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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

PAMPULHA - GASTRONOMIA EM BRASÍLIA (DF)


Endereço: ST SCES Lote 25, Conjunto 72, Trecho 02 S/N, Asa Sul, Brasília, DF.

Fone: (61) 3225 1182

Especialidade: culinária mineira.

Quando fui: almoço de 30 de setembro 2013, segunda-feira. Estava só. Cheguei às 13:45 horas. Como já era tarde, pensei que o restaurante estaria vazio, mas três ônibus na porta do restaurante indicavam que este pensamento não se confirmaria, o que era fato. Era minha primeira vez no Pampulha. No enorme salão, com mesas grandes, próprias para acomodar grupos imensos, o atendente me conduziu até uma mesa para quatro pessoas, a menor que havia, onde me acomodei. Longe do buffet, como eu pedi.

Serviço: o restaurante estava cheio e todos pediram a conta na mesma hora, pois a maioria fazia parte do grupo que tinha chegado nos tais ônibus que vi na rua. Assim, tive que esperar um pouco para pagar minha conta. Enquanto esperava, naveguei pela internet, utilizando o wi-fi gratuito, com acesso via senha fornecida pelo garçom. Há serviço de manobrista (R$ 5,00), cujo valor é pago juntamente com a conta. Para o buffet, se o restaurante estiver cheio, é aconselhável praticar o exercício da paciência, já que a fila que se forma é grande e demorada. Enfrentei uma fila de quinze minutos, onde as pessoas eram extremamente mal educadas, pois conversavam sem parar em cima da comida disposta no buffet, montado em uma mesa que imita um grande fogão à lenha, e sem os aparadores de vidro que a saúde pública exige para proteção para possíveis caídas de cabelos, perdigotos e afins na comida. A fila é organizada, com sinalização de entrada e saída, com espaço amplo, sem ninguém ficar apertado. Ao final, em local apropriado, ficam as balanças, já que o sistema é self service por quilo.

O que bebi: uma lata de Coca Cola Zero, 300 ml, em copo com muito gelo, sem o limão. Ao final, pedi um café. Minha preferência é pelo espresso, mas como vi algumas mesas com um café coado individualmente em canecas esmaltadas, o que me lembrou da infância em casa de vó, resolvi experimentar. O garçom trouxe à mesa uma bandeja de porcelana, na qual estava o pote com os sachês de açúcar e de adoçante, duas colherinhas, a caneca verde, o suporte com o minicoador de pano, cheio de pó de café e um bule azul, também esmaltado, com água quente. Ele verteu a água no coador e o café desceu preto e aromático. É nostálgico, mas continuo preferindo um espresso bem tirado.


O que comi: o forte do almoço é o buffet, embora tenha serviço a la carte também. Com o adiantado da hora, optei pela primeira alternativa. Há uma boa oferta de saladas frias, onde me servi de cenoura cozida, batata baroa cozida com queijo minas, queijo amarelo, broto de feijão e cebolas assadas. Na parte dos pratos quentes, onde alguns clássicos da culinária mineira se faziam presentes (tutu, tropeiro, quiabo refogado, jiló), a maioria das opções eram pratos comuns a todo restaurante self service a quilo. Como era o primeiro dia da dieta onde o carboidrato era permitido, coloquei uma colher de sopa de feijão tropeiro, que estava muito bom, embora não tenha gostado da sua cor amarelada. De resto, meia linguiça calabresa assada na brasa, com bastante cebola, couve refogada com alho e um bife à parmegiana, que não gostei, pois achei sem tempero, e sem o sabor do presunto se notar.


Valor que me coube na conta: R$ 39,59

Minha avaliação: * * 1/2. A comida é bem feita, o restaurante tem uma bela decoração rústica, que lembra fazendas do interior mineiro, utiliza objetos de artesanato mineiro para compor o ambiente, tem uma área mais clean, com amplos janelões de vidro com uma aprazível vista para o Lago Paranoá, mas não me seduziu.


Gastronomia Brasília (DF)

sábado, 28 de setembro de 2013

CORRIENTES 348 - GASTRONOMIA EM BRASÍLIA (DF)



Ainda respeitando as restrições da dieta da proteína em sua segunda semana, foi a vez de voltar a uma casa especializada em carne. Como a ida ao Corrientes 348 tinha sido frustrada na sexta-feira, 20 de setembro, eu e Karina resolvemos ir mais cedo para não pegar fila de espera. Fomos felizes.


Endereço: SCLS 411, Bloco D, loja 36, Asa Sul, Brasília, DF.

Fone: (61) 3345 1348

Diferencial: o ponto da carne.

Especialidade: churrasco portenho.

Quando fui: almoço de 27 de setembro 2013, sexta-feira. Éramos dois. Chegamos às 12 horas, quando o restaurante ainda estava vazio. Sentamos em uma mesa para dois perto dos vasos de planta. Foi ótimo ter chegado cedo, pois logo a casa lotou e se formou a fila de espera. Ficamos por mais de uma hora no restaurante em um início de uma agradável tarde.

Serviço: bom, embora tenha sido necessário chamar o garçom por mais de uma vez (entendo que os garçons devem ficar atentos a todas as mesas). Logo quando sentei, notei que prato, talheres e guardanapo estavam com restos de fuligem e folhas, provavelmente trazidos pelo vento. Pedi para trocar tudo e fui prontamente atendido. A garçonete trocou todo o set, tanto o meu quanto o de Karina.

O que bebi: uma garrafa, 300 ml, de água mineral com gás São Lourenço (R$ 3,90), e uma xícara de café espresso (R$ 4,80) ao final.

