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sexta-feira, 11 de março de 2011

FÉRIAS - DIA 14 - SEXTA-FEIRA - 11/03/2011 - VERONA

Acordamos bem cedo, tomamos o café reforçado no hotel, pegamos o metrô em direção à estação de trens Milano Centrale para mais uma viagem bate e volta nesta temporada na Itália. Às 08:35 horas o trem partiu da estação em direção à Verona. Viajamos em primeira classe, com o vagão praticamente vazio. No horário correto, ou seja às 09:57 horas, chegamos a Verona. Ainda na estação, paguei um mico enorme. Com muita vontade de ir ao banheiro, pois minha bexiga estava muito cheia, corri para os toilettes da estação Verona Porta Nuova. Cancelas automáticas que se abrem após colocar 0,80 euros no local indicado. Não tinha moedas no valor correto e nem via máquina de trocar dinheiro por perto. Meti uma moeda de 1 euro, que foi devolvida, pois a máquina só aceitava moedas até 0,50 euros. Coloquei duas moedas, totalizando 1 euro, sem receber o troco. Quando passei a cancela automática, uma mulher me viu entrando e disse que eu estava no banheiro feminino. Que mico! Saí, fui até a porta certa, coloquei minhas últimas moedas de 0,50 euros e entrei. Gastei 2 euros nesta brincadeira. Com um mapa nas mãos, mas sabendo que andaríamos o dia todo, resolvemos comprar um bilhete para andar no ônibus local. Já sabia que na Itália não se vende passagem de ônibus coletivo urbano dentro dos veículos. Procurei dentro da estação o símbolo "T" que significa que o local vende tais bilhetes. Sempre se acha em lojas que vendem água e lanches rápidos. Entrei na loja localizada na saída da estação, comprando um bilhete válido por 24 horas, podendo andar em todos os ônibus que servem a cidade. Cada bilhete custou 3,50 euros. Na parada, conversando com Ric, um casal perguntou  se éramos brasileiros. Eles eram do Rio Grande do Sul e estavam fazendo intercâmbio em direito e filosofia na cidade, onde ficarão por um ano (chegaram havia apenas vinte dias). Eles nos deram informações e dicas preciosas sobre a cidade, inclusive sobre o Verona Card que dá acesso a 14 museus da cidade, além do próprio transporte coletivo, por um preço bem menor do que se pagássemos uma a uma as entradas dos locais que visitamos. Sabendo que queríamos começar nosso roteiro pela Arena, nos indicaram o local de descer: Piazza Bra. Quando desci do ônibus, já percebi que gostaria muito da cidade. Limpíssima, sem nenhuma pichação, com trânsito organizado, bem diferente das cidades italianas que visitamos até então. A Arena é a terceira maior arena romana do mundo, com capacidade para 20 mil pessoas. Muito bem conservada e com retoques/adaptações necessárias, hoje é palco para grandes óperas e shows, especialmente no verão. Na bilheteria da Arena compramos o Verona Card, válido para dois dias, ao preço unitário de 15 euros. Só a entrada individual da Arena custa 6 euros. Depois de um passeio pelo centro da arena, por suas arquibancadas e arcadas internas, fomos para o segundo local do roteiro, o Museo di Castelvecchio, que abriga uma exposição de pinturas e esculturas italianas medievais e do início do Renascimento. Muito bem montado, o museu nos permite andar por todo o castelo, assim, vemos ao mesmo tempo as peças do acervo permanente e os muros, interiores e cantinhos da edificação medieval, com direito a mirantes deslumbrantes para o Rio Adige. Para entrar, usamos o Verona Card (VC). Ingresso individual custa 6 euros. Do castelo, passamos pela Ponte Scaligero, construção medieval, para depois seguir, sem atravessar o rio, para o centro histórico, passando por ruas bem conservadas e estreitas. Chegamos à movimentada Piazza Erbe, centro nervoso da cidade, com uma feira permanente na praça, onde se vende desde artesanato até sanduíches. Também na praça está uma coluna com o leão, símbolo de Veneza, sinal do domínio daquele reinado em Verona em épocas passadas. Hoje o que domina a praça são as máscaras feitas em Veneza. Na mesma praça, há o acesso para Piazza dei Signori, quando passamos por um arco que tem uma costela de baleia nele pendurado. No centro da praça, uma imponente estátua de Dante, além do acesso à Torre dei Lamberti, cuja entrada custa 6 euros. Com o VC, nada se paga, desde que o turista suba os 368 degraus a pé. Caso o detentor do cartão quiser subir o elevador que nos poupa de 243 degraus, o ingresso custa 1 euro. Pagamos para subir. Bela vista da cidade. Ainda fomos "presenteados" com o badalar do sino bem embaixo de nossas cabeças. Eu subi os 125 degraus até o topo. Saindo da torre, era vez de conhecermos o local mais visitado da cidade, ou seja, a fictícia casa onde teria morado Giulietta, a famosa personagem da também famosa história de Shakespeare, Romeu e Julieta. Entrada custando 6 euros, mas com entrada livre para quem tem o VC. Uma foto obrigatória, com filas de turistas, é junto à estátua de bronze da donzela, mas o turista tem que colocar a mão em um dos seios da moça. Outra foto obrigatória é no balcão onde a moça era paparicada por Romeu. Dentro da casa, subimos vários degraus, vendo objetos que fazem alusão à época em que a história está situada, além da cama usada no filme homônimo dirigido por Franco Zefirelli. No corredor de acesso à casa, ainda antes de se exigir o ingresso, as duas paredes estão lotadas de nomes escritos pelos turistas que por ali passam. Deixamos nossas marcas. Era hora de