Dormi mal, pois uma dor nas costas, na altura do pescoço, me incomodou muito. Estou precisando de ir a uma benzedeira urgente. Fui despertado pelo telefone. Era meu amigo e colega de trabalho já me aguardando na recepção para irmos para a última manhã de atividades do encontro nacional de nossa categoria. Disse que demoraria, liberando-o para ir na minha frente. Tomei meu café da manhã tranquilamente para só então sair. As atividades finais consistiam de uma série de moções que eram apresentadas pelos proponentes, abrindo-se para a plateia, em ótimo número, se manifestar. Em seguida, a moção era colocada em votação. Deixei a sala por um momento para atender a uma chamada de meu celular. Foi o bastante para meu nome ser citado em uma moção, acusando-me de ter mal tratado os novatos em treinamento realizado em setembro. Correram para me chamar para que eu pudesse me manifestar. Entrei sem saber de que estava sendo acusado. Imediatamente a mesa concedeu-me a palavra, quando esclareci a questão da alimentação durante o referido treinamento. Antes, alguns colegas já tinham pedido a palavra para tentar desqualificar a moção. Foi muito fácil para eu explicar, pois o nosso contrato com a escola onde foi o treinamento não previa alimentação, motivo pelo qual todos os servidores receberam diárias para todo o período da capacitação, incluindo o autor da moção, único não novato no treinamento. Diárias cobrem hospedagem, locomoção e alimentação, ficando a cargo de cada servidor usá-las como bem entender. A reclamação dizia respeito a uma das quatro semanas na qual o restaurante da escola ficou exclusivo para um evento que lá ocorria, sendo montada uma tenda para que todos os demais treinandos, instrutores e funcionários da escola, se quisessem, fizessem sua refeição nas dependências do local. Quem não quis, saiu para almoçar nos restaurantes que se situam na região. Conclui dizendo que a disponibilidade do restaurante era uma das alternativas para almoçar, mas não uma obrigação. Também informei que a escola colocou, durante todo o período, como forma de cortesia, três ônibus que faziam o trajeto setor hoteleiro-escola e vice-versa diariamente. Não havia necessidade deste transporte, pois todos estavam recebendo diárias para o período. A moção não foi aprovada. O autor retirou a acusação contra minha pessoa, mas continuou insistindo em se criar no nosso sindicato uma espécie de comissão para questões de ética. Ao deixar a tribuna, recebi incontáveis gestos de apoio e carinho, mostrando que o autor da malfadada moção estava totalmente isolado. Estou acostumado com este tipo de coisa. Terminadas as moções, foi lida e aprovada a tradicional carta produzida ao final dos encontros anuais, chamada Carta de Fortaleza. Antes das palavras finais, foi aprovada, por aclamação, a sede do próximo encontro, inicialmente agendado para setembro de 2011 na cidade de Maceió, Alagoas. Ao sair do auditório, ainda recebi vários cumprimentos pela firmeza nos meus esclarecimentos, incluindo integrantes da diretoria do sindicato. Ganhei duas fotos que foram tiradas quando da solenidade de abertura e de minha palestra, além de uma agenda 2011 e um macaco de pelúcia que grita ao apertar sua barriga. Este último foi um presente carinhoso de minha secretária. Ainda bem que voltei à Fortaleza, tendo oportunidade de fazer esta explicação. Eu, Marcelo e Ro saímos rapidamente, pois Emi, Ric e Cris já nos aguardavam na saída com o carro Doblò alugado. Como estava na hora do almoço, escolhemos o restaurante Regina Diógenes para almoçar. Tivemos dificuldades de achar um local para estacionar. Ao entrar no restaurante, com serviço de buffet self-service, não havia lugar para ficarmos. Demos meia volta, retornamos ao carro, seguindo para outro restaurante, o Sirigaddo (Rua Ana Bilhar, 1.173, Varjota), onde ficamos na área interna com ar condicionado. Só havia uma mesa disponível. Escolhemos a especialidade da casa, ou seja, o peixe sirigado (segundo informações locais, é outro nome para badejo). Escolhemos três opções, seguindo as indicações do cardápio que os pratos serviam duas pessoas. O prato de referência do local, uma das escolhas, o Trio Sirigado (lagosta, camarões e sirigado grelhados) é muito grande, motivo pelo qual o próprio garçom nos alertou que dois pedidos serviam bem a todos da nossa mesa. Ficamos, pois, com o trio e um Sirigado à Delícia (peixe grelhado, com molho branco, camarões, banana frita, purê de batata e palmito, acompanhado de arroz branco). Este tipo de prato é muito comum em Fortaleza. A comida foi mais do que suficiente. Diria que os pratos são justos, mas nada de excepcionais. Ao terminar de almoçar, decidimos por voltar ao hotel. Todos queriam descansar um pouco. O pouco virou muito. Todos acordaram no início da noite. Resolvemos não mais sair. Vinho, pizza e carteado seriam as companhias da noite, em um de nossos quartos.
Noel, pelo que disse pude perceber quem foi o autor da moção. Inacreditável!Acho que desconheço tamanha cara-de-pau!
ResponderExcluirNo mais, espero que esteja se divertindo.
Quando chegar a BH me liga porque quero te entregar seu presente de aniversário.
Beijos
Kitty
Kitty,
ResponderExcluirTenho certeza de que você sabe quem é!
Bjs.