O que comi: seguindo minha rigorosa dieta da proteína, desprezei o ótimo pão torrado com chimichurri que é servido como cortesia. Pedimos um ojo del bife (miolo do contra filé), porção para duas pessoas, com 600 gramas (R$ 119,00), acompanhado de surtidos tricolor, ½ porção (R$ 15,00), e brócolis salteado com cebola (R$ 16,00). A carne já vem servida em dois generosos pedaços, no ponto perfeito, com um pouquinho de sangue ao cortar e as gorduras que lhe dão sabor, temperada apenas com sal grosso. Quem quiser, pode colocar um pouco do molho chimichurri que acompanha as carnes do menu. Os legumes dos surtidos tricolor, pimentão vermelho, cebola e berinjela, são assados na brasa, tendo um leve sabor defumado. Muito bom. O brócolis salteado na cebola estava sem graça e ficou totalmente perdido em sabor quando comparado aos legumes.

Valor que me coube na conta: R$ 94,22

Minha avaliação: * * * *. Vale a visita. Carne sempre no ponto correto, temperada ao modo argentino e servida bem macia. Embora não tenha comido desta vez por causa da dieta, a panqueca de doce de leite é imperdível.

Gastronomia Brasília (DF)

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

GALETERIA GAÚCHA - GASTRONOMIA EM BRASÍLIA (DF)


Ainda respeitando as restrições da dieta da proteína em sua segunda semana, decidi ir a um rodízio de galeto, pois já estava cansado de comer carne vermelha ou peixe. A escolha recaiu na Galeteria Gaúcha, unidade da Asa Sul. Foi só entrar no restaurante para cair uma chuva forte, com direito a trovoadas. A cidade estava precisando deste refresco. Foi ótimo almoçar sentindo um cheirinho de terra molhada.


Endereço: SCLS 108, Bloco D, lojas 21/29, Asa Sul, Brasília, DF.

Fone: (61) 3242 2656

Diferencial: a fartura do rodízio, tanto do galeto, quanto dos acompanhamentos.

Especialidade: galeto assado na brasa, obviamente.

Quando fui: almoço de 24 de setembro 2013, terça-feira. Estava só. Sentei em uma mesa ao lado da janela, o que me permitiu sentir o cheiro de terra molhada enquanto a chuva caía forte. Permanecei no local por 45 minutos.

Serviço: amigável, parecendo serviço de bar. Como o rodízio é o forte da casa, foi só sentar, pedir a bebida e já colocaram na mesa o recipiente com a chapa que permanece quente, onde fica o frango assado e as vasilhas com os diversos e fartos acompanhamentos.

O que bebi: uma lata, 350 ml, de Guaraná Antarctica Zero (R$ 4,00), e uma xícara de café espresso Diletto (R$ 4,00) ao final.

O que comi: seguindo minha rigorosa dieta da proteína, não toquei em vários acompanhamentos colocados à mesa: macarrão à bolonhesa, maionese de batatas, polenta grelhada e polenta frita (estava com uma aparência ótima: douradas, sequinhas e aromáticas). Para acompanhar o galeto assado na brasa com bastante ervas e servido na chapa quente (R$ 45,00), em quantidade para lá de suficiente para uma pessoa, experimentei apenas a salada de alface, tomate, repolho roxo, rúcula, tiras de pimentão vermelho e cebola crua (que deixei de lado), regados com um fio de azeite extra virgem Galo. Além das ervas que já estão nos pedaços do galeto, reguei a carne com o vinagrete que também acompanha o rodízio. O franguinho é bem temperado, carne macia, quente, saboroso. Comi bastante, mas nem precisei pedir que me servissem mais, embora o garçom passou com uma nova leva de pedaços de galeto por duas vezes em minha mesa perguntando se eu estava servido.



Valor que me coube na conta: R$ 49,50

Minha avaliação: * * *. Local simples, mas com qualidade no que serve.


Gastronomia Brasília (DF)

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

DEGUSTAÇÃO DE VINHOS BRASILEIROS

Após a ótima experiência com vinhos brasileiros em degustação promovida pelo site Decantando a Vida no restaurante L'Affaire na noite de 10 de setembro, confirmei presença assim que as inscrições foram abertas para uma nova degustação com outros vinhos produzidos no Brasil. Paguei R$ 75,00 para ser um dos dez participantes do encontro que o mesmo site organizou, também no L'Affaire, na noite de 26 de setembro. O jantar que acompanhou a degustação de sete vinhos nacionais ficou em R$ 58,30 por pessoa, já com as taxas, consistindo de um menu fechado, com entrada (salada), três opções de pratos principais e duas opções de sobremesa. Antes do jantar ser servido, colocaram na mesa porções de queijos variados cortados em cubinhos, azeitonas pretas sem caroço, presunto, também cortado em cubos, e pães. Água com e sem gás era servida à vontade. Só havia nove pessoas presentes e uma delas teve que sair mais cedo, antes de todos os vinhos serem servidos. Como estou de dieta, dispensei a salada, pois ela continha batatas, forrando o estômago apenas com os queijos. Escolhi o entrecôte à Paris como prato principal, apreciando apenas a carne, que pedi ao ponto, que estava bem macia. Embora tentadoras, resisti às batatas fritas que acompanharam o meu prato. Nem quis ver a sobremesa. Vamos aos vinhos da noite:

01) Paralelo 8 Premium, safra 2009, com 13,5% de teor alcoólico, produzido no Vale do São Francisco, em Pernambuco, com cinco castas: alicante bouschet, touriga nacional, aragonez, cabernet sauvignon e syrah. Encontrado em Brasília na Art du Vin ao preço de R$ 70,00. Senti aroma de frutas vermelhas e um leve floral. Na boca, tem taninos delicados, sem agredir, mas não me surpreendeu.