almoçar. Com indicações do Guia Michelin, desta vez sem estrelas, mas comida com qualidade a um bom preço, fomos em direção à Osteria da Ugo (Vicolo Dietro San Andrea, 1/b). Decoração típica de cantina italiana, com cardápio enxuto com pratos da culinária local. Preferi o menu degustação, quando pude experimentar o melhor da gastronomia da região, incluindo uma seleção de salames, polenta grelhada, um ravioli recheado de carne com pitadas de trufas negras, um filé com molho de frutas do bosque, encerrando com um maravilhoso tiramissú. Voltamos a caminhar pelo centro histórico, passando pela insossa Piazza Viviani, chegando à imponente e em restauração Chiesa di Santa Anastasia. Paga-se para entrar, mas o VC tem entrada livre. Um primor de decoração, com afrescos medievais recentemente restaurados. Chegamos à beira do Rio Adige novamente, cruzando-o pela Ponte Pietra, onde não há trânsito de automóveis. Nos muros, a mesma simpatia encontrada em Florença, muitos cadeados presos entre si. Do outro lado do rio, era hora de entrar no Teatro Romano, construção do século 1 a.C., que também dá acesso ao Museo Archeologico (por escadas ou elevador, sem custo adicional), que funciona no alto, onde outrora foi um convento. Tal museu tem como acervo as peças encontradas no teatro. O ingresso custa 4,50 euros, mas o VC também garante a entrada livre. Voltamos para o centro, onde paramos na incrível catedral local, o Duomo, com entrada livre para quem tem o VC. Já pode-se perceber o quanto economizamos ao adquirir tal cartão! Nesta catedral, há uma impressionante pintura de Ticiano retratando a assunção de Nossa Senhora, um batistério que pertenceu a uma igreja medieval cuja pia batismal, toda em mármore, foi esculpida no ano de 1200, está no complexo da catedral. No seu claustro, pode-se ver ruínas de duas outras igrejas medievais. A passagem por tal catedral é obrigatória. Voltamos a pé até a Piazza Erbe, onde Ric comprou duas máscaras de Veneza. Ainda tivemos tempo para apreciar uma rua somente para pedestres, a Via Mazzini, onde estão as lojas mais chiques, incluindo algumas grifes famosas. Esta rua termina ao lado da Arena. Resolvemos procurar onde era a parada do ônibus para a estação ferroviária. Nosso trem saiu de Verona às 18:02 horas. Estávamos com bilhete para o vagão 1, assentos 45 e 46. Havia gente em nosso lugar. Era uma família de brasileiros. Eles estavam com passagem comprada para o dia 10/03. Ficamos com nossos lugares sem estresse. As duas filhas saíram, enquanto o casal permaneceu ali sentado à nossa frente, conversando conosco. Eram cariocas. Quando o funcionário da companhia de trens chegou para checar os bilhetes, eles tentaram explicar que não perceberam o erro ao comprar o bilhete na máquina automática, mas o jeitinho brasileiro não funcionou. Pagaram 300 euros pelas quatro passagens. Normalmente o preço das quatro ficaria em 96 euros. A viagem passou rápida, pois viemos batendo papo. Chegando em Milão, fomos direto para a estação do metrô, passando por uma ruidosa multidão. Era o início das vendas para o show de Laura Pausini. As filas eram enormes, bem diferentes das que vemos no Brasil, pois estavam muito bem organizadas. O detalhe é que o show em Milão acontecerá em dezembro deste ano. As entradas para o metrô estavam fechadas. Não ficamos sabendo o motivo. Com mapa nas mãos, fomos a pé para o hotel, quando gastamos exatos 13 minutos para chegar. Entramos no quarto, guardamos as mochilas e voltamos para a rua. Queríamos jantar logo para poder arrumar as malas, pois deixaremos a Itália na manhã deste sábado, quando iremos para a Bélgica. Fomos para a pizzaria indicada pelo hotel. Lotadíssima, com fila de espera de mais de meia hora. Demos meia volta e paramos no Oberdan Lounge Bar (Piazza Oberdan, 12), o restaurante do hotel onde estamos. Ambiente com decoração moderna e televisão ligada transmitindo o jogo de futebol do campeonato italiano. Ficou cheio de gente assistindo a partida entre Brescia e Internazionale. Comi um ritoto de abobrinha. Findo o jantar, voltamos para o quarto. Hora de arrumar as malas. Termino afirmando que Verona é uma cidade para ficar, pelo menos, uma noite, especialmente no verão.

2 comentários:

  1. Oi, Noel!
    Gostei muito deste post. Era exatamente o que eu estava procurando!
    Irei a Europa em Maio e penso em fazer um bate-volta em Verona (estarei hospedada em Veneza), visitando exatamente os lugares que vc foi até a hora do almoço.
    Por acaso, você lembra quanto tempo levou p/ fazer esse roteiro (da hora q chegou - 9:57h - até a hora do almoço)?
    Aguardo a sua resposta.
    Julia

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  2. Prezada Julia,

    Fui almoçar às 14 horas, horário local, portanto, levei 4 horas para fazer todo o roteiro da hora que cheguei na estação de trem de Verona até me sentar em uma das mesas do restaurante Da Ugo. Espero que faça uma ótima viagem. Se não conhece ainda, tenho certeza que vai gostar muito de Verona. Não deixe de visitar o Teatro Romano, atravessando o rio pela Ponte Pietra. Fiz isto na parte da tarde, mas é uma visita rápida. Se não gostar de museu, pode cortar a entrada no Castelvecchio (é possível visitá-lo gratuitamente sem entrar no museu (você visita os jardins internos e passa pela ponte.
    Um abraço e obrigado pela parada em meu blog.

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