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sábado, 12 de novembro de 2011

MÉRIDA-CANCÚN-CIDADE DO MÉXICO

Acordamos cedo na sexta-feira, dia 27 de outubro, pois marcamos para sair do hotel em Mérida às 10 horas. O motorista foi mais um vez pontual. A viagem de volta para Cancún durou pouco mais do que três horas e meia. O motorista disse que o furacão Rina chegou com menos intensidade na zona hoteleira de Cancún, em categoria 1, também chamada de tormenta tropical. Derrubou apenas algumas poucas árvores e desfolhou outras tantas. A chuva mais forte foi durante a madrugada de quinta para sexta, fazendo com que os poucos hóspedes que ficaram no hotel Ritz-Carlton dormissem todos juntos no ballroom do prédio. Paramos em um dos pedágios da estrada para ir ao banheiro e comer alguns snacks. Foi nosso almoço. Chegamos de volta ao hotel Ritz-Carlton pouco após duas horas da tarde. Eles são muito rápidos na limpeza das ruas, pois quando entramos na cidade, tudo estava limpo, nem parecia que um furacão havia passado na noite anterior. No hotel, o check in foi rápido. Pegamos nossas malas que ficaram lá guardadas, subindo para o quarto piso, onde ficavam os nossos apartamentos nesta nova estadia. Todos os apartamentos do hotel são de frente para o mar. Todos possuem varandas e portas de vidro grandes. Todos tem carpetes (decoração de inspiração francesa). Em todos os quartos entrou muita água da chuva, deixando os carpetes encharcados. Quando tirei os sapatos e coloquei os pés no chão, a água subiu logo do carpete felpudo. Próximo à varanda havia toalhas no chão para absorver um pouco da água. Checamos os quartos dos amigos e todos estavam iguais. Mais tarde, à noite, o serviço de quarto passou um aspirador de água no carpete, diminuindo a sua umidade. Resolvemos aproveitar a bela tarde que fazia, descendo para a piscina, onde ficamos num dolce far niente até o sol se por. Apenas conversa, drinques, comidinhas e piscina. Quando não havia mais sol, voltei para o quarto no intuito de descansar um pouco até a hora de sairmos para jantar. Aproveitei para fazer mais um câmbio, já que a taxa do hotel nos era favorável. Nem desfiz as malas, pois no início da tarde de sábado deixaríamos Cancún em direção à Cidade do México. Dormi um pouco. Após um banho relaxante, todos se encontraram novamente na recepção para decidir onde jantar. Alguns queriam comida mexicana, enquanto outros preferiam algo mais internacional. Prevaleceu a vontade destes últimos. A concierge nos indicou um restaurante cuja especialidade são as carnes, próximo ao hotel, dando para ir caminhando. Aceitamos a sugestão. Ela fez uma reserva para seis. Fomos a pé, em percurso de dez minutos em noite agradável, com uma ótima brisa.

O restaurante é o Harry's (Boulevard Kukulcán Km 14.2, Zona Hotelera), cujo slogan é "prime steakhouse & raw bar". Ele fica ao lado do Puerto Madero, onde tínhamos jantado alguns dias antes. Pareceu-me que ambos são do mesmo grupo. Os dois tem unidades na Cidade do México, uma perto da outra. O Harry's é bem grande, com mais de um salão interno, cuja decoração é um misto de modernidade com austeridade. A varanda é o local mais bonito, com uma bela vista para a chamada Lagoa de Cancún, mas não ficamos lá porque era onde ficavam os fumantes. Colocaram-nos em uma mesa para seis pessoas, no salão com piso rebaixado à esquerda de quem entra. Chamou-me a atenção a vitrine em frente à recepção onde peças de carne ficam secando por 21 dias, se não me engano. Já na mesa, pedimos algumas entradinhas, como algumas empanadas e um carpaccio de polvo (o lado raw bar!), que chega à mesa em bela apresentação. O sabor é ótimo. Um destaque da casa é uma espécie de rosca salgada que faz parte do couvert. É servida dentro da forma em que assou. Sabor salgadinho marcante. O serviço é outro ponto alto da casa. Para os pratos principais, uma bandeja com vários cortes de carne crua chega à mesa. O maitre explica cada um deles. Para quem não gosta ou não quer comer carne à noite, uma outra bandeja é mostrada com enormes frutos do mar, como a lagosta e a pata de caranguejo do Alasca. Todos pediram carne bovina. Meu corte foi um cowgirl (um rib eye assado na brasa com osso). Os cortes são servidos apenas com uma brochette de tomate, cebola e jalapeño (arde muito). Para acompanhar nossos pratos, pedimos purê de batatas e champignons ao vinho branco. As porções foram em quantidade suficiente para todos na mesa. Enquanto comíamos, algumas doses de margaritas foram consumidas. Minha carne estava muito macia, com textura e sabor especial. Confesso que parti um pedaço do jalapeño e harmonizei com a carne. Ficou ótimo, embora bem picante. Ainda pedimos uma sobremesa enorme para compartilhar. Foi um bolo de sorvete com calda quente de chocolate. A calda vem líquida, mas ao entrar em contato com o sorvete, endurece instantaneamente. Achei médio o sabor da sobremesa. Para mim, foi o melhor restaurante dos que conheci em Cancún. A conta ficou em M 4.800 (U$ 369).