02) Máximo Boschi 2004, elaborado com a casta merlot, com 13% de álcool, cuja produção foi de 2.700 garrafas na Serra Gaúcha. Esta foi a segunda safra em que este vinho foi produzido. A anterior data de 2000. Tem um interessante rótulo que lembra os vinhos italianos, com um desenho de um elmo medieval. No aroma, notei um fumo e na boca, novamente os taninos se mostraram presentes, mas sem agredir o paladar. Sabor prolongado. Encontrado em Brasília na Art du Vin, saindo por R$ 65,00.

03) Minimus Anima, safra 2008, feito com 50% de cabernet franc, 20% de cabernet sauvignon, 20% de alicante bouschet e 10% de merlot, em Canoas, Rio Grande do Sul, por Marco Danielle. Ele não possui vinhedos, comprando as uvas de produtores independentes de Campos de Cima da Serra e de Encruzilhada do Sul, cidades do Rio Grande do Sul. Tem 12,8% de álcool e tem pouca adição de sulfitos. É encontrado para venda apenas pela internet, cujo preço médio é R$ 58,00. O rótulo apresenta uma bela fotografia, confirmando a profissão de seu produtor: fotógrafo. Inicialmente um aroma de estábulo subiu da taça, mas foi evoluindo até chegar a ervas e terra. Na boca, foi intenso, redondo e bem elegante. Gostei muito.

04) Garapuvu 2012, vinho branco de cor bem próxima ao laranja, produzido em Santa Catarina pela vinícola Quinta da Figueira. É um vinho de garagem, feito dentro de Florianópolis, utilizando barricas de segundo uso compradas da Villa Franchioni. Tem 12% de álcool e custa R$ 55,00. Apenas 200 garrafas foram produzidas por esta safra. Como não gosto de vinho branco, deixo de comentar.

05) Tormentas Fulvia Garagem, safra 2008. Vinho elaborado por Marco Danielle com uvas compradas de produtores de Campos de Cima da Serra, tendo em sua composição 100% cabernet franc, com 12,95% de álcool, custa R$ 80,00. Vinho decantado antes de servir. Aromas de frutas vermelhas se sobressaem e evolui para um caramelo. Na boca, redondo, persistente e elegante. Rótulo também estampa uma bela foto. Dos tintos, foi o que mais gostei.

06) Tormentas Ius Soli Garagem, safra 2008, com produção de apenas 650 garrafas. Elaborado por Marco Danielle com castas de Encruzilhada do Sul, cuja composição é 60 % cabernet sauvignon, 30% merlot e 10% alicante bouschet. Tem 13,04% de álcool e custa R$ 160,00. Aroma que evoluiu rapidamente para açúcar queimado. Na boca, taninos elegantes, redondo. Mais um rótulo com fotografia. Gostei.

07) Aracuri Brut, safra 2011. Um espumante de garagem produzido em Campos de Cima da Serra pelo método charmat com 100% da casta chardonnay, tem 11,5% de álcool. Custa, em média, R$ 30,00. O que mais me agradou na noite. Servido em temperatura ideal, este espumante se mostrou refrescante, com um leve tostado na boca.

A degustação durou pouco mais do que duas horas e foi bem descontraída. Gostei muito.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

GASTRONÔMADE BRASIL - ETAPA BRASÍLIA

Assim que anunciaram a segunda edição do Gastronômade em Brasília, tratei de garantir meu lugar, pois recebi indicações positivas de quem participara do primeiro deles no Jardim Botânico no primeiro semestre deste ano. A compra do ingresso foi muito simples, tudo feito pelo site do evento e o pagamento de R$ 269,00 foi efetivado via PayPal em 24 de agosto. A concepção do projeto é bem interessante. Um almoço feito por um chef renomado da cidade, utilizando produtos da região, com todos os comensais sentados em uma única mesa ao ar livre, em local aprazível. A segunda edição aconteceu em 22 de setembro, domingo, a partir de 13 horas, no Clube de Golfe de Brasília. O mesmo chef da primeira edição pilotou os fogões nesta segunda etapa de 2013, William Chen Yen. Eu e Karina fomos de carona com Hélida. Fomos os primeiros a chegar, às 12:50 horas. A mesa estava montada no gramado, perto do restaurante Le Jardin du Golf. No horário em que chegamos, o sol forte do início da tarde tomava conta de boa parte da mesa. Resolvemos marcar nossos lugares na ponta oposta, onde os galhos das árvores ofereciam uma providencial sombra. Era hora também de tirar várias fotos, aproveitando a mesa montada sem ninguém ao seu redor. Por cima de cada prato, estrategicamente colocada dentro dos guardanapos de linho branco, estava a descrição do menu do nosso almoço. A organizadora do evento chegou até nós, dizendo que a mesa só estaria liberada após o coquetel de boas vindas, que seria servido em área próxima. Fomos para o local, onde já recebemos água mineral Minalba Premium e uma taça do espumante brasileiro Villagio Grando Brut Rosé 2012, vinícola de Santa Catarina responsável por todos os vinhos daquele dia. O espumante estava em temperatura adequada, com linda cor na taça, bastante perlage, e sabor levemente tostado, bem elegante no paladar. Os comensais foram chegando devagar, enquanto três entradas do menu foram servidas, no melhor estilo finger food. Neste momento, as outras amigas chegaram ao evento: Cláudia, Vera e Lívia. Por causa de minha dieta, nem tudo pude experimentar. Das três entradas descritas a seguir, provei duas delas:
01) bruschetta de beijú com mousse de gorgonzola e pera - não experimentei, mas minhas amigas a classificaram como a menos interessante das entradas.

