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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

TEOTIHUACÁN E SANTUÁRIO DE GUADALUPE - CIUDAD DE MEXICO

02 de novembro de 2011. Dia dos Mortos. O México em festa. Nosso último dia inteiro no país. Compramos um tour privativo de seis horas de duração com guia em espanhol para conhecer a Zona Arqueologica de Teotihuacán e o Santuário de Guadalupe. Pagamos U$ 154 pelo passeio. Às 8:30 horas, horário combinado, o motorista e guia Sr. Leopoldo estava no lobby do hotel. Nós quatro de bermudas e ele todo encapotado. Quando saímos na rua, percebemos que fazia frio, mas ao longo do dia o sol esquentou. O carro era uma van com espaço de sobra para nosso pequeno grupo. O guia parou em frente ao Monumento a La Independencia, onde nos deu algumas informações sobre a história do país. Nas escadas do monumento, uma profusão de cruzes, velas e flores amarelas não deixavam dúvidas que a Cidade do México celebrava seus mortos. A primeira visita seria na zona arqueológica, cerca de cinquenta quilômetros da capital. Pegamos a via expressa, passando por uma enorme favela de ambos os lados, já na periferia da cidade. A paisagem a seguir era bem seca, como em Brasília no inverno. A umidade do ar na cidade estava bem baixa nos dias que lá ficamos. Mas como já somos calejados, todos tinham hidratantes, colírios e afins para amenizar os efeitos da seca.

Levamos mais ou menos uma hora para lá chegar, mesmo com o motorista em velocidade muito baixa e falando sem parar em tom monocórdio que dava sono. Antes de entrar na área das pirâmides, o guia parou o carro para vermos as duas edificações em ponto de vista privilegiada. Depois nos conduziu até a portaria 5, onde compramos os ingressos, M 51 cada um. Ao perguntar onde ficavam os banheiros, ele titubeou. Meus amigos, que já conheciam o lugar, disseram que não era aquele portão em que entraram da primeira vez que lá estiveram. Ele disse que nos levaria até o outro portão 3, onde havia lojas e banheiros. Assim o fez. Combinamos que ficaríamos uma hora e meia lá dentro. Ele nos esperaria na portaria 2, em frente à Pirâmide do Sol. Logo após entrarmos, nos deparamos com as ruínas do Palácio Quetzalpapalotl, de onde se tinha uma ótima visão da Pirâmide da Lua. Vimos os detalhes do palácio e rumamos para a pirâmide, acompanhados por vendedores ambulantes que vendiam artesanato, aceitando reais como pagamento. No topo da pirâmide, com pouco mais do que 40 metros de altura, decidimos subir os íngremes e irregulares degraus. Vi que estou com bom preparo, apesar de estar afastado de atividades físicas há séculos. Cheguei bufando no alto, mas igual aos demais que frequentam academia regularmente. A visão lá do alto é magnífica, tendo à frente a Avenida dos Mortos e à esquerda a Pirâmide da Lua. Mais ao fundo, vê-se as ruínas do Templo de Quetzalcoatl. Na Pirâmide da Lua não se pode subir até o último nível, diferente da Pirâmide do Sol, mais alta, mas que se chega ao seu cume. Descemos com cuidado, segurando na corda de aço que dá apoio a quem sobe e a quem desce. Percorremos a Avenida dos Mortos, observando os detalhes de cada pedra ali colocada. Um afresco chama a atenção à esquerda, única pintura mural que ainda resta. Retrata um puma em motivos que lembram o movimento da água. O sol estava quente. Não há sombras. O uso de protetor solar é mais que necessário. Chegamos na parte mais movimentada do lugar, em frente à Pirâmide do Sol, onde todos param para posar para fotos. Ric disse que não iria subir, mas convencemos ele do contrário, usando o argumento de que, segundo o guia Leopoldo, já havia estudos para proibir que as pessoas subissem nas pirâmides, como foi feito em Chichén-Itzá, visando proteger as edificações. Se ele não subisse, depois poderia ser tarde demais. Todos subimos. Fomos por etapas, assim como a maioria dos que lá estavam, pois os degraus são mais irregulares do que a outra pirâmide, além de esta ser mais alta, com mais de 65 metros de altura. Também há cordas de aço para auxiliar na subida e na descida. Um vento gostoso nos recebeu no topo da pirâmide. A vista é linda também, mas a que se tem da Pirâmide da Lua é mais bonita. Mais fotos e descemos novamente. Nosso tempo combinado com o guia já estava se esgotando, mas ainda passamos em uma loja de artesanato na saída para comprar um outro calendário asteca. Saímos de Teotihuacán, que significa "local onde os homens se tornam deuses".


Pirâmide da Lua


Palácio Quetzalpapalotl


Teotihuacán


Mural do Puma - Avenida dos Mortos


Pirâmide do Sol

Deixamos a divindade para trás, mas ficamos no mesmo tema, pois entramos no carro em direção ao Santuário de Guadalupe, dedicado à Virgem de Guadalupe. Quando chegamos, não havia local para estacionar, pois o santuário estava lotado. Afinal era feriado e ali é o segundo maior ponto de peregrinação católica do mundo, só perdendo para o Vaticano. Eu já conhecia o santuário. Não se paga para entrar. Usamos a portaria ao lado do Batistério para ingressar no recinto, começando a rápida visita pela moderna basílica que comporta 10 mil pessoas. Chegamos na hora da missa. Fomos direto para onde fica a túnica do índio Juan Diego onde a imagem da virgem ficou impressa quando de sua aparição para ele. Não há como ficar parado contemplando a túnica que fica emoldurada em um quadro. Entra-se em uma fila para passar em frente ao manto usando uma esteira rolante. Muitos fazem o percurso de ida e de volta. Aproveitei que havia uma loja ao fundo para comprar uma imagem da santa para minha mãe. Quando saí, a missa estava no final, dando para ver o interior da basílica onde uma cruz entortada fica à mostra. Segundo dizem, ela estava ao lado do quadro com a túnica quando um atentado ocorreu no interior da igreja. A imagem ficou intacta, mas a cruz de ferro se entortou toda. Deixamos a basílica pelas portas que se abrem para um grande pátio, onde acontece as celebrações do dia 12 de dezembro, dia dedicado à Virgem de Guadalupe. Há um enorme altar no alto da igreja utilizado nesta data. No mesmo pátio estão duas construções históricas, uma era um convento e hoje funciona um museu e a outra é a antiga Basílica de Guadalupe em estilo barroco. Entramos para ver seu rico interior. O interessante é o desnível em que ela se encontra, pois afundou com o tempo, chegando a ter uma de suas partes descolada da edificação. Está em processo de reforma. Demos por satisfeitos, embora ainda haja outras capelas no local. Voltamos para o hotel. Era hora de almoçar. Resolvemos ficar por perto, indo a pé até um pequeno shopping próximo ao hotel chamado Plaza Zona Rosa, onde comemos na unidade do Chilis. O restante da tarde foi arrumando as malas para o retorno ao Brasil. À noite, um belo jantar de despedida no elegante restaurante Elago, cujo slogan é "el restaurante más bonito de México". Ele fica dentro do Bosque Chapultepec, em sua segunda seção, em frente ao Lago Chapultepec. A dificuldade foi chegar lá, pois o motorista do táxi que nos levou era novo na praça e ficou perdido dentro do parque, quase nada iluminada na noite. Mas conseguimos chegar e nos despedimos em grande estilo da Cidade do México.


Virgem de Guadalupe


Basílica de Guadalupe


Antiga Basílica de Guadalupe


Altar externo da Basílica de Guadalupe


turismo

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