O figurino é alegre e colorido. A caracterização dos artistas como insetos está perfeita, destacando-se os grilos e aranhas. A trilha sonora mistura vários ritmos brasileiros e há música cantada em português por cantora de traços orientais. O ponto alto do espetáculo tem a marca registrada da brasileira: muro de escalada. Ela conseguiu transformar um ato circense em um belo balé, misturando camas elásticas e o muro. Gostei muito do que vi. Não se sabe quando chegará ao Brasil este espetáculo, mas em entrevista quando da estreia em Montreal, Déborah afirmou que Ovo rodará pelo mundo por quinze anos e, obviamente, será visto em terras brasileiras.

2 comentários:

  1. Faço a idéia da fortuna que a Deborah está ganhando por esse trabalho...
    Bjs

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  2. Pek,,

    Ela deve ter ganho uma fábula de dinheiro. O espetáculo é lindo.

    Bjs.

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