02) roulade de abobrinha com ricota, castanhas e pó de bacon - servidas em colheres individuais de porcelana. Na boca, revelou-se suave, quase sem tempero. A abobrinha estava levemente cozida, cortada em forma longitudinal, em ponto adequado para envolver o recheio de ricota, castanhas trituradas e o tal pó de bacon, que dava um longe toque de defumado à entrada. Boa.

03) canapé de tapenade com "esfera natural" de tomate - o melhor na opinião de todas que estavam comigo. Um tomate cereja sem pele, cozido no ponto para o seu interior virar líquido, era "colado" em uma torradinha com uma fina camada de tapenade de azeitonas pretas. A indicação da garçonete era para colocar o tomate todo na boca, pois ao morder, uma leve explosão preencheria a boca. Deixei a torrada de lado e coloquei o tomatinho na boca. Uma sensação gostosa e fria se fez sentir na língua. Muito bom.

Para jogar a torradinha fora, não havia nenhum lixo por perto. Pedi ao garçom um guardanapo de papel e não tinha. Conclusão, tive que colocar, discretamente, a torradinha ao lado do pé da mesa de apoio do local. Enquanto ficamos ali em pé, com o sol quente na nossa cabeça, espumante e água foram servidos à vontade. Foi oferecido um tour pelo campo de golfe a bordo de carrinhos elétricos, mas declinei do convite. Queria me sentar logo na mesa, o que só aconteceu perto de 14 horas, quando o sol já não mais castigava a mesa. Muitos não aguentaram esperar e se acomodaram nas mesas de pic nic que ficavam bem perto da nossa mesona. Bem próximo estava a mesa de finalização dos pratos, onde William Chen e equipe davam os retoques finais dos quatro pratos que se seguiram. Durante este processo, muitos se levantaram para tirar fotos, incluindo a minha pessoa. Vamos aos pratos e respectivos vinhos que os acompanharam:
04) carpaccio de poisson blanc - peixe branco filetado (anchova negra), vinagrete de limão siciliano, minicrouton, gotas de framboesa, endro e flor de sal - prato com bela montagem, mas que não aprovei no paladar. O peixe estava com gosto de maresia, sabor que não saiu da boca enquanto não tomei um bom gole do vinho branco Villagio Grando Chardonnay 2012. Como bebi comedidamente, não posso tecer comentários sobre a harmonização. A flor de sal era da marca brasileira Cimsal, produzida no Rio Grande do Norte. Foi o único prato servido à mesa que houve possibilidade de repetição. Eu não quis.

05) très classique - espuma de batata, ovo perfeito e trufas negras - a apresentação do prato carecia de cor, parecendo uma sopa em tom pastel. O ovo, segundo explicações do chef, foi cozido a uma temperatura entre 62 e 63ºC durante cerca de uma hora e meia. A gema não solidificou, mas ficou consistente, grossa. O perfume da trufa dominava o prato. Pouco provei da espuma de batata, mas se não fosse a gema do ovo misturada com a trufa pouco sabor teria. Gostei do ovo. Para este prato, serviram o vinho branco Villagio Grando Sauvignon Blanc 2012, que se perdeu em meio ao aroma da trufa.

06) mignon-de-sal, molho rôti, emulsão de biquinho e espaguete de pupunha - o prato era bem montado e com belo visual, com uma rodela de pimenta "bunda de velho" adornando a carne. Os tamanhos dos filés variaram muito de prato para prato. Por ser uma carne de sol, faltou nos acompanhamentos um molho mais consistente, para lhe dar maciez. Algumas pessoas reclamaram que o filé estava ressacado demais. Não foi o meu caso, mas o prato careceu de sabor. Não gostei. Já o espaguete de pupunha estava com bom cozimento, mas lhe faltou tempero. Foi servido o premiado vinho tinto Villagio Grando Innominabile Lote IV, que tinha aromas com toques de compota de frutas vermelhas e couro. Não há safra definida, pois utiliza, em sua elaboração, os melhores caldos de 2004 a 2008. Gostei do vinho.
Antes de servirem a sobremesa, foi colocado em frente a cada comensal um pratinho redondo com uma "pílula" branca que, ao entrar em contato com o chá quente perfumado, cresceu e virou uma refrescante toalhinha para as mãos.

07) fondant de chocolate Prawer com priprioca, sopa fria de cítricos, amêndoas confitadas com menta, merengue, supremo de laranja e crisp de harumaki com canela - mesmo sem poder comer doce, abri uma exceção, porque o prato era muito bonito e aparentava ser apetitoso. Realmente estava. Vários sabores em um só prato: doce, ácido, forte, cremoso (devido ao chocolate), líquido (a sopa cítrica), forte (a amêndoa), refrescante, enfim, muito saboroso. O vinho de sobremesa Villagio Grando Colheita Tardia acompanhou o fondant, mas não gostei, pois ele não tem aquele sabor adocicado dos vinhos desta natureza. Parecia mais um vinho branco seco.

