Mais um mês, mais uma reunião da Confraria Vinus Vivus. Segunda-feira, dia 17 de outubro, 20 horas. A confrade Rita se ausentou por estar em viagem de férias. Começamos sentindo aromas de alguns vidrinhos do set Le Nez du Vin, acostumando as narinas com possíveis aromas que sentiríamos mais tarde, durante a degustação dos vinhos tintos da noite. A escolha foi por fazer uma noite de degustação às cegas. Tínhamos decidido por três garrafas de vinho, sendo uma da África do Sul, uma da Austrália e uma da Nova Zelândia. A anfitriã Vera resolveu fazer uma brincadeira e colocou uma quarta garrafa, um vinho surpresa também do chamado Novo Mundo. Todos os vinhos ficaram no decanter por pelo menos uma hora antes do início da degustação. Eis os vinhos da noite:
Vinho 1: Ruste en Vrede
Safra: 2004
Álcool: 15%
Castas: 100% shiraz.
Produtor: Ruste en Vrede.
Região: Stellenbosch, África do Sul.
Cor: rubi claro, com reflexo atijolado (unha).
Aromas: achocolatado, cacau, couro, ervas secas, geleia de frutas, mentolado, doce-amargo.
Boca: picante, ácido, potente, bem equilibrado, frutas vermelhas, mineral, salgado, quente.
Harmonização: ótimo para uma "conversa", carne de caça.
Estágio: 18 meses em barricas de carvalho francês, sendo 50% novas e 50% de segundo uso.
Importador: Vinci - R$ 125,00.
Os confrades André e Fernanda acertaram que o vinho era sul-africano.
O preferido da noite por André, Lucimar, Leo L., Vera, Abílio, Cláudia e Leo S., tornando-se, portanto, o campeão da degustação às cegas.
Vinho 2: La Rose - Stonyridge
Safra: 2008
Álcool: 13,5%
Castas: autêntico corte bordalês - cabernet sauvignon, merlot, malbec, petit verdot e cabernet franc.
Produtor: Stonyridge Vineyard.
Região: Waiheke Island, Nova Zelândia.
Cor: rubi, rubi.
Aromas: trufas, mineral, frutas negras, cassis, especiarias, tomilho, defumado.
Boca: taninos elegantes, ácido, seca a boca, mas não trava, tabaco, de uma elegância ímpar.
Harmonização: carne de caça.
Estágio: 12 meses em barricas de carvalho.
Importador: Premium - R$ 430,00.
O confrade Abílio acertou que o vinho era neo-zelandês.
O preferido da noite por Fernanda e Marcos.
Vinho 3: Moritz
Safra: 2007
Álcool: 14,5%
Castas: 100% shiraz.
Produtor: Clarendon Hills.
Região: Clarendon, Austrália.
Cor: rubi, rubi, com o centro negro.
Aromas: alcaçuz, o açúcar queimado do algodão doce, fumo de rolo, geleia, açúcar cristal (depois de descansar na taça).
Boca: queimado, tânico, com um amargor no retrogosto.
Harmonização: carne de caça.
Estágio: 18 meses em barricas de carvalho, sendo 90% novas e 10% usadas.
Importador: Viníssimo - R$ 590,00.
Observação: produzido com uvas de vinhedos de 80 a 90 anos de idade. Recebeu 94 pontos tanto de Robert Parker quanto da Wine Spectator.
As confrades Vera, Fernanda e Cláudia acertaram que o vinho era australiano.
Vinho 4: Quinta do Seival
Safra: 2003
Álcool: 13%
Castas: 1/3 de touriga nacional, 1/3 de afrocheiro preto e 1/3 de tinta roriz.
Produtor: Miolo.
Região: Campanha, Rio Grande do Sul, Brasil.
Cor: tijolo.
Aromas: alcaçuz, maresia, mineral, piche, alcatrão, malte, incenso de musgo.
Boca: taninos baixos, ácido, azedo.
Harmonização: carne de caça.
Estágio: barricas de carvalho francês.
Valor: R$ 60,00.
Os confrades Lucimar, Leo L., Leo S. e Vera acertaram que o vinho era a surpresa, mas ninguém disse que era brasileiro.
Terminada a excelente degustação, fomos brindados por um jantar ótimo: paleta de cordeiro assada, acompanhada por batas assadas com a casca crocante, arroz de brócolis e farofa. O vinho do jantar foi o Barranc Dels Closos, safra 2009, do produtor espanhol Mas Igneus, região do Priorato. Estagia dez meses em barricas de carvalho, tendo 15% de álcool. É encontrado para venda na Art du Vin ao preço de R$ 119,00.
Ao final, um delicioso pudim de coco verde fechou a noite. Mais uma reunião terminada, com a certeza de novo encontro nos dias 19 de novembro e 12 de dezembro.
vinho
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