Sou fã da série 007. Tenho todos os filmes em casa, além de um livro sobre o icônico personagem James Bond. Ainda compro uma série de revistas, que saem em período não muito regular nas bancas, que, além de contar fatos e curiosidades sobre cada um dos filmes, traz uma miniatura de um dos veículos usados por 007 nestes filmes. Minha curiosidade e expectativa ficaram grandes para 2012, pois a franquia completa 50 anos e nada melhor do que uma boa comemoração lançando um novo filme nos cinemas. Assim, chegou à telona o 23º filme do agente secreto britânico mais famoso do mundo: 007 Operação Skyfall (Skyfall), co-produção de Estados Unidos e Grã-Bretanha, dirigida pelo ganhador do Oscar Sam Mendes. No elenco, Daniel Craig, cada vez melhor como Bond; Judi Dench, se despedindo da personagem M, a chefe de 007; Ralph Fiennes, como Gareth Mallory, o novo chefão da MI6; Naomi Harris, como Eve, uma das bondgirls do filme, que tem um interessante segredo revelado ao final da película; Bérénice Marlohe, vivendo a enigmática Sévérine, a outra bondgirl; e o fabuloso Javier Bardem, dando vida ao mega vilão Silva. O filme faz uma mistura de passado e presente, de nostalgia e atualidade, muito bem harmonizada por Mendes. Ele consegue trazer o glamour dos primeiros filmes de Bond, quando Sean Connery dava vida ao agente secreto, sem cair na pieguice de uma volta ao passado. Além disto, Craig consegue imprimir um toque que Connery dava a 007, incluindo sorrisos irônicos e tiradas com muito bom humor, atualizando o personagem. O realismo fica por conta das perseguições, das explosões e da falta de um inimigo maior, tipo Guerra Fria. No caso, Silva é um ex-agente da MI6, o preferido à época de M, que se muda de lado e passa a espalhar o terror, usando as mesmas armas que a agência MI6. Para piorar, M e seus comandados passam por uma prova de fogo no parlamento inglês, quando são questionados se ainda há motivos para gastar rios de dinheiro com espionagem no mundo. Javier Bardem rouba todas as cenas em que aparece, interpretando Silva como um ambíguo ser sexualmente falando, pois ao mesmo tempo em que mantém a bela Sévérine ao seu lado, faz uma carícia pra lá de ousada em Bond, que dá uma resposta que deixa todo mundo com a pulga atrás da orelha. Bardem está a cara de Clodovil, só que louro. A nostalgia fica por conta da não utilização por Bond de aparelhos tecnológicos de última geração, de aparecer um Aston Martin com o botão vermelho na marcha para ejetar o passageiro, como nos primeiros filmes, e da volta do personagem à antiga casa onde nasceu e cresceu, no interior da Inglaterra. Craig/Bond continua usando ternos impecáveis, escapando da morte, bebendo champanhe e seu drinque favorito, o dry martini. O filme é muito bom, um dos melhores que já vi de toda a franquia. Não poderia acabar este post sem falar na música tema. Um primor a letra e tendo a voz maravilhosa de Adele para interpretá-la. A abertura do filme, após um longo prólogo, é embalada por tal canção, chamada Skyfall. Integrada ao filme, pode ter vida própria como um videoclip. Fantástico.
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