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quinta-feira, 17 de março de 2011

FÉRIAS - DIA 20 - QUINTA-FEIRA - 17/03/2011 - QUAI BRANLY

O café da manhã desta quinta-feira foi sem percalços, com tudo funcionando muito bem. Voltamos para o quarto para nos arrumar para nova caminhada por Paris. No entanto, o corpo dominou a mente. Deitei e adormeci, levantando perto de meio-dia. Tínhamos reserva confirmada para o almoço no restaurante Les Ombres (27, Quai Branly - 5eme étage). Fomos de metrô. O clima mudou completamente, com um dia cinzento, com muita neblina e frio. Quando saímos da estação Alma-Marceau, tivemos uma linda vista da Tour Eiffel, dominando a paisagem. Pausa para fotos. Seguimos caminhando até a entrada do restaurante. Ele funciona no quinto e último andar do Musée du Quai Branly. Sua estrutura lembra a da Tour Eiffel, como se fosse uma sombra da famosa torre (a tradução literal do nome do restaurante é justamente "sombras"). Logo na saída do elevador, uma recepcionista pede nossos casacos, cachecol e chapéu (Ric usava o seu), pois a calefação do restaurante não indicava aqueles itens para uso interno. Um sorridente garçom nos atendeu, oferecendo como aperitivo duas taças de champagne Veuve Cliquot Rosé (pagando, obviamente), o que de pronto aceitamos. Ele se esforçava em tentar falar algumas palavras em português conosco, pois havia perguntado no início de onde éramos. Escolhi um vinho tinto da região de Côtes du Rhône para acompanhar o menu do almoço. Antes um amuse bouche foi servido: uma sopa fria de cogumelos com um pedaço de salmão, muito bom, por sinal. Para o menu, escolhi uma terrine de pato como entrada, um medalhão de cordeiro com tomates e batatas como prato principal (sugestão do chef) e de sobremesa, uma torta de framboesa, limão e pistache (outra sugestão do chef). Tudo muito bom, em ambiente agradável, com bela vista tanto da Tour Eiffel quanto do Rio Sena. Do restaurante, fomos direto para a bilheteria do museu onde ele funciona, passando por um belo e cuidado jardim. A entrada custou 8,50 euros com direito a ver o acervo permanente e duas exposições temporárias, além de uma instalação do artista Charles Sandison, chamada "River", em exibição na rampa de acesso à coleção permanente. Trata-se de uma projeção de palavras com movimento no piso da rampa, dando a impressão de água corrente. O acervo do museu conta com uma vasta coleção de objetos das civilizações da África, da Ásia, da Oceania e das Américas, fazendo um painel etnográfico do mundo além da Europa. O museu é ótimo de se andar, moderno, com vários objetos diferentes dando uma ideia do quão rica é a cultura mundial. Tambores africanos, objetos de iniciação masculina, adornos de cabeça, estátuas, vestimentas, máscaras, urnas funerárias, plumagens, totens, entre outros, são os objetos que pude admirar na visita ao museu. As duas exposições temporárias tem relação com o acervo do local. A primeira que vimos foi "L'Orient des Femmes Vu Par Christian Lacroix", na qual o famoso estilista nos mostra vestimentas usadas através dos tempos pelas mulheres do Oriente Médio, com exemplares de túnicas ricas em decoração da Síria, da Palestina e de outras paragens daquela parte do globo. Ao final da exposição, patrocinada pela mulher do presidente, Carla Bruni, um exemplar de um vestido de uma criança encontrada enterrada ao lado de uma mulher com data provável do ano de 1200. A segunda exposição temporária foi armada em cooperação com o Musée du Louvre, chamada "La Fabrique des Images". Trata-se de uma exposição pequena que nos faz refletir sobre a arte e sua capacidade de reproduzir a realidade ou a melhorar. Depois de uma hora e meia visitando o museu, descemos, passando pelo jardim, atravessando o Sena por uma ponte apenas para pedestres. Paramos várias vezes para fotos, inclusive em frente à escultura La Flame, que reproduz, em tamanho real, a chama que a Estátua da Liberdade carrega em Nova York. Abaixo desta escultura fica o túnel onde a Princesa Diana faleceu em acidente de automóvel. Nosso próximo destino era a Tour Montparnasse. Fomos de metrô. O frio aumentava ao longo do dia. Para subir ao 56º andar deste prédio em frente à estação de trens Gare Montparnasse é necessário pagar 4,50 euros cada ingresso. Um elevador automático nos leva ao topo em menos de quarenta segundos, onde temos uma visão de 360º de Paris. No ingresso estava escrito que a visibilidade estava reduzida em vista do templo nublado e com neblina. Mesmo com o horizonte enfumaçado, a vista de Paris de lugar tão alto é maravilhosa. Muitos chineses estavam lá em cima, conversando alto e rindo muito. Paramos no 360 Café, localizado no mesmo piso do mirante, para um lanche rápido. Descemos em elevador automático, retornando para o hotel de metrô. Chegando no quarto, Ric percebeu que esqueceu seu chapéu no meio do caminho, provavelmente no restaurante na hora do almoço. É a segunda  coisa que ele esquece nesta viagem. A primeira foi um cachecol que ele deixou em um dos trens que pegamos nesta viagem. Curiosamente, tanto o cachecol quanto o chapéu, ele comprou em Paris, quando aqui estivemos em 2008. Hora de descansar para a saída noturna.

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