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quinta-feira, 3 de março de 2011

FÉRIAS - DIA 6 - QUINTA-FEIRA - 03/03/2011 - FLORENÇA

Acordamos cedo na quinta-feira. Sete horas da manhã já estávamos tomando café, pois o passeio do dia seria em Florença. Pegamos um táxi do hotel até a estação Roma Termini, onde nosso trem sairia às 08:33 horas (de fato, o trem saiu na hora marcada no bilhete). Os bilhetes foram comprados ainda no Brasil. Antes do embarque, foi necessário convalidar o bilhete em uma máquina amarela posicionada em vários cantos da estação. O trem estava lotado. Após uma hora e meia de viagem, chegamos à estação Firenze Santa Maria Novella. Na própria estação, compramos um mapa para nos localizar na cidade. O frio estava de matar. No caminho, Ric teve que parar em uma loja para comprar uma blusa de frio (na verdade um abrigo impermeável, corta vento), uma toca e luvas. Devidamente agasalhados, com um vento que dava uma sensação de frio muito maior, nos dirigimos para a Galleria dell'Accademia, pagando 6,50 euros cada ingresso. A intenção era ver a obra-prima de Michelangelo, a belíssima estátua de David. Passamos rapidamente por outras salas, parando na loja para comprar algumas lembranças estampados com David. Depois de pagar e sair da loja, a mulher que me atendeu foi correndo me procurar. Ela tinha cobrado um lápis que eu havia escolhido e não o tinha colocado em minha sacola. Achei muita gentileza e honestidade da parte dela. Visto o David original, fomos para o famoso Duomo, com exterior belíssimo e um interior muito simples, se compararmos com outras igrejas de Roma e com a sua própria fachada. Lembramos que um amigo tinha falado que a vista do alto do campanário era sensacional. Resolvemos pagar a entrada de 6 euros e encarar o desafio de subir 414 degraus sem elevador. Foi difícil chegar ao topo, mas valeu a pena, a vista realmente é de tirar o fôlego. Vimos uma grande parte da cidade do alto. O vento cortava de tão gelado. Para descer, minhas pernas não queriam obedecer minha mente. Já na rua novamente, a fome apertou, pois tínhamos tomado café da manhã muito cedo. Partimos para o almoço no Antico Ristoranti Paoli (Via del Tavolini, 12 R). Não tinha ninguém nas mesas. O atendimento foi cordial. Nas paredes, várias pinturas murais relembrando uma antiga Florença, da época do Renascimento. As cadeiras não são confortáveis. Pedi como entrada uma salada de alcachofras, alface e queijo grana padano. Simples e deliciosa. Como prato de fundo, uma lasanha de beringela que chegou fumegando e estava deliciosa. É uma das especialidades da casa, que também serve a famosa tripa florentina (dobradinha), que um dos amigos pediu e aprovou. Como sobremesa, comi uma pera cozida, leve e saborosa. Alimentados, fomos conhecer a Piazza della Republica, quando começou a chover. Entramos em uma loja de departamentos para fugir do frio. Demoramos cerca de vinte minutos na loja, voltamos para a praça e saímos andando pelas ruelas, parando no Mercado Nuovo, onde há um chafariz em bronze no formato de um javali que, segundo a lenda, quem toca em seu focinho, terá sorte e voltará à cidade. Continuamos a caminhada a pé até a Piazza della Signoria, onde se destacam a Fontana di Netuno, a cópia da estátua de David, esta muito fotografada, pois a original não é permitido fazê-lo, a Loggia dei Lanzi e o Palazzo Vecchio. Continuamos a caminhada até o Rio Arno, onde tivemos um bela vista da Ponte Vecchio, hoje repleta de joalherias. No caminho até a ponte, vimos um curiosa "instalação": vários cadeados fechados em uma corrente e entre eles, com as iniciais ou nomes de casais. É uma simpatia segundo a qual o casal que ali coloca um cadeado ficará junto e feliz para sempre. Atravessamos a Ponte Vecchio em direção ao Palazzo Pitti, onde decidimos comprar o ingresso de 10 euros que dava acesso ao famoso Giardino di Boboli, além dos museus de porcelana e da prataria. Na bilheteria, tivemos que nos impor, pois um casal de franceses e duas mulheres inglesas tentaram furar a fila (depois dizem que brasileiro é que gosta de fazer isto!). Ao comprar o ingresso, fomos avisados que tínhamos apenas uma hora e meia para vermos tudo, por isso iniciamos pelo íngreme jardim (era nosso dia de exercitar as panturrilhas!). Realmente é muito bonito o jardim, bem cuidado, cheio de estátuas e bustos. Não conseguimos chegar ao belvedere, pois o forte que lhe dá acesso estava fechado. A chuva voltou a cair, motivo pelo qual descemos em direção ao prédio do palácio, mas não houve tempo para conhecermos os museus, já que a última admissão é às 17 horas. Restou-nos voltar a perambular pelas ruas da cidade, passando pelas lojas de grifes, incluindo Gucci e Salvatore Ferragamo, ambas nascidas na cidade (A Pucci também é de Florença, mas não vimos nenhuma loja dela em nosso caminho). Paramos para esquentar o corpo, tomando um cappuccino no Caffè Astra, localizado bem próximo ao Duomo, para onde voltamos para observar as portas de bronze retratando cenas bíblicas do Battistero. Lindo trabalho artístico, todo ele em alto relevo. Já escurecendo, caminhamos até a estação para pegarmos o trem de volta à Roma. Marcado para 19:10 horas, atrasou em cinco minutos. Mesmo com um atraso tão pequeno, os paineis informavam este atraso. Trem lotado, com onze vagões. Praticamente dormi todo o trajeto de volta. Ao sairmos de Roma Termini, pegamos um táxi (há dezenas deles na porta, mas sem muita organização) e voltamos para o hotel, onde tivemos uma hora para tomar um banho relaxante, descansar um pouco, trocar de roupa e sair para comer nossa primeira pizza na cidade desde que chegamos à Itália. Escolhemos a indicação de um guia direcionado aos amantes da arquitetura, o 'Gusto (Piazza Augusto Imperatore, 9), um local cheio, que fecha tarde, com decoração moderna, reunindo no mesmo espaço uma pizzaria, um restaurante, uma loja de queijos, uma livraria e uma enoteca. O atendimento é informal, o local é frequentado por pessoas jovens, há música ao vivo em volume alto, a carta é enxuta, com poucas opções de sabores de pizzas. Para acompanhar a pizza de beringela e mussarela de búfala com molho de tomate que pedi, bebemos um vinho tinto Rosso de Montalcino. Continuei preferindo as feitas no Brasil. Saímos para caminhar a pé até a Piazza del Poppolo, onde pegamos um táxi de volta para o hotel. Fim de um dia longo, cansativo, frio, mas agradabilíssimo.

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