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sábado, 8 de outubro de 2011

ROCK IN RIO

EU FUI!


Eu fui ao Rock in Rio 2011. Comprei o ingresso pela internet, pagando R$ 170,00 para a sexta noite do festival, no sábado, dia 01º de outubro de 2011. Este era o primeiro dia de meu inferno astral e tudo correu de forma fantástica. Quando comprei os ingressos em 07 de maio deste ano, o fiz para mim e mais três amigos, Vera, César e Ewerton, mas os dois últimos desistiram de ir, vendendo suas entradas na semana anterior aos shows. Além de Vera, outros amigos já tinham ingressos e fomos todos juntos na mesma van. Éramos treze pessoas no mesmo transporte e cada um pagou R$ 70,00 pelo trajeto de ida e volta. Os shows no Palco Mundo estavam programados para ter início às 19 horas. O meu maior interesse na noite era ver o show do Maná, mas a maioria das pessoas que estavam comigo queriam ver o Coldplay, grupo que eu já tinha visto em um show na Praça da Apoteose no Rio de Janeiro no início de 2010. Combinamos de nos encontrar em um mesmo local às 18 horas. Com vinte minutos de antecedência eu já estava na Rua Maria Quitéria esquina com Avenida Vieira Souto, em Ipanema, onde a van já nos aguardava. Saímos às 18:10 horas. O motorista Luís Fernando pegou a Avenida Vieira Souto em direção ao fim do Leblon na intenção de ir pela Avenida Niemeyer, mas quando viu o engarrafamento que se formava, mudou de planos, fazendo o trajeto Lagoa-Barra. Embora as notícias que li antes indicavam grandes congestionamentos no caminho, fomos tranquilamente. Como três pessoas na van tinham ingresso para a área vip, eles ganharam um adesivo para colocar no carro, indicando trânsito livre até quase na entrada da Cidade do Rock. O adesivo tinha o número 1, assim como o ingresso, indicando a data para o qual tinha validade, ou seja, 01/10/2011. Desta forma, a van não era parada nos bloqueios na região de Jacarepaguá, pois para quem foi de carro próprio não tinha como deixar o veículo nas proximidades do evento. Quem arriscou ir de carro tinha uma bela caminhada para fazer, algo em torno de 1,5 km, até a entrada da Cidade do Rock. Na medida em que chegávamos mais perto, o motorista ia reduzindo a velocidade, pois havia muita gente na rua. Conseguimos parar cerca de duzentos metros da entrada. Antes combinamos como e onde seria o encontro para voltarmos, todos anotando o celular do motorista. A princípio, a volta seria imediatamente após o show do Coldplay, o último da noite, mas quem quisesse voltar antes, por mais R$ 70,00 por corrida, a van sairia após os shows do Maná e do Maroom 5, dando tempo de sobra para a corrida de ida e volta à Cidade do Rock. Os quatro adolescentes que foram conosco na van já nos deram "um perdido" antes mesmo de entrarmos. Na primeira barreira para entrar bastava estar com o ingresso nas mãos. Eu entrei sem mostrar meu ingresso. De fora escutávamos o show de Frejat. Na segunda barreira fomos revistados (uma revista meia boca, diga-se de passagem) e passaram uma leitora de metais rapidamente pelo nosso corpo. Nesta barreira encontramos com Emi e Rogério que tinham ido de ônibus Primeira Classe (R$ 30,00 a passagem de ida e volta), em sua segunda noite seguida no festival. Enfim, a terceira barreira, onde o ingresso era lido e destacado. Em nenhum momento paramos. Havia uma pequena fila, mas fluía bem. Logo na entrada ficamos esperando os três vips pegarem as pulseiras de acesso à área armada na lateral direita de quem entrava. O espaço cabia 4.000 pessoas por noite e os ingressos só foram vendidos depois que todos os destinados à pista já haviam se esgotado. Ficava bem distante do Palco Mundo, mas ficava em posição mais alta, dando boa visibilidade para quem lá estava. Um mundo de gente circulava e o show de Frejat chegava em sua última música, Êxtase, acompanhada em uníssono pela multidão. Resolvemos circular também. Como estou na rede social Foursquare, resolvi fazer check in no meu celular, mas era impossível. Problemas de conexão com a internet banda larga da TIM, Vivo e Oi foram frequentes. Somente quem tinha celular da Claro não tinha grandes problemas, apenas os de congestionamento de rede. Não por acaso, a Claro era uma das patrocinadoras do Rock in Rio (atenção Anatel, isto tem acontecido frequentemente nos eventos patrocinados pelas operadoras de telefonia móvel, ou seja, quem tem celular de quem não é a patrocinadora sempre tem problemas para usar seu telefone). Fomos para a Rock Street, uma rua construída