Durante o almoço, representantes da Minalba e da Chocolates Prawer (Gramado, RS), além dos donos da vinícola Villagio Grando, fizeram exposições sobre os seus respectivos produtos servidos no menu. Ao final, um pacote com alguns brindes (garrafa de água mineral Minalba, pote com a flor de sal Cinsalt, caixa com castanhas confitadas com chocolate Prawer e algumas revistas).
No balanço geral, achei o evento interessante, pois me propiciou uma agradável tarde de domingo, com esmero no serviço (taças, faqueiro, porcelana, guardanapo, serviço de vinho, entre outros), mas a comida deixou a desejar. Nada me surpreendeu. Além do mais, não houve informação de quais ingredientes utilizados na preparação do menu eram de produtores locais, o que não confirmou um dos pilares do Gastronômade. Espero que a terceira edição corrija estas falhas. Fica também a torcida de variar o chef. Creio que um chef para cada evento seria mais interessante, com possibilidades de conhecer novas ideias, técnicas e práticas, redundando em outros tipos de pratos.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

BODEGA PIAUÍNDIA - GASTRONOMIA EM BRASÍLIA (DF)

Sábado, o dia amanheceu quente em Brasília. Almoço agendado com Vera e Emi. Reserva confirmada para 13 horas no Bodega Piauíndia, um novo restaurante na cidade que pratica a culinária indiana. No comando da casa, literalmente a casa deles, o casal Nicole e Evandro. É longe do Plano Piloto. Nossa reserva estava marcada para 13 horas. Emi chegou em minha casa ao meio dia. Saímos vinte minutos depois, passamos na casa de Vera, no Lago Sul, ou seja, no caminho, e fomos em direção ao restaurante. Preferimos pegar a pista do Lago Sul até a terceira ponte, onde seguimos para a direita, em direção aos muitos condomínios que proliferam na região perto da ESAF. Na rotatória, viramos à esquerda, na direção da entrada do Condomínio Ville de Montaigne. Ficamos atentos às placas, seguindo a indicação para o Condomínio Solar da Serra. O cruzamento para a estrada do condomínio é perigoso e eu acabei por errar, mesmo vendo a placa. Ainda bem que tinha um retorno bem perto. A estrada fica sinuosa depois deste cruzamento, mão dupla, com caminhões de material de construção sempre na nossa frente. Sinal de que ainda estão construindo muitas casas no local. Já perto de 13 horas, chegamos à entrada de um condomínio. Nela, tivemos que parar, nos identificar nominalmente (os três) e fornecer o número da identidade (somente o motorista, no caso, eu). Terminado os procedimentos, o porteiro nos indicou o caminho para o Condomínio Solar da Serra, que ficava ainda a três quilômetros de distância. A estrada fica mais sinuosa, cheia de sobe e desce, com uma vista muito bonita, embora o mato estivesse bem seco por causa da época em Brasília. Rodados os três quilômetros, chegamos na portaria do condomínio, onde houve nova identificação, quando me pediram a identidade (não basta dar o número). Em seguida, o porteiro me entregou um mapa, indicando como chegar ao restaurante. Bastava seguir a pista asfaltada até o fim, virar à direita, seguindo o asfalto até ele terminar, passando dois quebra molas, chega-se a uma estrada de terra. O restaurante fica a uns trinta metros do fim do asfalto, na mesma estrada. Chegamos perto de 13:30 horas. O Bodega Piauíndia funciona na casa do casal, com poucas mesas, sendo três delas na varanda, com vistas para a serra que dá nome ao condomínio, e duas ou três na sala da própria casa. A culinária é indiana e o casal nascido no Piauí, cuja mistura de nomes batizou o restaurante. Na volta, houve um acidente na estrada de asfalto, onde um carro bateu e derrubou um poste. Tivemos que desviar por dentro de outro condomínio, em ruas totalmente de terra e esburacada.

Endereço: Condomínio Solar da Serra, casa 03, Brasília, DF.

Contato:  (61) 3408 4234.

Especialidade: culinária indiana, sob o comando de Evandro Viana. Nicole Magalhães, sua mulher, fica responsável pelos sucos inusitados e pelo relacionamento com os clientes.

Quando fui: almoço de 21 de setembro de 2013, sábado. Éramos 03 pessoas. Ficamos na maior mesa da varanda, a única que tinha uma toalha branca a enfeitando. Mesmo fazendo muito calor, a varanda é agradável, protegida por plantas, especialmente uma trepadeira cuja flor vermelha e amarela me chamou a atenção. Era a chamada sapatinho de judia.

Serviço: muito informal. Tinha uma garçonete estreante, cujo primeiro dia de trabalho era naquele sábado. Os proprietários vieram à mesa algumas vezes para conversar, saber de nossas impressões sobre a comida. São muito gentis e acolhedores. O cardápio é simples e enxuto, escrito à mão, com corações envolvendo a descrição de cada prato. Não aceitam cartão de crédito, podendo o pagamento ser feito em dinheiro ou cheque. Permitem que o cliente leve sua garrafa de vinho, pois a carta é bem restrita (acho que tem apenas quatro ou cinco opções). Cobram rolha por garrafa levada e consumida (R$ 20,00).



