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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

PERICOS - CANCÚN

Na primeira noite em Cancún tínhamos que jantar em um restaurante de culinária mexicana. Escolhemos o mais tradicional de todos, inaugurado em 1974, o Pericos (61 Yaxchilan Avenida, Centro). O restaurante está localizado fora da zona hoteleira, no centro da cidade. Contratamos uma van no próprio hotel para nos levar, esperar e retornar ao hotel, por M 900. O trajeto é praticamente uma linha reta, quando passamos em frente a todos os hoteis e centros comerciais da área turística de Cancún. Demoramos cerca de meia hora para chegar. A concierge do hotel tinha feito reserva, mas não era necessário, pois o local é muito grande e estava com pouco movimento. Noite de segunda-feria e baixa temporada. Todas as mesas ocupadas estavam no primeiro salão, o mais próximo da entrada. Também fomos alocados neste salão. A decoração tem um colorido vibrante, com pinturas evocando alguns ícones do México, como as caveiras, as gaiolas vazias e Frida Kahlo. Na calçada em frente ao Pericos, há dois grandes burros nos quais as pessoas gostam de montar para tirar fotos. Um dos burros é idêntico ao personagem de Shrek. À esquerda de quem entra fica o espaço reservado para os músicos. Sim, há música ao vivo! E em volume não adequado para quem quer conversar. Tanto a música mecânica quanto a executada ao vivo saem em alto e bom som das caixas acústicas. Ponto negativo! Há no primeiro salão um bar, cujos bancos são selas de cavalo. Penduradas no teto, há várias caveiras, elemento decorativo onipresente em todos os espaços do restaurante. A mais interessante é uma caveira bebê tomando mamadeira em um berço de ferro. Ao fundo, um vaso sanitário funciona como um vaso de plantas, dando um toque irreverente ao local. Mais ao fundo, à direita, há um palco e espaço para dançar, indicando que há shows por ali. Os garçons e garçonetes vestem roupas típicas e brincam muito com o público. Fiquei irritado com o volume da música. Pedi uma frozen margarita de manga. Não avisaram que havia mais de um tamanho. Quando as bebidas chegaram à mesa, uma grande surpresa, pois taças enormes foram colocadas em nossa frente. A frozen deles é a tequila batida com gelo e fruta, tudo virando um caldo único, consistente e muito doce. Fiquei nesta taça a noite inteira. O sabor é bom no início, mas quando vai esquentando, fica ruim. Com o tamanho da taça, é inevitável que a bebida fique quente. Alguns petiscos típicos formaram os pratos da entrada, todos para compartilhar entre nós seis. Nada de especial, servidos em louça quebrada ou lascada. Antes dos pratos principais chegarem à mesa, serviram uma cortesia da casa contendo cactus cortados em tiras refogados e uma pasta de feijão. O cactus tinha um sabor bem amargo. Gostei da pasta de feijão que era servida com nachos. Para o prato de fundo, pedi uma especialidade da casa chamado Pancho Villa. Por falar neste outro ícone mexicano, há telas de televisão espalhadas pelos salões que passam shows de mariachis, imagens de filmes de Cantinflas ou um karaokê sem som. Voltando ao prato, eram três medalhões de filé cobertos por um molho de cogumelos paris, acompanhados por feijão, tamales (uma espécie de pamonha salgada), quesadilla em massa de milho recheada com queijo e purê de batatas. Apresentação feia em louça bonita. Nada tinha gosto. Ponto negativo! Teve prato servido em louça muito quebrada. Parece que os longos anos fizeram mal ao restaurante. A decadência é visível. Ninguém pediu sobremesa nem café. Todos deixaram comida no prato. A conta ficou em M 3.150. Para o que oferece, foi caro. Ao sair, a van já nos aguardava. Voltamos para o hotel combinando o dia seguinte. Tive uma noite tranquila de sono.







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