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sábado, 27 de agosto de 2011

EXPERIÊNCIA CLAUSTROFÓBICA NO ELEVADOR - MERCURE JARDINS SP

Vim para São Paulo para ver o show Musica Alma Sexo de Ricky Martin no Credicard Hall. Como várias outras vezes, fiz reserva no Hotel Mercure São Paulo Jardins (Alameda Itu, 1.151, Jardins), com Ric e mais seis amigos. O check in foi rápido, por volta de 18 horas. Como pedi apartamento em andar alto, fiquei no 12º piso. Fomos para o show às 20:30 horas, retornando ao hotel já de madrugada. Muito satisfeitos com a noite, entramos os oito no elevador, combinando o dia de sábado. A capacidade dos dois elevadores do hotel é transportar até oito pessoas por vez, ou seja, estávamos dentro desta capacidade máxima. Passamos o cartão e marcamos os andares 11 e 12, onde se localizam nossos apartamentos. O elevador fechou a porta, deu um solvanco e subiu, parando no segundo andar. No entanto, a porta não se abriu. Quis sair, mas não houve como, mesmo apertando todos os botões do painel. Novo solavanco. O elevador voltou a funcionar, para baixo, mas parou novamente. O display marcava o primeiro andar, mas a porta novamente não se abriu. O elevador não quis mais funcionar. Um dos amigos apertou o botão de alarme por duas vezes até que o recepcionista da noite atendesse. Pedimos ajuda. Ele disse que acionaria a manuntenção. Estava ficando quente e o calor aumentava com as lâmpadas dicróicas. O espaço era mínimo para se movimentar. Comecei a transpirar. O ar entrava quente em minhas narinas. Fechei os olhos e tentei me concentrar, esquecendo da situação, mas a falta de espaço me agoniava. Meu amigo continuava a apertar o botão da emergência, pedindo uma rápida solução, mas o recepcionista, de nome Alessander, se limitava a dizer que já havia chamado a manutenção. No entanto, ele não disse que a tal manutenção não era a do hotel e sim da empresa contratada pelo Mercure Jardins para as vistorias preventivas e corretivas dos elevadores. Logicamente que, pelo horário, mais de duas horas da madrugada, há uma certa dificuldade de acionar os plantonistas destas empresas, prejudicando um pronto atendimento. Os celulares de todos os que estavam presos no elevador não tinham sinal. Apenas um dos celulares dava sinal de vida. O ar me faltava. Sentei-me no chão, com dificuldades de respirar. Meus amigos me abanavam, enquanto tentavam ligar para os bombeiros. Não me recordo mais das coisas. Tive um desmaio, acho que por um breve momento. Relances vem a minha memória, como eu me arrastando até uma entrada de ar perto do chão do elevador, já sem camisa e sapatos, tirados por meus amigos. Sei que o contato com o recepcionista do hotel foi insistente pelo interfone do elevador, mas ele não se mexeu do lugar. Nem sequer ligou para o gerente geral ou o gerente de plantão. Fomos retirados do elevador pelos bombeiros, chamados via ligação do único celular que funcionava dentro do elevador. Mesmo sabendo que tinha uma pessoa passando mal, desfalecida (eu), o recepcionista não ligou para ninguém, apenas para a manutenção dos elevadores. Ficamos cerca de trinta minutos presos. Quando saí, fui ajudado pelos dois bombeiros. Nesta hora, estavam no andar em que saímos os bombeiros, um empregado da manutenção do empresa de manutenção e o segurança do hotel, que nada podia fazer, obviamente. Sorvi uma boa quantidade de ar, apoiado na parede para conseguir ficar em pé. Ainda tonto, entrei no outro elevador e fui para meu quarto, onde deitei imediatamente. Os bombeiros ainda vieram ao meu apartamento para certificar se eu precisava de cuidados médicos, enquanto os amigos foram para a portaria, onde descobriram que o recepcionista realmente não tinha tomado nenhuma providência além da ligação para a empresa de manutenção. Ele ignorou o nosso pedido de ligar para o gerente, enquanto ainda estávamos todos presos. Não satisfeitos com a situação, eles chamaram a polícia para uma ocorrência. Os policiais chegaram rapidamente ao hotel, mas disseram que para a situação descrita seria necessário um comparecimento à delegacia mais próxima. Era muito trabalho para quem estava na cidade para se divertir. O melhor seria utilizar as redes sociais, pensaram meus amigos. Já na manhã de sábado, quando retornei do café da manhã, um prato de frutas estava colocado na mesa do apartamento com uma carta de desculpas nos seguintes termos: "Gostaríamos de nos desculpar pelo incoveniente causado ontem com a paralisação do elevador. Esperamos que ainda consiga aproveitar sua estada. Atenciosmente, Equipe Mercure Jardins". Um pedido de desculpas seco, sem sequer uma assinatura, nem mesmo um rabisco. Liguei para a recepção e pedi para buscar o prato imediatamente, pois as frutas eu comprava na esquina e não minimizariam o que passei no elevador. Quis falar com o gerente, mas era seu fim de semana de folga. O pior de tudo é que a gerente de plantão também não estava. Antes de sair para aproveitar o sábado, recebi uma ligação da chefe da recepção, pedindo desculpas e oferecendo uma diária como cortesia. Fiquei indignado. Disse a ela que não queria nada. O que eu queria era um atendimento decente por parte dos empregados do hotel em situações de emergência como a que vivi na madrugada. Disse ainda que estava esperando um contato da gerência, mas até aquela hora, quase meio dia de sábado, nada. Acrescentei que eu tinha um desconforto maior, pois era o responsável por convencer os demais amigos a se hospedar no Mercure São Paulo Jardins. Ela disse que compreendia que nada iria reparar o que passamos e repetiu que a gerência entraria em contato comigo. Nenhum contato foi feito até o meu check out, ao meio dia de domingo. A equipe deste hotel é totalmente despreparada para atender os hóspedes. Não me hospedo mais no Mercure São Paulo Jardins. Tenho certeza que nenhum de meus amigos também não mais voltarão a este hotel. Tudo isto que aqui escrevi será enviado por e-mail para a gerência do hotel, para a diretoria da rede Accor no Brasil, na América Latina e no mundo. Também publicarei na minha página no Facebook, no Foursquare, e no Twitter, além de fazer resenhas no TripAdvisor, no Booking.com e em outros endereços eletrônicos de reservas de hotel.

