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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

CIUDADELA, ZÓCALO, ANTARA-POLANCO, ANIVERSÁRIO - CIUDAD DE MEXICO

Segunda-feira, 31 de outubro de 2011. Acordo com o sinal de uma mensagem chegando no meu celular. Era a primeira das muitas felicitações que eu receberia ao longo do dia pelos meus 48 anos. Sim, passei meu aniversário no México. O dia estava maravilhoso, perfeito para celebração por mais um ano. Depois do café da manhã, saímos os quatro para fazer compras no Centro Artesanal La Ciudadela (Balderas, 97, Col. Centro). Decidimos ir de metrô, pois a estação Insurgentes era bem próxima ao hotel. Eu ainda tinha três bilhetes que comprei quando estive na Cidade do México em setembro de 2004, mas não sabia se ainda tinham validade. De qualquer forma, tínhamos que comprar pelo meno um bilhete. Quando chegamos na estação, a imensa fila na bilheteria nos fez desistir. Voltamos para a Liverpool, onde havia um ponto de táxi, daqueles que o taxímetro começa no valor de M 22. Pagamos M 40 pela corrida até o centro de artesanato. Meus amigos já conheciam de longa data o local, pois sempre costumam ir lá para comprar artigos de decoração para os restaurantes que eles tem em Brasília. São vários corredores com lojinhas e mais lojinhas com o melhor do artesanato mexicano, com peças de todas as regiões do país. Aprendi uma coisa com meus amigos: nunca pague o primeiro preço que informam ou está escrito nas peças. A regra é pechinchar, é negociar. O local é arrumado, frequentado por turistas em sua maioria, há espaço para percorrer os corredores. Todos os vendedores são muito educados e fazem de tudo para levarmos algum objeto. Quem me conhece sabe que sou um pouco arredio para com o artesanato de uma forma geral. Acho bonito, mas são poucas peças que me seduzem ao ponto de eu comprar. Enquanto David, Roberto e Ric faziam a festa, eu só observava. Ao cabo de mais de duas horas, todos satisfeitos com suas compras. No meu caso, comprei apenas uma reprodução da pedra do sol, também conhecida como relógio asteca. Como estávamos de mãos cheias de sacolas e pacotes, tivemos que retornar ao hotel para guardá-los. Voltamos de táxi, desta vez fazendo sinal para o que passava vazio. O táxi era bem acabado. A corrida ficou em M 25. No hotel, só foi o tempo de deixar as compras nos apartamentos e voltarmos para o Centro. Novamente de táxi. Novamente pegamos no ponto da rua Liverpool. No caminho, relembrei a minha primeira vez na cidade, quando caminhei pelo Paseo de La Reforma, no sentido contrário do que caminhei no domingo. Desta vez, em direção ao Centro. Passamos em frente ao Monumento a Cuauhtémoc, que homenageia o último imperador asteca quando da guerra contra os colonizadores espanhóis; pela Estátua de Colombo, pelo prédio da Loteria Nacional que se destaca pelo seu estilo arquitetônico art déco, pela vistosa e vibrante escultura amarela El Caballito, que fica em frente ao edifício envidraçado de mesmo nome. Já no Centro, passamos ao lado do monumental prédio sede do Correio. Nosso destino era o restaurante Los Girasoles, sempre indicado nos guias como excelência em comida mexicana. A corrida do táxi ficou em M 45. Após o almoço, saímos a pé pelas ruas movimentadas do Centro, observando prédios antigos, vitrines, o povo nas ruas, alguns deles fantasiados para celebrar o Halloween. Nesta caminhada, passamos em frente a outro famoso restaurante de culinária mexicana, o Café Tacuba, cujas garçonetes estão vestidas como camponesas. Nossa direção era a Plaza de La Constitución, mais conhecida como Zócalo. Ela figurou em lista recente como uma das dez praças mais bonitas do mundo. Além de bonita, ela é enorme, imponente. Um espaço público muito bem usado pela população. Na praça estão prédios históricos, dentre eles a Catedral