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terça-feira, 30 de agosto de 2011

DALVA E DITO - GASTRONOMIA EM SÃO PAULO (SP)

Depois de bater pernas na região da Rua Oscar Freire no final da manhã de sábado, fomos almoçar no restaurante de culinária brasileira do premiado chef Alex Atala, o Dalva e Dito (Rua Padre João Manoel,  1.115, Cerqueira César). Fiz reserva antecipada para oito pessoas, mesa no jardim. Chegamos na hora reservada, às 13 horas. O restaurante ainda não estava cheio. O maitre nos ofereceu mesa tanto no salão interno quanto no jardim. Preferimos o jardim, mais arejado, com muita samambaia pendendo do teto. O piso de ladrilho hidráulico chama a atenção em todos os ambientes, assim como a parede com azulejos de Athos Bulcão no salão principal. Artigos do artesanato brasileiro, em cerâmica e madeira, fazem parte da decoração, enfeitando as paredes. O tradicional couvert veio à mesa: pães caseiros, pasta de feijão preto, lembrando um tutu, berinjela, manteiga Aviação, pimenta camuci recheada de pernil, biscoitos de polvilho e cabeça de alho assado. A reposição dos itens do couvert é constante. O garçom nos sugeriu uma caipirinha de cachaça Leblon com limão cravo (em MG, chamamos de limão capeta), maracujá, hortelã, adoçada com xarope de priprioca. Aceitei e não me arrependi, pois estava ótima e refrescante, aliviando o calor que fazia em São Paulo. Fui um dos poucos que pedi uma entrada, uma tapioca de queijo coalho com melaço de cana. A massa estava macia, bem recheada e o melaço de cana veio ao redor do prato, como se fosse um enfeite. Não era excessivo, dando um sabor delicado e doce ao prato. Fiz um pedido estranho ao meu gosto como prato principal, pois não sou fã de pequi. Perguntei ao garçom se o sabor era muito forte. Já que ele disse que era bem suave, resolvi experimentar uma das opções do cardápio que figura sob o título de "Da terra e do ar...", o "porco na lata com purê de batata e pequi". Nos dizeres do menu, trata-se de "costela e paleta de leitão confitados e combinados com o exótico pequi do cerrado brasileiro". A carne de porco estava tenra, com um sabor levemente adocicado e um suave retrogosto do pequi. A textura do purê de batata amenizava o sabor desta forte fruta do cerrado. Gostei muito de minha escolha. Já que havia pedido uma entrada doce e um prato adocicado, nada quis como sobremesa. Enquanto meus amigos saboreavam os doces com ingredientes brasileiros, especialmente os da região Norte, aproveitei para dar uma volta nos ambientes do restaurante, pois gosto muito de ver os pisos de ladrilho hidráulico. Percebi, então, que não havia nenhuma mesa vazia. Na sala de espera, em frente ao bar da entrada, uma fila já se formara. Os integrantes da banda Jota Quest almoçavam em uma grande mesa no mesmo jardim em que estávamos. Voltei à mesa para finalizar este belo almoço com um café Nespresso. A conta totalizou R$ 1.136,00 para oito pessoas. Ao sair, lembrei-me de que tinha que tomar um remédio, mas não havia mais água na mesa. O garço perguntou se queria alguma coisa. Disse que esquecera do comprimido, mas que o tomaria quando chegasse ao hotel. Gentilmente, ele me deu uma garrafa de água para não passar da hora de tomá-lo. Estas gentilezas fazem a diferença em qualquer restaurante. Serviço de primeira, comida de primeira, ambiente lindo e aconchegante. Deixamos o Dalva e Dito depois de 15 horas, subindo a pé para nosso hotel. Era hora de descansar para sair novamente, afinal, tínhamos ingresso para a sessão das 17 horas do musical As Bruxas de Eastwick, em cartaz no Teatro Bradesco.


Samambaias pendem do teto do jardim


Mesa no jardim


Bar no subsolo


Bar no subsolo


Bar no subsolo


Azulejos de Athos Bulcão ao fundo do salão principal



Artesanato em cerâmica na parede da escada de acesso ao subsolo


Caipirinha de limão cravo, maracujá, hortelã e xarope de priprioca


Caipirinha de limão cravo, maracujá, hortelã e xarope de priprioca


Tapioca de queijo coalho com melaço de cana


Porco na lata com purê de batata e pequi

Gastronomia São Paulo (SP)


2 comentários:

  1. Léo, achei tudo sensacional no restaunte, da decoração tipicamente rústica brasileira à comida. Não teria a sua coragem para experimentar um prato com pequi. O ladrilho hidráulico foi o ponto forte mesmo. A foto que vc tirou esta ótima e chama atenção para o post. Parabéns!!

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  2. Laerte,

    Em outros tempos também não encararia pratos com pequei, mas como decidi experimentar novos sabores...

    Abraços.

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