O que bebi: não estou bebendo por causa da dieta, mas brindei com meus amigos com um pouco do vinho francês rose Chateau de Pourcieux 2012, elaborado com as castas cinsault, syrah e grenache, que Vera havia levado, juntamente com o branco uruguaio Don Pascual Reserve 2010, da casta viognier. Logo na entrada, ainda subindo as escadas para a varanda, a garçonete nos ofereceu a água aromatizada, cortesia da casa. Geladinha, refrescante, com um aroma e sabor leve de manjericão. Deixaram a garrafa na mesa e a substituíram assim que esvaziou. Por indicação de um confrade da Vinus Vivus, que lá estivera uma semana antes, pedi uma jarra (600 ml – R$ 12,00) da limonada indiana, invenção de Nicole. Simplesmente imperdível. Gelada, refrescante, cremosa, deliciosa. É uma mistura de limão, uma colher de abacate (o que confere à bebida a cremosidade), bastante manjericão e açúcar demerara.Tudo junto batido no liquidificador. Maravilha. Ao final, Vera apreciou uma taça de chai (R$ 5,00).



O que comi: a casa trabalha com o conceito de menu com entrada, prato principal e sobremesa. Desta forma, basta escolher o principal, porque os demais são os mesmos para todos os pratos. Havia quatro opções para o almoço: cordeiro, um prato vegetariano, frango e camarão. Preferi o último, mesmo pedido de Vera e de Emi. De entrada, veio uma samossa, pastel indiano recheado com batatas, ervilha fresca e especiarias, acompanhado por um potinho de chutney de maçã e um copinho de caldinho déli déli (maçã verde e especiarias). Por causa da dieta, não experimentei a samossa nem o chutney, mas mesmo sendo vedada fruta, tomei o caldinho de maçã. Muito bom, quente, sem queimar a boca, desceu muito bem, forrando o estômago e o preparando para o que veio a seguir, o moulle de camarão (R$ 53,00). O prato vem bem servido, especialmente pelos acompanhamentos, e é muito perfumado. São camarões ao molho de açafrão, lascas de coco e queijo de cabra. Tirei todo o coco e gostei muito do sabor. Cheio de descobertas no paladar por causa das especiarias, mas sem ser picante, como costuma ser a comida indiana. Como acompanhamento, uma salada de folhas verdes, com tomate, manjericão e cenoura ralada, um arroz biryani feito com amêndoas, leite de coco e gergelim preto (outra iguaria que não provei) e meio tomate levado ao forno, recheado com uma mistura interessante de couve-flor, shitake e castanha, com as sempre presentes especiarias. Mesmo não podendo comer castanhas, experimentei e gostei muito. De sobremesa, foi servido o doce delírio tropical, feito com tapioca, água de rosas, kir de coco, geleia de pimenta e tâmaras. Provei e aprovei. Combinação muito boa.





Valor que paguei do total da conta: R$ 80,00.

Minha avaliação: * * * 1/2. O restaurante é muito agradável, ambiente acolhedor. Para se ir sem pressa.


Gastronomia Brasília (DF)

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

BOTEQUIM INFORMAL - GASTRONOMIA EM BRASÍLIA (DF)


Depois de uma longa reunião de trabalho, em uma sexta-feira bem quente em Brasília, resolvemos almoçar no restaurante 348 da Asa Sul, especializado em carnes. Lá chegando, deixei o carro com o manobrista. A fila de espera era imensa, quando ficaríamos, no mínimo, uns quarenta minutos antes de nos sentarmos. A fome era grande. Do outro lado da rua fica o Botequim Informal, franquia de famoso bar do Rio de Janeiro. Estava vazio e servia almoço, apesar de seu forte serem os petiscos próprios de bar, enchendo no final de tarde/início de noite. Conversei com o manobrista para o carro ficar com ele e atravessei a rua.

Endereço: SCLS 410, Bloco D, loja 34, Asa Sul, Brasília, DF.

Fone: (61) 3244 0421.

Diferencial: o ambiente descontraído, próprio dos botequins cariocas.

Especialidade: comida de boteco.

Quando fui: almoço de 20 de setembro 2013, sexta-feira. Éramos quatro pessoas. Sentamos em mesa no centro do salão. Poderíamos nos sentar em qualquer lugar, pois mesa vazia era o que não faltava. Chegamos após 14 horas, permanecendo no local por cinquenta minutos.

Serviço: amigável, como deve ser um serviço de bar. Rápido e bem próximo do cliente. Os pratos chegaram rapidamente à mesa. Há serviço de manobrista pago, embora eu não o tenha utilizado.

O que bebi: uma garrafa de água mineral com gás, 300 ml, São Lourenço, e uma xícara de café espresso Nespresso ao final.

O que comi: seguindo minha rigorosa dieta da proteína, não compartilhei a porção de pasteis que minhas companheiras de mesa pediram. Bonitos e aromáticos estavam. Dentre as opções possíveis para as minhas restrições alimentares, escolhi o filé de peixe grelhado, acompanhado de purê de batatas e salada de tomate, alface, mussarela de búfala e manjericão (R$ 20,90). Perguntei ao atencioso garçom se era possível retirar o purê de batatas e dobrar a salada. Resposta positiva. O prato é bem servido e estava muito bem montado. A salada não tinha tempero, motivo pelo qual a reguei com azeite extra virgem da marca Galo. O peixe era tilápia, em tamanho grande. Grelhado de modo que ficou dourado por fora e branquinho por dentro, com carne macia, com ótimo tempero, um sabor muito leve no paladar. Confesso que fiquei surpreso com a qualidade e o sabor do prato, pois tinha poucas expectativas pelo forte do local ser os petiscos típicos de bar.

Valor que me coube na conta: R$ 41,25.

Minha avaliação: * * * 1/2. Local para se voltar várias vezes na hora do almoço.