Metropolitana, o Palácio Nacional e o Templo Mayor, todos abertos à visitação. No centro da praça, uma bandeira gigante do país. Quando chegamos, além de todo o esplendor que lhe é característico, fomos brindados com duas exposições. A maior delas era a do Museo de Arte Popular que promoveu o 5º Desfile Y Concurso de Alebrijes Monumentales. São esculturas em papier maché de tamanhos gigantes que reproduzem criaturas fantásticas. É um mistura de partes de bichos e dragões com muita cor. Havia uma multidão fazendo poses diante das esculturas para eternizar em fotos digitais. Eram tantas as esculturas que tomavam todo o enorme espaço da praça. Ao centro, abaixo do mastro da bandeira, estava instalada a segunda exposição, também monumental em relação aos tamanhos das peças. Com o sugestivo nome de "Nuestros Silencios", dez gigantes de bronze pintados em cor clara, todos com a boca vedada, instigavam os passantes sobre o que eles queriam dizer. A exposição percorreu algumas cidades europeias, sempre em espaços públicos, conforme indicava um display informativo ao lado das esculturas. O final da tourné mundial se dava no Zócalo, um espaço público que serve de palco para cerimônias oficiais e de protestos. O final se dava no país natal do artista plástico chamado Rivelino. As expressões faciais dos gigantes remetiam a diversos povos mundiais e creio que a boca vedada indicava um protesto em favor da liberdade de expressão. Depois de muitas fotos, fomos procurar uma loja de tecidos nas redondezas chamada Parisina. A loja fica em um prédio antigo, com bela arquitetura, a uma quadra do Zócalo. É o paraíso para quem quer comprar tecidos e plásticos a metro. Ric ficou igual porco alegre no fubá quando, enfim, encontrou um tecido que procurava a pelo menos uns quatro anos. Mais compras, mais pacotes. Saímos da loja no final da tarde. Mais um táxi de rua até o hotel, cuja corrida ficou em M 38. Eu precisava de um shopping. Assim, quando meus amigos fizeram a proposta de ir até o elegantérrimo Antara-Polanco, não exitei. Pegamos um táxi e um engarrafamento monstro para lá chegar. Pagamos M 80 o trecho hotel-shopping. O centro de compras é aberto, com amplos corredores. Não tinha grande movimento. São três pisos, sendo que o terceiro é destinado à alimentação, somente com fast food, pois os restaurantes ficam nos mesmos pisos das lojas. Por falar em lojas, várias grifes tem ali uma filial: Empório Armani, Guess, Hermès, Burberry, Marc Jacobs, Adidas, Nike, Puma, Benetton, Longchamp, Hugo Boss, Lacoste, Mac, Zara, Nautica, Tommy Hilfiger, Nespresso, Paul & Shark, entre tantas outras. Não comprei nada, mas respirei ares de um shopping elegante. Paramos para um café no Starbucks local. Ao sair, pedimos na portaria que nos chamassem um táxi. Preço fixo do hotel para a Zona Rosa: M 90. Aceitamos. No caminho, vimos o diferente e moderno prédio do Museo Soumaya, cujo acervo soma mais de 60 mil obras e entrada gratuita, conforme nos disse o motorista de táxi (confirmei tudo depois na internet). O seu dono é o multimilionário Carlos Slim, dono da Claro. Fiquei com vontade de conhecer o museu, mas como não foi possível nesta viagem, fica sendo mais um motivo para voltar à Cidade do México em outra oportunidade. No hotel, descansamos por uma hora até nova saída para jantar. Tínhamos reserva no Teska, especializado em comida vasca. Fechei com chave de ouro as comemorações do meu aniversário.


El Caballito (foto tirada em setembro de 2004)



Interior de loja no Centro Artesanal La Ciudadela


Console de um táxi mexicano


Exposição de Alebrijes - Zócalo


Catedral Metropolitana - Zócalo


Exposição de Alebrijes - Zócalo


Exposição "Nuestros Silencios", de Rivelino - Zócalo


Exposição de Alebrijes com Palacio Nacional ao fundo - Zócalo


Parisina


turismo

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