inspirada nas ruas de New Orleans, com pequenos palcos em frente às casas de madeira com música ao vivo, geralmente jazz, soul, R&B, ou seja, músicas mais calmas. No caminho, resolvi ir ao banheiro. Não eram banheiros químicos, comuns nestes eventos, mas grandes estruturas construídas para serem banheiros. Não havia tumulto e estavam limpos, sem mal cheiro. Logicamente quando saí, não encontrei ninguém. Estava apenas com Rogério, que havia me acompanhado. Andamos pela Rock Street, tirei fotos, vi os stands de vários patrocinadores, ganhei Bis de limão (não gosto de Bis), vi o hotel vermelho de seis quartos da Claro (seis clientes sorteados por noite para dormir nos containers transformados em quarto dentro da Cidade do Rock). Tentávamos ligar ou enviar mensagens para os outros, mas não conseguíamos, até que fomos encontrados. Os vips foram para o local restrito, enquanto nós fomos para a pista, pois tinha começado o show do Skank. Entramos no meio da multidão, mas sem ir muito para a frente. Queria ficar em cima da grama sintética. O show foi recheado de hits. Dancei muito, curtindo o som do grupo mineiro. A galera estava vibrando, cantando todas as canções. Foi uma hora de show onde ninguém ficou parado. Durante o show, Rogério e Emi foram para a fila da tirolesa, o brinquedo sensação deste Rock in Rio. O pessoal esperava mais de uma hora na fila para descer em segundos pela corda de aço, passando em frente ao Palco Mundo, inclusive durante os shows. Quando o show do Skank terminou fomos tentar comer alguma coisa, embora vendedores passavam no meio da multidão com cachorro quente, refrigerante, água e cerveja. Fomos para o fundo da pista, pegando, em seguida, a lateral esquerda, sem entrar na Rock Street. Passamos em frente aos camarotes que os patrocinadores montaram, com atrações e brindes para o público, como batedores infláveis de plástico, daqueles usados em estádios de futebol, tanto da Volkswagen quanto da Coca Cola, este em formato de microfone. Chegamos, enfim, a uma das estruturas do Bob's armada no local, passando pela fila da tirolesa, onde havia um cartaz indicando que o brinquedo estava encerrado. Emi e Rogério se juntaram a nós, após tentativa frustrada de descer na tirolesa. Bebi apenas um mate, que me custou R$ 4,00 o copo. Estávamos bem próximos ao palco, em sua lateral esquerda. Ouvimos os primeiros acordes do show do Maná e tratamos de apressar o passo, entrando no meio da multidão. Fomos ganhando espaço, passando por cima de jovens sentados e deitados no chão, garantindo um lugar com visão privilegiada do palco. Começamos a ver o show na lateral, sem muita visão central, mas fomos caminhando para o meio de forma lenta e gradual, até conseguirmos ver o palco por completo. Estava apertado, mas era possível dançar. A maré de maconha passava de minuto em minuto. Muita gente estava com mochilas pesadas nas costas, o que atrapalhava um pouco ou garantia um melhor espaço para quem as usava, dependendo do ponto de vista que se analisa. Maná no palco e gente descendo na tirolesa, acima de nossas cabeças, pois ficamos bem próximos ao palco. O show foi vibrante. Gosto muito de Maná. Tenho todos os discos que esta banda mexicana já lançou, mas fiquei surpreso com a performance deles no palco e com o público que cantava a plenos pulmões as canções em espanhol. O show teve uma forte mensagem política, de integração da América Latina, com projeções em vídeo de todas as bandeiras dos seus países. Ao final, o vocalista Fher Olvera pegou uma bandeira enrolada em uma haste enorme de bambu e foi rodando, desenrolando-a, fazendo aparecer a bandeira do México pregada na bandeira do Brasil. Um belo momento, ovacionado pelo público. Em seguida, vestiu a camisa da seleção brasileira de futebol, chutando algumas bolas para a plateia. Ainda não era meia noite quando eles deixaram o palco, com pouco mais de uma hora de show, sem bis. Quando o show terminou, a maioria das pessoas se sentou na grama sintética. Emi, Rogério e Vera ficaram, pois queriam ver o show do Maroom 5. Já que não gosto desta banda, resolvi dar mais uma volta, comer alguma coisa. Fui acompanhado por Cláudia, David e Roberto. Foi uma dificuldade para sair. Muita gente sentada no chão. Não havia uma rota de fuga, um caminho específico para se sair (ou entrar) da multidão. Caso houvesse um tumulto qualquer, muita gente seria pisoteada. Talvez a organização do show deva pensar nisto para as próximas edições. Depois de muito esforço, de desvia daqui, pula