Carppacio de polvo


Opções de cortes bovinos


Cowgirl acompanhado de brochette de tomate, cebola e jalapeño



Voltamos felizes para o hotel. Nossa última noite em Cancún. No lobby do hotel nos despedimos de Pedro e Chico, pois eles levantariam bem cedo no sábado porque voariam para Miami logo nas primeiras horas da manhã.

No sábado, com malas prontas, fomos tomar café da manhã em um hotel bem vazio. Os garçons nos chamavam pelo sobrenome, sempre muito atenciosos. A variedade no buffet era menor do que na estadia anterior, mas mesmo assim, era bem farto. Saboreei as delícias mexicanas, incluindo uma doce pitaya, calmamente. Em seguida, Ric, Roberto e David ainda foram aproveitar o sol. Fiquei a ler no quarto. Ao meio dia fizemos o check out. Tudo muito rápido. O transfer para o aeroporto já estava acertado desde o primeiro dia (U$ 130 aeroporto-hotel-aeroporto). Foram pontuais, como sempre. O trajeto do hotel até o Aeroporto Internacional de Cancún dura em torno de meia hora. Check in na Aeromexico. Havia fila, mas andava rápido. Malas despachadas. Cartão de embarque na mão. Tínhamos fome. Decidimos comer um sanduíche na área de embarque. Embora o voo fosse nacional, o embarque se dá pela setor internacional. Fila para passar as malas de mão no raio X. Passei primeiro. Ric em seguida. Pediram para ele abrir a mala. Retiraram todos os líquidos: hidratante, dois frascos de protetor solar, shampoo para lavar a lente que ele usa em um dos olhos, desodorante, o frasco de álcool que eu tinha comprado para tirar a água dos meus ouvidos. Ric estava desolado. Não conseguia entender, só repetindo a frase: "meu shampoo, meu shampoo!". Eu que conversei com o cara do raio X. Ele nos deu duas opções. Voltar ao check in, registrar os produtos e despachá-los ou deixar tudo ali mesmo. Optamos pela segunda alternativa. Refeito do "choque", Ric se juntou aos famintos. Dentre as várias opções da praça de alimentação, ficamos com o Burger King. Gosto de sanduíches de vez em quando. Aproveitamos para checar a internet em nossos celulares, pois havia wi-fi gratuito por vinte minutos para quem fizesse um breve cadastro no sítio eletrônico de uma companhia telefônica. Saciada a fome e vencido o tempo da internet gratuita, demos uma volta no aeroporto. O espaço não é grande, mas deixa os aeroportos brasileiros no chinelo se compararmos com as opções de lojas de souvenir e de conforto. Estava bem cheio, mas ninguém apertado. Há uma loja com artigos de artesanato de todo o país. Os preços são maiores do que na cidade, mas as peças são muito bonitas. Só vi, não comprei nada. Embarcamos às 14:40 horas, no horário marcado em nosso cartão de embarque. Voo bem cheio. Trajeto tranquilo. Pousamos no Terminal 2 do Aeroporto Internacional Benito Juárez às 17:10 horas. Tal terminal é amplo, mais novo e, portanto, mais moderno. Esperamos por pouco tempo nossas malas. David comprou a corrida do aeroporto até o hotel, na Zona Rosa, em um guichê na sala das esteiras. Custou M 270. Ao sair, um agente da polícia federal fica observando todo mundo. Ainda recolhe-se o tíquete de bagagem na porta de saída. Passei rapidamente, mas Ric foi parado pelo agente. Dois fatores me fizeram concluir o motivo da parada: ele desviou do fluxo normal que as pessoas faziam para sair e usava óculos escuros, mesmo dentro de ambiente fechado. David e Roberto vinham atrás e ajudaram-no nas respostas. Todos do lado de fora, pegamos uma Suburbana, um carro grande que cabia todas as nossas malas, que já eram