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sexta-feira, 4 de março de 2011

FÉRIAS - DIA 7 - SEXTA-FEIRA - 04/03/2011 - ANTIGUIDADES

Sexta-feira. Último dia da companhia dos amigos de Brasília em nossa viagem. Mais uma vez programa já traçado no Brasil. Café da manhã no hotel. Táxi para o Coliseu, cuja corrida pagamos dez euros. Apesar do frio, a cidade não para. Milhares de turistas se aglomeravam na porta de acesso ao monumento mais famoso de Roma. Não há uma fila organizada. Tal como no Vaticano e em Florença, muita gente tentando ser esperta, fingindo de boba para furar a fila. Os funcionários do local ajudam a tumultuar o que já não é organizado. Em certos pontos parecia haver quatro filas para comprar bilhete na hora (há filas separadas para quem fez reserva antecipada, para grupos e para os que possuem o Roma Pass). Quando chegamos perto da bilheteria, somente três atendentes, ou seja, deveriam ser formadas três filas. Pagamos 10 euros cada ingresso. Demoramos 35 minutos na fila, tendo chegado cedo, às 10:35 horas. Quanto mais tarde se chega, maior o tempo gasto na fila. O ingresso dá direito a entrar no Coliseu, no Palatino e no Foro Romano, desde que no mesmo dia. Dentro do Coliseu, a sensação é de volta ao tempo. Um pouco de cinema na cabeça e com a história que todos estudamos nos colégios, podemos imaginar as lutas dos gladiadores naquele local. O espaço impressiona, onde cabiam 55 mil pessoas. A chuva insistia em cair, mas não atrapalhava o turismo em nada, apenas capas e guarda-chuvas a mais no espaço. Vimos objetos encontrados nas escavações (que continuam até hoje por toda Roma) no subsolo do Coliseu, com pedaços de ossos de animais, como cavalos, felinos, ursos, entre outros. Saindo do Coliseu, paramos em frente ao imponente Arco de Constantino, seguindo para a entrada conjunta do Palatino e do Foro Romano. Optamos em começar pelo Palatino com suas ruínas dos palácios imperiais. O tamanho das edificações impressiona. Muita lama no caminho, pois o chão é de terra. Neste espaço, além da Casa di Adriano, vimos também o Museu Palatino, com estátuas, partes de estátuas e pinturas em paredes e tetos encontrados no local. O local onde se plantavam as parreiras para fazer o vinho é muito bonito, hoje coberto de uma vegetação rasteira. Há uma espécie de belvedere no Palatino onde é possível ter uma vista panorâmica do Foro Romano e do Coliseu. Vale a pena e as fotos ali ficam ótimas. Descemos, em seguida, para o Foro Romano, onde no passado se concentrava a vida política, social e religiosa de Roma. Colunas de templos religiosos, como o dedicado a Saturno, arcos do triunfo, tais como o de Titus, dominam o ambiente e o conjunto de peças e ruínas é de uma beleza ímpar. Gastamos mais de uma hora e meia caminhando pelo Palatino e Foro Romano, parando para fotos, apreciando a beleza de cada pedacinho encontrado pelas escavações arqueológicas. Saímos em uma escada que dá acesso à Piazza Campidoglio, desenhada por Michelangelo. Linda, abre-se para a parte onde começa o Centro Histórico, sendo dominada pelos Museus Capitolinos (Musei Capitolini), onde não entramos (eu já os conhecia quando vim a Roma pela primeira vez). Descemos as escadas em frente à esta praça, chegando ao imponente Monumento a Vittorio Emanuelle II, todo em mármore branco, que muitos acham um horror. Realmente, é um tanto quanto over e não combina com a maravilha das ruínas que estão por todos os lados na região. Já chegava perto de duas horas da tarde e tínhamos fome. Resolvemos procurar um local para almoçar ali perto, pois eu deixara o endereço do restaurante que tinha programado no hotel. Chegamos ao The Glass Bar & Restaurant (Via di S. Eufeia, dentro do Hotel Cosmopolita). São dois pisos, sendo que no piso superior pode-se optar pelo serviço de buffet (dez euros) ou o a la carte. Não gostamos das poucas opções do buffet, fazendo nossos pedidos entre as opções do menu fixo. Escolhi como primo piatto um rigatoni alla carbonara (a massa estava ao dente, o molho não era pesado, mas exageraram na pimenta do reino) e como secondo piatto, um peito de frango grelhado, que veio acompanhado por batatas e brócolis cozidos, ambos totalmente sem sabor. Havia muitos brasileiros no restaurante. Meu amigo, dono de restaurante, disse que os brasileiros adoram a palavra "buffet"! Do restaurante, resolvemos voltar a pé para o hotel, pois estava chegando o momento de nossos amigos seguirem viagem para a Tailândia. No caminho, fomos entrando em pequenas ruas, apreciando os prédios históricos, suas fachadas, portas e janelas. Acabamos chegando na entupida Fontana di Trevi. A quantidade de turistas era um absurdo. Não sei como cabia tanta gente. Tiramos algumas fotos da fonte com a luz do dia (só tínhamos feito fotos à noite), seguindo em direção à Piazza di Spagna, onde outra multidão de turistas estava subindo e descendo a Scalinata di Spagna. Pausa para fotos, com a Chiesa Trinità dei Monti dominando a paisagem ao final da escada. A chuva voltou a cair fina, o que nos motivou a apressar o passo para o hotel. Nossos amigos foram embora por volta de 17 horas. Eu e Ric resolvemos descansar e arrumar as malas, pois na manhã de sábado partiremos para Nápoles. Nesta noite de sexta-feira, despediremos de Roma em grande estilo. Temos reserva confirmada por e-mail, ainda no Brasil, e reconfirmada pelo concierge do hotel quando aqui chegamos, no restaurante Il Pagliaccio (Via dei Banchi Vecchi, 129 A), laureado com duas estrelas no Guia Michelin em sua edição italiana.
O restaurante Il Pagliaccio merece as estrelas que ostenta. Serviço primoroso, garçons falando italiano, francês, inglês, espanhol e até um português castiço. Extensa carta de vinhos. Ficamos com um Chianti Clássico, safra 1999, ao preço de 130 euros. O menu degustação tem, no mínimo, dez pratos, surpresas preparadas pelo chefe. Resolvemos não arriscar e escolher as opções do cardápio, que não são muitas. De início, além de uma variedade considerável de pães produzidos na casa e que são oferecidos sempre, todas as mesas receberam as boas vindas com um amuse bouche de espuma de mussarela, frango cozido e molho de ostras. Escolhi um primo piatto que era uma massa em forma circular, recheada com polvo grelhado, com toques de ervilha, em um caldo ralo, mas saboroso. O melhor foi o secondo piatto, carne de vitela, bem macia, acompanhada de suflê de couve-flor, endívias grelhadas, cebolas cozidas adocicadas. A carne vem com uma crosta de café e baunilha que dão o toque diferenciado no prato. Aprovadíssimo. Ainda experimentei um pedaço do pato glaceado que Ric pediu, muito bom também. Ao terminamos, incluindo o vinho, nos foi oferecido um caldo quente de pato e aipo como digestivo. Não quisemos sobremesa. Pedimos o já tradicional café curto e forte. Gentilmente, enquanto pagávamos a cara conta, chamaram um táxi para nós. Deixamos 10% da conta para os garçons, o que os deixou imensamente satisfeitos, pois nos agradeceram sem parar, levando-nos até a porta do carro. Voltamos para o hotel satisfeitos com a despedida noturna de Roma nesta temporada.

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