dali, conseguimos chegar ao fundo da pista, próximo às bandeiras do Brasil, Portugal, Espanha (países onde acontecem o Rock in Rio), do Estado do Rio de Janeiro, da cidade do Rio de Janeiro e duas alusivas ao festival, que ficavam hasteadas em enormes mastros. Ali ficou sendo nosso ponto de encontro e de onde vimos os dois outros shows da noite. Enquanto o show do Maroom 5 não começava, fui comer. Enfrentei uma pequena fila (havia várias delas) no maior stand do Bob's, logo na entrada da Rock Street. Nesta hora, consegui, rapidamente, fazer check in no Foursquare. Por R$ 17,00 comprei um cheesebacon bruger e um mate Leão. Aproveitei para andar um pouco, tirando fotos. Voltei para o nosso local de encontro, de onde vi o empolgante show do Maroom 5. Foi realmente dançante. Pensei que conhecia pouca coisa da banda, já que não sou fã, mas ao longo do show, percebi que as canções me eram familiares. O vocalista fazia suas estripulias no palco. De onde estávamos, acompanhávamos o show pelo telão, já que o palco ficava muito distante. O som era uma maravilha. De qualquer local da pista se ouvia nitidamente. Enquanto a banda fazia seu show, alguns jovens faziam troça com o vocalista, dizendo "esta Coca é Fanta!" ou "este tomate é cereja!", enquanto as mulheres davam gritos quando ele aparecia por inteiro no telão. O show durou uma hora e meia. Foi o primeiro da noite que teve bis. A banda voltou e ainda cantou de três a quatro músicas. Novo intervalo. Ficamos conversando, esperando o último show da noite. Nossos amigos vips apareceram com vários brindes que ganharam. Reclamaram dos banheiros da área vip. Não tive queixas quanto aos banheiros. Mesmo ao final da noite, eles ainda estavam consideravelmente limpos e sem mal cheiro. Vera, Emi e Rogério se juntaram a nós, dizendo da dificuldade que tiveram ao fim da apresentação do Maroom 5. O show do Coldplay começou por volta de 01:15 da madrugada. Foi um show curto, um compacto do que eu tinha visto na Apoteose, com acréscimos de umas cinco músicas do disco ainda a ser lançado em 2011. Os mesmos efeitos, as mesmas borboletas de papel colorido esvoaçando no palco, as mesmas bolas coloridas gigantes, o mesmo laser, nada de novo em relação ao que já conhecia. Gosto de Coldplay, mas, definitivamente, não é uma banda para um grande festival de rock. Não empolgam. É show para se assistir sentado em um teatro. Realmente não foi uma boa colocar o Coldplay para fechar a noite. Os shows anteriores foram mais vibrantes, mais dançantes, com maior participação do público. Acabaram o show às 2:30 horas. A multidão começou a sair. Ficamos esperando o fluxo melhorar. Foi ótimo porque conseguimos ver o show pirotécnico que aconteceu em todas  as noites do festival. Um show de fogos de artifício ao som da música tema do festival. Nuvens indicavam uma chuva próxima. Saímos pelo lado esquerdo, em direção à Rock Street. Vi que vários jovens se dirigiam para o palco onde rolava shows de DJs. No meio do caminho, parte da multidão virava à esquerda, onde uma pequena entrada para cadeirantes estava liberada. Foi um sufoco sair por ali, pois parecia uma boiada passando por um caminho que se afunilava. Quando todos estavam do lado de fora, fomos direto para o estacionamento do Rio Centro, local onde a van ficou estacionada. Eu, Vera, Cláudia, David e Roberto fomos os últimos a chegar na van. Saímos do local às 3:10 horas. O meu celular logo voltou a funcionar em sua plenitude, sinal de que algo ocorria na Cidade do Rock com os telefones das operadoras concorrentes da Claro. Fiz um verdadeiro tour antes de chegar ao hotel, passando pela Cidade de Deus, Linha Amarela, Barra, São Conrado, onde o primeiro desceu, Leblon (três desceram neste bairro), Lagoa (mais dois saíram da van), Ipanema (seis) e Copacabana, onde eu, o último a descer, cheguei ao Sofitel Copacabana, hotel no qual passei o final de semana. Entrei no quarto às 04:45 horas. Caí na cama e dormi, com a certeza de que voltarei ao Rock in Rio em 2013. Já adquiri o Rock in Rio Card (R$ 79,00), com o qual tenho direito à pré-venda para as edições até 2013, além de descontos no ingresso e em produtos ligados ao festival. Gostei muito de ter passado sete horas e meia na Cidade do Rock, futura praça de convivência da Vila Olímpica em 2016. E olha que nem conheci tudo, pois não fui em nenhuma atração do parque de diversões lá montado e nem vi as atrações do Palco Sunset.












música

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