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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

FORTALEZA - DIA 3: PALESTRA E PASSEIO DE VELEIRO

Acordei com o barulho do vento. Eram cinco horas da manhã. Ventava muito, mas o sol já anunciava que a segunda-feira em Fortaleza seria quente. Depois de tomar o café da manhã no hotel, me preparei para ir ao encontro da categoria, pois eu estava na programação oficial do evento como o primeiro palestrante. Marcado para ter início às 10 horas, houve um pequeno atraso de quinze minutos. Auditório lotado e atento. Falei por uma hora, abrindo espaço, em seguida, para perguntas. Os organizadores do evento programaram uma hora de debates, mas durou um pouco mais. Todas as perguntas e intervenções foram pertinentes. Para todas, fiz comentários ou as respondia. Para o almoço, tinha duas opções: ou ficar no hotel onde o evento se realizava, com serviço de buffet, ou escolher um restaurante com opções a la carte. Fiquei com a segunda. Eu tive a companhia de mais três pessoas, colegas de trabalho. Fomos a pé ao restaurante Moana (Avenida Beira Mar, 4.260, Meireles), localizado no térreo do Golden Flat. Não estava cheio. Sentamos, a princípio, em uma mesa na lateral, mas logo mudamos para uma localizada com vista para a praia. A escolha não foi muito boa, pois o ar condicionado não chegava em sua total potência à mesa, tendo em vista que uma pilastra impedia a circulação homogênea do ar. Escolhemos um vinho tinto chileno e os pratos. Os pedidos foram feitos às 13:10 horas. Pedi um magret du canard com molho de figo caramelizado, acompanhado de purê de batatas. Outros colegas do mesmo evento também chegaram ao restaurante, sentaram em outras mesas e fizeram seus pedidos. Os pratos que eles pediram chegaram primeiro que os nossos. Questionamos sobre a demora e nos informaram que o prato que um dos colegas pedira, também um pato, era demorado. Perguntamos porque não nos foi avisado isto antes, mas não obtivemos resposta. O garçom se limitou a dizer que apressaria a montagem dos pratos. Uma hora depois do pedido e nada. O garçom disse que os pratos já estavam sendo montados. O colega ficou incomodado, pois sempre diziam que o prato por ele escolhido era demorado. Com quase uma hora e meia sem os pratos chegarem, o colega se levantou e foi até a cozinha, onde disse que se os pedidos não chegassem em cinco minutos ele começaria a quebrar o restaurante. Foi uma correria total dos garçons. As outras mesas já haviam pago as respectivas contas quando, enfim, nossos pratos chegaram à mesa. Os três que me acompanhavam elogiaram os pratos, mas reclamaram que as carnes estavam mornas, enquanto o meu prato estava muito quente. O meu pato estava muito bem feito, com a textura no ponto. Os garçons vinham à mesa perguntando se os pratos estavam a contento. Respondíamos que até urubu frito acharíamos bom, pois estávamos com fome e com horário para voltar aos nossos compromissos. O garçom tentou argumentar alegando que há pratos que demoram mesmo, exemplificando com um prato de cordeiro da casa que demora três horas para ficar pronto. Quando um prato tem sua elaboração demorada, o restaurante deve informar previamente ao cliente, seja com um aviso no próprio cardápio ou com o garçom informando o fato ao anotar o pedido. Pedimos a conta. Veio o chef, muito simpático, se desculpar pela demora, pela falha na informação sobre o tempo de elaboração do prato, afirmando que o magret de canard é um prato que tem pouca saída, precisando ser descongelado de uma forma que não prejudique a textura da carne. Descobrimos, então, que o prato responsável pela demora era o meu e não do colega que pedira outra opção de pato. Ainda como forma de se desculpar, o chef mandou servir para cada um de nós um prato da sobremesa chamada último desejo, uma mistura de biscoito de chocolate amargo queimado, creme zabaione e morangos, possibilitando uma harmonização que não agride o paladar. Agradecemos a deferência, pagamos a conta e pegamos um táxi para nosso hotel, pois estávamos atrasados para o que havíamos combinado: um passeio de veleiro pela orla da cidade. Só tivemos tempo de entrar no quarto, colocar uma roupa adequada e voltarmos para em frente ao flat onde almoçamos. A saída do veleiro se dá justamente ali. O passeio custou R$ 30,00 para cada um. Tivemos que colocar um colete salva-vidas para entrar numa espécie de jangada motorizada que faz o trajeto praia-veleiro. O barco se chama Philosophy e tem capacidade para 70 passageiros. Saímos por volta de 16:15 horas, passando pela Enseada do Mcuripe, Porto de Fortaleza, Praia Mansa, onde está um dos parques eólicos do Ceará, retornando em direção ao Marina Park Hotel. Velejamos por toda a orla da parte mais turística da cidade: Mucuripe, Volta da Jurema, Meireles, Iracema, Ponte dos Ingleses, tendo a oportunidade de ver, de longe, as torres da Catedral Metropolitana, as cúpulas do Centro Cultural Dragão do Mar, Mercado Central, Marina PArk Hotel e seu moderno estaleiro naval, onde foi feita uma parada de cinco minutos para banho de mar. Apenas nove pessoas se aventuraram a cair na água, nenhum de nosso grupo. Quando o barco começou a voltar, já estava acontecendo o por-do-sol. No retorno, tiramos a conclusão que o passeio é um grande mico, sem grandes atrativos. Para piorar, o barco bate muito na volta, quando fiquei um pouco enjoado pelo balanço do veleiro. Chegamos ao ponto de desembarque às 18 horas. Rapidamente colocamos os coletes e fomos um dos primeiros a pular para a jangada que nos levou até a praia. Enquanto esperava os amigos lavarem os pés, uma senhora que trabalha para a empresa que faz o passeio, me perguntou para onde iríamos e quantos éramos. Após respondê-la, ela sugeriu que todos fôssemos em um Doblò que estava estacionado em frente. Negociamos o preço. Foi cobrado R$ 15,00, mesmo valor que pagaríamos se tomássemos dois táxis. Negócio fechado. No meio do caminho, o motorista teve que parar em um posto de gasolina para abastecer, pois seu combustível já estava no final. Parada não planejada, mas que não nos prejudicou em nada, já que não tínhamos nenhum compromisso. Já no hotel, pausa para um descanso. Para mim, pausa também para arrumar as coisas que levarei para Brasília, pois retorno na madrugada de segunda para terça-feira, uma vez que tenho agenda a cumprir. Talvez ainda saia nesta noite para jantar com os amigos.

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