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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A ÁRVORE DA VIDA

Mais um filme lento que assisti nesta minha estadia em Belo Horizonte. Na verdade, foi o mais lento de todos e a lentidão é potencializada pelos 138 minutos de projeção. Fui com uma amiga conhecer o complexo de cinemas da Cineart instalado no mais novo shopping de BH, o Boulevard Shopping. Pelo ingresso, paguei R$ 7,00, meia entrada, por utilizar o cartão de assinante do jornal Estado de Minas. As instalações do cinema são modernas e muito confortáveis. Local ideal para ver filmes longos e lentos. Bom público compareceu à sessão de meio de tarde para ver o vencedor de melhor filme no último Festival de Cannes. Dirigido pelo aclamado diretor americano Terrence Malick, A Árovre da Vida (The Tree of Life) é uma produção dos Estados Unidos de 2011 e tem no elenco Brad Pitt, Jessica Chestain e Sean Penn. Características sempre presentes da filmografia de Malick, estão no filme os planos longos, a fotografia primorosa, a narração em off e um elenco famoso. Os críticos tem classificado o filme com a cotação máxima dos veículos especializados e dos jornais do país, mas não é película que agrade ao grande público. Aliás, uma quantidade expressiva de pessoas deixou o filme durante sua projeção. Confesso que não sou fã deste diretor, pois ele exagera na utilização da narrativa em off, algo que me desagrada e que não fixa minha atenção. E neste A Árvore da Vida esta utilização chega a ser irritante. Ao final, tive a sensação de que pouca importa o enredo, pouco importa ter uma história a contar. A história não chega a lugar algum e nem deveria chegar, pois a grande mensagem que ele quis passar fica clara: tudo tem um fim. Assim, para que encerrar uma historinha de uma família, se sabemos que a morte é certa para todos, tanto na tela, quanto de todos os seres vivos, incluindo nós, o público. O filme seria mais palatável se durasse uns quarenta minutos a menos. No entanto, gostei de alguns pontos, como a fotografia sensacional, incluindo as utilizadas nos efeitos especiais. Também destaco a poesia inerente ao contexto da vida em família, em uma bucólica cidade do interior americano em contraste com a sufocante e opressiva vida em uma grande metrópole, onde vive uma dos filhos (Sean Penn) do casal (Brad Pitt e Jessica Chestain) quando adulto. Classifico esta viagem de Malick como uma poesia em imagens que conta a finitude da vida. Para quem é cinéfilo e gosta deste diretor.


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