Gastronomia Brasília (DF)


domingo, 22 de setembro de 2013

UNIVERSAL DINER - GASTRONOMIA EM BRASÍLIA (DF)


As amigas e colegas de trabalho pediram para eu indicar um local animado, mas que também servisse jantar, para a despedida de Maíra, de mudança temporária para a Alemanha, viagem para estudar. Não pensei duas vezes: Universal Diner. Sugestão acatada, lá fomos nós para uma divertida noite de quinta-feira, com direito a cantar parabéns e colocar chapéus engraçados nas cabeças, tudo oferecido pelo restaurante. Depois que o Universal Diner mudou de endereço, foi a primeira vez que lá fui.

Endereço: SCLS 210 , Bloco C, loja 12/18, Asa Sul, Brasília, DF.

Contato:  (61) 3443 2089.

Especialidade: cozinha contemporânea, com toques de autor, sob o comando da chef Mara Alcamin.

Quando fui: jantar de 19 de setembro de 2013, quinta-feira. Éramos 11 pessoas. Ficamos na primeira mesa, logo à direita de quem entra. O restaurante não estava cheio. Cheguei por volta de 21 horas e só fui embora depois de meia noite, mas ainda deixei muita gente por lá, inclusive a homenageada da noite.

Serviço: alegre, prestativo, um pouco apressado para retirar copos e pratos da mesa, sem perguntar se estávamos satisfeitos. Assim, dois drinques foram levados de minhas amigas com o copo ainda com as respectivas bebidas, mas, após reclamarem com o garçom, vieram outras taças pela metade. Há wi-fi gratuito, mediante solicitação de senha. A música sai em volume um pouco alto para quem quer conversar, mas é ideal para quem quer dançar um pouco, mesmo que sentado na própria cadeira. Atenderam todos os nossos pedidos de músicas. Pedi algumas modificações em meu prato, como a retirada de uma geleia de frutas vermelhas, pois estou de dieta, e fui prontamente atendido. Os pratos não demoraram para chegar à mesa. Alguns preferiram ficar só nos petiscos, enquanto outros jantaram, meu caso.

O que bebi: uma garrafa de água mineral com gás, 300 ml, São Lourenço (R$ 5,50), e uma lata de Pepsi Light (R$ 5,50).

O que comi: salmão quitinete (R$ 65,00), prato do cardápio do Quitinete quando Mara ainda era sua proprietária. Originalmente, o prato consiste de um filé de salmão fresco com queijo brie e geleia de frutas vermelhas, acompanhado de risoto negro. Pedi para não colocarem a geleia, mantendo o restante do prato, embora eu não fosse comer o risoto. O salmão é bem servido e tem bonita apresentação. Assim que ele chegou à mesa, minhas amigas logo foram tirando uma prova do risoto, que franqueei para todos da mesa (não gosto de compartilhar comida do meu prato, mas como não ia comer o risoto, considerei que ele não fazia parte dele). O peixe estava ótimo, grelhado no ponto, com a carne tenra. A harmonização com o queijo brie, que veio em forma de molho, já derretido, foi perfeita. Acredito que a geleia dê um toque inusitado ao molho e ao peixe, mas deixa para a próxima. Gostei da minha opção.

Valor que paguei do total da conta: R$ 85,00.

Minha avaliação: * * * 1/2. O restaurante é ótimo para se ir em grupos para comemorar alguma coisa. Sua decoração kitsch é um diferencial e um chamariz, mas a comida também é digna de nota.


Gastronomia Brasília (DF)

XIQUE XIQUE - GASTRONOMIA EM BRASÍLIA (DF)


Na minha primeira semana de dieta da proteína, já no seu terceiro dia, estava sem saber onde almoçar, quando Karina começou a elencar restaurantes que tinham carne. Um dos indicados por ela foi o Xique Xique, onde eu não ia desde 1996. Acatei de bom grado a sugestão.

Endereço: SCLS 107 , Bloco E, loja 02, Asa Sul, Brasília, DF. Há outra unidade na Asa Norte.

Contato:  (61) 3244 5797.

Especialidade: no cartão de visitas e no cardápio está escrito que a casa é especializada em comidas típicas do Nordeste, mas, se analisarmos todo as opções, vemos que aquelas da culinária nordestina estão em número reduzidíssimo.

Quando fui: almoço de 18 de setembro de 2013, quarta-feira. Éramos eu e Karina. Ficamos no primeiro salão, em mesa de frente para a Igrejinha, com ampla visão para o exterior. O restaurante é grande e a maioria das pessoas estava no outro salão, que fica por trás do balcão de apoio aos garçons. Chegamos pouco antes de 13 horas e lá permanecemos uns cinquenta minutos.

Serviço: impessoal, com troca constante de garçons servindo a nossa mesa. O prato escolhido veio rápido, mas a conta demorou um pouco e mais ainda a Nota Legal. Para pegá-la, tive que levantar e ir até o caixa, onde ela já estava emitida, mas ninguém a levara à mesa. Há wi-fi gratuito, mediante solicitação de senha.

O que bebi: uma garrafa de água mineral com gás, 300 ml, Pureza Vital (R$ 2,50), da Nestlé e, ao final, uma xícara de café espresso (R$ 3,50).

