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sábado, 15 de outubro de 2011

CT BOUCHERIE - GASTRONOMIA NO RIO DE JANEIRO (RJ)

Não tenho costume de sair para jantar em restaurantes especializados em carne, especialmente a bovina. No entanto, em minha última estada na cidade do Rio de Janeiro, aceitei o convite de amigos para jantar no restaurante CT Boucherie (Rua Dias Ferreira, 636, Leblon), o mais novo dos empreendimentos do chef Claude Troisgros. O local é buchichado, sempre com fila de espera. Nossa mesa era para nove pessoas, um fator complicador para se sentar logo. Para evitar grande espera, alguns foram na frente. Quando cheguei, por volta de 22 horas, os que foram antes tinham acabado de se acomodar em uma mesa colada no balcão. O restaurante não é grande, tendo as mesas divididas entre a varanda (na calçada) e o salão interno. A decoração não deixa dúvidas da especialidade da casa: desenhos de cortes de carne enfeitam a parte de cima das paredes, cuja parte inferior é revestida de azulejos brancos. Completam a decoração espelhos e fotografias de açougueiros, uma alusão ao nome da casa, pois boucherie é açougue em francês. Embutidos ficam pendentes do teto em cima do balcão de madeira. O papel que forra a mesa para colocar o prato tem um desenho de um boi identificando os vários cortes da sua carne. Até o cardápio tem em sua margem desenhos dos animais cuja carne é servida no CT Boucherie. O menu é enxuto, rezando na cartilha de um bistrô. Ao escolher a carne, está garantido o rodízio de acompanhamentos que chegam à mesa tão logo as carnes são servidas. Na verdade, os acompanhamentos não são colocados na mesa, mas são servidos pelos garçons em um infindável passar de panelas quentes com as opções da noite: purê de batata, purê de maçã, legumes cozidos, tomates gratinados, arroz, batatas cozidas e assadas, enfim, uma variedade enorme de opções. Na mesa são colocados potinhos com farofa panko, batatas chips e banana assada. Escolhemos um vinho tinto francês da região de Bordeaux para acompanhar os pedidos, a maioria carne vermelha. Consumimos três garrafas do mesmo vinho, que harmonizou muito bem com minha opção: bife de chorizo superior com molho chimichurri (o molho é escolhido na hora do pedido entre sete variedades). A carne é macia, bem feita, com ótimo sabor. Confesso que o rodízio de acompanhamentos é chato, pois sempre tinha que dar espaço para o garçom servir a mim ou a quem estava em ambos os meus lados. Preferia que nos dessem a oportunidade de escolher o que queríamos com vasilhas sendo colocadas à mesa. Como é rodízio, caso o comensal quisesse, os acompanhamentos seriam repostos. Inicialmente não queria sobremesa, mas fiquei curioso em experimentar o pudim de leite pipocado. Nada mais do que um pudim com pipoca de arroz em cima. Ficou gostoso o crocante da pipoca misturado com a leveza do pudim. Não é um restaurante barato, mas também não tem preços exorbitantes. A conta ficou em R$ 133,00 por pessoa, lembrando que consumimos três garrafas de vinho cujo preço unitário passava de R$ 120,00. Fora o incômodo do rodízio descrito linhas acima, gostei de ter conhecido o CT Boucherie em noite de clima ameno e companhias agradáveis no Rio de Janeiro.


Embutidos no teto do balcão


Papel tipo jogo americano na mesa do restaurante


Pudim de leite pipocado


Gastronomia Rio de Janeiro (RJ)

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