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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

LIMA - DIA 5

Segunda-feira. Último dia de nossa estadia em Lima. Sempre o último dia de uma viagem para mim é chato, um tédio. Não tenho vontade de fazer nada, pensando na mala que deve ser arrumada e nos procedimentos de embarque. Hoje foi um pouco diferente. Depois do café da manhã conjunto com todo o grupo na mesma mesa, comendo alguns sabores peruanos, tais como tamalle, tuna, papaya doce, subi para o quarto. Enquanto o pessoal saía para compras em supermercado, fiquei assistindo televisão pela primeira vez nesta viagem. Sintonizei a Globo e vi as reportagens sobre a guerra contra o narcotráfico no Rio de Janeiro. Fiquei muito feliz com a atitude dos governos estadual e federal nesta cruzada contra os bandidos. A repercussão na mídia estrangeira, pelo que conferi por aqui, tem sido positiva para a imagem do Brasil. Voltamos a encontrar o grupo ao meio dia, quando saímos para mais compras na loja de departamentos Ripley (Calle Shell, 240, Miraflores), perto do hotel. Não tinha a intenção de comprar nada, mas acabei levando uma bermuda Polo Ralph Lauren, pois estava com um bom preço. Logo cedo, após o café da manhã, reservamos mesa para almoçarmos no badalado restaurante Astrid & Gastón (Calle Cantuarias, 175, Miraflores), de propriedade do chef Gastón Acurio. Da Ripley, fomos a pé para lá. Chegamos no horário marcado, às 14 horas. O restaurante fica em um casarão antigo, com pé direito alto, com decoração que mistura elementos da época da construção da casa, como as janelas, portais e teto, com decoração moderna, onde a cozinha é aparente, emoldurada por uma parede de vidro (ou acrícilico) vermelho. O piso do corredor de entrada é em ladrilho hidráulico. São dois ambientes com mesas, além da sala de espera e de um bar. Ficamos no primeiro salão em uma mesa redonda para as sete pessoas do grupo. Para me despedir de Lima, pedi um pisco sour, mas achei tanto o copo como o sabor bem simples. Bebi outros melhores nesta viagem. De entrada, pedimos dois pratos para compartilhar. Uma causa peruana com camarões e abacate, com toques da cozinha de fusão, que estava muito saboroso, embora a apresentação do prato deixava a desejar. A outra entrada foi um ceviche chamado Tres Ceviches, Tres Leches de Tigre. Em um belo prato de vidro, os três ceviches são vistosos ao olhar. No primeiro, um misto de ouriço e vieiras. No segundo, moluscos e lula. No terceiro, polvo. Este polvo estava mergulhado no molho clássico, com bastante cebola roxa e limão, além de dois pedaços da saborosa batata doce local. O molho que envolvia o segundo ceviche era alaranjado e picante, sinal de que tinha rocoto em sua composição. Já o primeiro, tinha um molho mais espesso, como se tivesse um óleo em sua receita. Gostei de todos os três, mas as vieiras estavam especiais. Mas antes de apreciarmos estas entradas, a casa ofereceu um mix com três amuse bouche deliciosos: um cone contendo uma massa de batata doce (camote) com uma terrine de peixe; uma causa com rocoto recheado de lomo (filé) e uma espécie de biscoito fino com massa de caranguejo e palmito. Como prato de fundo, escolhi um filé de congrio rosa grelhado, acompanhado de vongoles, um creme de choclo (milho branco), um pesto com ervas peruanas e uma massa recheada com queijo. Estava fantástico. Para finalizar, uma sobremesa da fruta da estação, a chirimoya, uma irmã da fruta do conde. Veio pedaços frescos da fruta misturados com um sorvete, calda de laranja e uma espécie de licor avermelhado. Gostei da fruta, mas achei os acompanhamentos fracos. Ainda pedi o primeiro café expresso em Lima. Dispensável. Logo que sentamos, uma seleção de pães feitos na casa foi colocada à mesa, para o qual destaco o feito com batata amarela. Pela primeira vez vi um restaurante oferecer um couvert que inclui comidinhas na entrada e na finalização, pois no momento em que pedimos a conta, veio um mini armário com gavetas de acrílico. Em cada gaveta, docinhos para alegrar o nosso paladar: macarron de camu camu, macarron de chocolate, trufas de chocolate amargo  e balas de goma de abacaxi. O macarron de camu camu, uma fruta típica da Amazônia, tem sabor diferenciado, dando um azedinho na língua. Para toda esta orgia, pagamos o total de s/.973, cerca de R$ 630,00. Muito mais barato do  que qualquer restaurante do mesmo nível em São Paulo, Rio de Janeiro ou Brasília. Quando saímos do restaurante, nossos amigos ainda queriam comprar mais artesanato. Antes passamos em uma loja de discos. Comprei os dois discos do Maná que ainda não tinha, além do novo cd de Alejandro Sanz. Voltei com Ric para o hotel. Chega de compras! Agora é arrumar as malas para a volta à Brasília. Contratamos uma van para nos levar do hotel ao aeroporto pelo custo de U$40. O voo da Lan está previsto para sair às 00:50 horas, mas marcamos nossa saída para 22 horas, pois temos que enfrentar fila para pagar a taxa aeroportuária, que não é inclusa na passagem aérea, despachar as bagagens e dar uma olhadinha no free shop do aeroporto, já que temos a informação de que vale a pena.

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