3 comentários:

  1. Noel,
    Nossa, quer horror!
    Filhos da mãe, heim?
    Acho que você deveria relatar isso também no facebook para mais pessoas ficarem sabendo desse lamentável episódio envolvendo este hotel.
    Bjs

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  2. Pek,

    Vou ainda escrever melhor este post, replicá-lo no facebook, no twitter, no orkut, no tripadvisor, no foursquare, no booking.com.Ainda enviarei e-mail para a gerência do hotel, do grupo Accor no Brasil e internacionalmente.Farei tudo ainda nesta seman.

    Bjs.

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  3. Sinceramente, penso que o problema nao é do hotel especificamente, muito menos dos empregados (obviamente que ter iniciativa é um atributo de cada um e um empregado melhor qualificado poderia ter amenizado algumas coisas, como por exemplo ter tomado a iniciativa de ligar para o 193. A rede accor é muito boa em padronizacao dos seus processos, mas parece que isso nao funciona bem no Brasil. Odeio dizer isso porque parece que estou fazendo uma generalizacao inconsequente, mas o fato é que os 3 hoteis da rede que conheco no Brasil: o Mercure Brasilia Lider, o Mercure My Place de Belo Horizonte e o Mercure Jardins, apresentaram problemas que não ocorreram em nenhum outro hotel da rede que me hospedei em outros paises, hoteis que vao de Ibis, all seasons a Mercure, MGallery e até Sofitel.

    Acho que o Mercure Jardins tem um quarto bom, uma cama boa,um banheiro bom, tudo isso compativel com o padrão Mercure, mas a falta de protocolo de segurança põe tudo isso por terra. Um hospede preso num elevador cheio, tendo um infarto sem espaco para receber primeiros socorros e tendo que esperar por mais de 30 minutos para ser libertado, pode ser fatal. Sorte que com vc ocorreu algo menos grave.

    Sou membro A|Club (programa fidelidade da rede accor). Gosto de me hospedar nos hoteis da rede, especialmente na Europa, porque sei o que vou receber em cada categoria de hoteis que decido me hospedar. Ou seja, a padronizacao da rede accor é seu maior diferencial, na minha singela opinião :)

    Bem, resumindo, o que quero dizer é que não deixarei de me hospedar nos hoteis da rede (por causa desse episódio) mas estou mais atento ao atendimento que recebo a partir desse epsódio e se eu observar que o problema nao foi um fato isolado, nao me restara outra alternativa a nao ser optar por uma outra cadeia.

    Para mim, segurança é prioridade e está acima de tudo!

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