muitas a esta altura. O trânsito da Cidade do México é um inferno, mas como era sábado, final de tarde, o táxi fluía bem. O tempo estava bonito. Fazia frio, algo em torno de 18º C. O hotel que ficamos, o NH Mexico City Zona Rosa, fica em área movimentada, principalmente à noite, com muitos bares, boates, lojas eróticas, pubs, hoteis, restaurantes, teatros e bem perto do Paseo de La Reforma, importante avenida da cidade onde tudo acontece. Nossas reservas eram para suítes júnior. Fiquei no décimo quarto andar, enquanto David e Roberto ficaram no décimo segundo. Detalhe: não há o 13º andar no edifício. Superstição? Depois de um dia bem agitado, resolvi ficar quieto, lendo o guia de turismo que levei para definir o programa dos próximos dias. Só saímos à noite, quando fomos jantar. Há uma infinidade de opções de restaurantes na cidade. Preferimos variar da culinária mexicana, optando por conhecer mais uma unidade do famoso Astrid & Gastón, do não menos famoso chef peruano Gastón Acúrio. Fica na região de Polanco. Fomos de táxi. Na Cidade do México há muitos táxis, a maioria caindo aos pedaços. Dependendo de onde e como você pega o táxi, há uma diferença de preço. Fazendo sinal na rua, o taxímetro começa em M 7. Se pegamos em um ponto fixo, tal preço se inicia em M 22. Se o táxi for de uma chamada zona segura, ele começa em M 50. E ainda há os táxis de porta de hotel, com preço fixos para regiões/locais de interesse turístico, geralmente bem mais caros, e aqueles que os restaurantes chamam, com preços fixos mais altos ainda. Nesta primeira noite, pegamos um táxi na rua. A luz interna estava acesa. Mais do que depressa, eu a apaguei. Fui imediatamente repreendido, de forma educada, pelo motorista. As regras mais recentes exigiam que a luz ficasse acesa permanentemente. Questão de segurança. O trajeto até o Astrid & Gastón foi longo, mas deu para ver a movimentada noite de sábado, perto do Halloween, com muita festa e gente de todas as idades fantasiada nas ruas. Pagamos M 30 a corrida. Resolvi fazer uma resenha somente para a gastronomia mexicana. Desta forma, deixarei os comentários do restaurante peruano para o post específico. Assim que terminamos o jantar, pedimos um táxi ao maitre, que nos atendeu prontamente. Assim que o carro chegou, fomos avisados. Entramos no táxi, dissemos o destino e perguntamos o preço. O motorista disse que tinha que consultar a central, mas deu a partida no carro. Em movimento, a central respondeu que o trajeto sairia por M 180. Um absurdo.Um roubo! Dissemos que não aceitávamos pagar seis vezes mais pelo mesmo trajeto que fizemos para chegar ao restaurante. Ele disse que aquele táxi era mais seguro. O veículo não tinha nenhuma diferença em relação ao outro e ainda tinha a luz interna apagada. Pedimos para parar o carro. Ele ainda tentou diminuir o valor para M 130, mas não quisemos seguir viagem. Ele fez a volta, dizendo que só poderia nos deixar sair na porta do restaurante, por questões de segurança. Voltamos, descemos, atravessamos a rua, ficamos em frente a uma boate. No primeiro táxi que parou deixando um passageiro fantasiado entramos. O motorista cobrava no taxímetro a corrida. Pagamos M 30 pela volta. Passava da meia noite quando chegamos ao hotel. As ruas da Zona Rosa estavam cheias, majoritariamente público GLS. O domingo seria pesado de atrações turísticas para mim e Ric e de compras para nossos amigos. Resolvemos ficar no hotel. Era hora de dormir.

turismo

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