O que comi: ao invés de pedir a carne de sol completa, prato para duas pessoas, resolvemos pedir os itens em separado, pois eu não comeria quase nenhum dos seus acompanhamentos e Karina só queria o feijão verde. Assim, nosso pedido consistiu em uma carne de sol fatiada (R$ 26,00), que pedimos ao ponto, porção de feijão de corda (R$12,00), que não comi, 2 ovos estrelados (R$ 3,00) e queijo coalho assado na brasa (R$ 11,00). A carne é bem servida, tendo umas oito fatias, mas ela veio muito perto de bem passada, com as bordas já com gosto de torrado. Estava bem temperada, mas não era macia. Ficou melhor quando coloquei uma colher de sobremesa de manteiga de garrafa. Realçou o sabor do tempero e deu maior maciez à carne. Os ovos fritos vieram bem passados, com a gema dura, e as bordas queimadas, mas como não falei o ponto que queria (gosto de ovo mal passado, com a gema bem mole e a clara branca), não reclamei. A porção de queijo coalho também é bem servida, estava assado adequadamente, pois não ficou borrachento na boca. Sobrou muita carne (dava para mais uma pessoa compartilhar conosco tranquilamente o almoço), o que me fez pedir ao garçom que colocasse as fatias intactas em uma embalagem para viagem.



Valor que paguei do total da conta: R$ 36,14.

Minha avaliação: * * 1/2. Mesmo passados 17 anos após a minha última ida ao Xique Xique, lembro-me que a carne era melhor no longínquo 1996. Fiquei a me questionar o que um filé à parmegiana ou um peixe a belle meunière tem de nordestino e porque estava ausente o baião de dois, autêntico representante da culinária cearense. O restaurante perdeu a identidade.


Gastronomia Brasília (DF)

sábado, 21 de setembro de 2013

RÚSTICO - GASTRONOMIA NO RIO DE JANEIRO (RJ)



Endereço: Rua Paschoal Carlos Magno, 121, Santa Teresa, Rio de Janeiro, RJ.
(facebook/rusticosantateresa)

Contato:  (21) 3497 3579

Especialidade: cozinha de autor.

Quando fui: almoço de 15 de setembro de 2013, domingo. Éramos seis pessoas. Ficamos no quintal debaixo de árvores frondosas. Chegamos perto de 13 horas e ficamos no restaurante por mais de duas horas.

Serviço: informal, bem à vontade. Os garçons foram prestativos, inclusive na questão de não demorar com os pratos, pois tínhamos hora para chegar ao aeroporto. Cardápio enxuto, com duas opções extras sugeridas pelo chef. Há wi-fi grátis, mediante senha fornecida pelo restaurante.

O que bebi: escolhi dentre as opções de suco rústico, cuja lista se encontra no cardápio. Mesmo não sendo fã de morango, pedi um suco com tal fruta misturado com limão e manjericão (R$ 9,50). A cor vermelha do morango não se sobressaiu, e a mistura com o limão conferiu à bebida uma tonalidade puxada para um rosa/laranja. Na boca, é o limão que se sobressai e muito. Precisei colocar pouco adoçante. Refrescante, ajudou a amenizar o calor que fazia na cidade. Ainda pedi uma garrafa de água com gás Nestlé e, ao final, um café espresso Dona Mathilde, muito bem tirado.




O que comi: compartilhamos uma entrada chamada carriocá (R$ 23,50), que consistia em um prato com uma fatia de queijo brie ao forno com chutney de abacaxi (descrição do cardápio). No entanto, foi-nos servido uma fatia generosa de queijo brie ao natural, sem ter passado em forno ou qualquer outro processo quente, coberto com o chutney de abacaxi, lâminas de amêndoas e uma calda de frutas vermelhas. Acompanhou a entrada uma cesta de pães artesanais feitos na casa. Mesmo não sendo servida como descrito, a harmonização do sabor forte do brie com a doçura do chutney e da calda estava bem interessante no paladar. Os pães eram muito bons e acabaram logo. Pedimos uma cesta extra, pagando à parte. Fiquei em dúvida quanto ao prato principal, pois a costela bovina do cardápio é muito convidativa, mas acabei por acatar uma das duas sugestões do dia, uma costela suína assada, servida ao molho barbecue de goiaba e acompanhada por batatas rústicas também assadas com ervas finas (R$ 55,00). O prato é bem servido. O molho barbecue vem com nacos de goiaba, o que deu um sabor inusitado e bem brasileiro à carne suína, que estava bem temperada e muito macia. As batatas, servidas com casca, tinham um tempero salgadinho muito bom. Aprovei. Embora as sobremesas que passavam por nós parecessem apetitosas, não arrisquei experimentar nenhuma das opções do cardápio.




Valor que paguei do total da conta: R$ 67,00.

Minha avaliação: * * * 1/2. Surpresa agradável no movimentado bairro de Santa Teresa. Tínhamos decidido almoçar no bairro, mas sem rumo certo. Paramos o carro no Largo do Guimarães e entramos na Rua Paschoal Carlos Magno apreciando as casas e os restaurantes da região. Fomos até o famoso Bar do Mineiro, mas a fila de espera era desanimadora e tínhamos hora certa para chegar ao aeroporto. Resolvemos voltar e, na mesma calçada, vimos o Rústico, com um movimento de jovens estrangeiros entrando e saindo. Um empregado da casa nos abordou, perguntando se queríamos almoçar. Resposta afirmativa e a indicação para subirmos as escadas, pois no ambiente no primeiro piso funciona um bar para petiscos e lanches rápidos, o Cafecito, onde havia muitas mesas ocupadas. A decoração do restaurante é bem rústica, o que justifica o nome do restaurante: Rústico. Foi um almoço muito bom, com companhias agradáveis em local aprazível e ainda tivemos a visita de dois micos que chegaram sem cerimônia para almoçar. Nem parecia que estávamos em uma metrópole.


Gastronomia Rio de Janeiro (RJ)