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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

BURJ AL ARAB


O táxi que nos levava ao hotel Burj Al Arab parou em frente a uma cancela, onde um número considerável de turistas tentava o melhor ângulo para tirar fotos do hotel em forma de vela içada. Ninguém passava daquele ponto sem se apresentar ao controle local. Só tem permissão de passar quem é hóspede do hotel ou tem reserva confirmada em um dos bares ou restaurantes do lugar. Era nosso caso, pois tinha feito reserva pelo site do Burj Al Arab para jantar às 19 horas no Al Iwan, um restaurante especializado na culinária árabe. Tal reserva foi feita com dois meses de antecedência, tendo recebido sua confirmação por e-mail juntamente com um código. O motorista desceu o vidro e eu apresentei o papel impresso com o número de confirmação de nossa reserva. O funcionário do hotel conferiu e, muito educadamente, nos desejou uma ótima noite nas dependências do hotel. A porta estava aberta para nós, pobres mortais!
Percorremos uns oitocentos metros de carro, parando na suntuosa porta do hotel, quando homens com luvas brancas abriram as portas do táxi, nos dando boas vindas. Em frente, uma linda fonte enfeitava a entrada. Ao entrar, o impacto visual é grande. É tão suntuosa a decoração, que beira o brega. Amarelo, dourado e vermelho são as cores que dominam no hall de entrada. Na confirmação da reserva estava escrito que ela não dava o direito de passear pelas dependências do hotel, mas parece que ninguém liga para isto, pois todo mundo que chegava para jantar fazia um tour pelas áreas comuns do hotel. Fizemos cara de paisagem, tiramos muitas fotos no hall, subimos a escada rolante que dá acesso ao primeiro piso, onde fica o Al Iwan, o restaurante onde jantaríamos. O pé direito do vão interno do hotel é imenso, praticamente do tamanho de sua altura total. Luzes verde e rosa eram projetadas nas varandas dos 27 andares do hotel, todas voltadas para o vão interno do hotel. Sofás vermelhos eram um convite para nos sentarmos. Seguimos em frente, em direção aos elevadores, passando por uma loja de joias e uma tabacaria. Os tapetes tem motivos geométricos com a predominância do vermelho. As portas dos elevadores são impactantes, todas em dourado. A maioria das pessoas que fazia o mesmo "tour" parava para tirar fotos nestas portas. Claro que fizemos o mesmo. Um grupo de japoneses entrou em um dos quatro elevadores. Quis fazer o mesmo, mas C e V acharam que era muito mico. C teve a ideia de nos apresentarmos no restaurante, pedindo para verificarem se havia possibilidade de um esquenta no bar localizado no 27º andar. Aprovamos a ideia. Voltamos para a entrada do Al Iwan, onde uma simpática hostess nos atendeu, conferindo a reserva, dizendo que nossa mesa estava pronta. Faltava mais de meia hora para o horário marcado. Perguntamos se havia possibilidade de conseguir uma mesa no Al Muntaha Skyview. Ela prontamente nos atendeu, pedindo para aguardar ali mesmo, quando um garçom nos serviu um drinque sem álcool com água de pétalas de rosas. Assim que desligou o telefone, ela informou que só tinha mesa no bar, pois todas as localizadas próximas às paredes de vidro já estavam ocupadas. Aceitamos a oferta. Imediatamente um outro funcionário nos conduziu até um dos elevadores de portas douradas. Ele foi muito gentil ao segurar a porta, apertar o número 27 e nos desejar uma ótima noite. Ele não foi conosco no elevador. Como tinha hóspede também subindo, paramos em dois andares antes de chegar ao topo. Quando chegamos, o mesmo funcionário nos recebeu (ele subira no elevador expresso), conduzindo-nos para nossa mesa, que já estava preparada. O bar é muito bonito, com luzes verdes e azuis no teto. Mesmo sentado no bar, em mesa mais alta, é possível ter a mesma vista de quem senta nas mesas próximas ao vidro. Como era noite e o hotel fica em uma ilha artificial avançada no mar, não se tem uma vista cheia de luzes. Colocaram uma série de petiscos na mesa, que assim que terminaram, foram repostos. Resolvemos pedir um drinque. Um barman veio para nos auxiliar. Ele queria que eu experimentasse um drinque a base de leite de camela. Não gostei da ideia e quando vi o preço - algo em torno de R$ 300,00 - desisti de vez de experimentá-lo. A carta de drinques é grande, com preços muito salgados. Bebi um drinque à base de limão, muito saboroso, que custou cerca de R$ 60,00. C, V e D também pediram drinques. Perto de 19 horas, um garçom veio nos avisar que já estava na hora de nossa reserva para jantar no Al Iwan, mas se quiséssemos, poderíamos ficar mais um tempo no bar que eles avisariam ao restaurante. Resolvemos ir jantar. Pagamos a conta: DHS 575 (R$ 323,58 ou U$ 156.54). Ao sair, uma fila se formava em frente à hostess do bar. Era o pessoal que chegava para a noitada, todos com reserva confirmada. Pegamos o elevador expresso. Ele é panorâmico e não tem ar condicionado. Um forno. A hostess do Al Iwan nos saudou novamente, conduzindo-nos para nossa mesa. O restaurante segue a linha brega-chique da decoração do hotel, com muito vermelho. Nas paredes lamparinas com fogo falso! Al Iwan é um restaurante com buffet livre. São quatro cinco ilhas de buffet. Uma com entradas da culinária árabe; outra com entradas da culinária internacional, onde predominavam pratos com frutos do mar; outra com pratos quentes, também da culinária árabe; uma quarta com pratos quentes da cozinha indiana (esta ilha sempre é alterada); e uma com sobremesas, onde há pratos das cozinhas árabe e internacional. Para brindar nossa última noite desta viagem, pedimos o vinho tinto francês Dourthe Reserve 2008, produzido na região de Saint-Emilion, com 12,5% de álcool, tendo em sua composição as castas merlot e cabernet sauvignon (DHS 540 - R$ 300,00 ou U$ 147). Harmonizou bem com os pratos quentes, especialmente os com carne de cordeiro. Bebemos Acqua Panna para acompanhar o vinho. A comida não faz jus ao preço exorbitante que eles cobram. É apenas digna. No entanto, queríamos conhecer o hotel e, para tanto, era necessário uma reserva em restaurante do lugar. Consultamos dicas na internet, além de conselhos de pessoas conhecidas que já tinham lá estado e a imensa maioria foi por jantar no Al Iwan. Após mais de duas horas no restaurante, pedimos a conta, ficando para cada um o montante de DHS 723, ou seja, pagamos cerca de R$ 400,00, valor individual, por um serviço de buffet + uma garrafa de vinho tinto. Antes de sair do hotel, ainda fizemos novas fotos no hall. Pegamos um táxi que acabara de deixar clientes. Voltamos satisfeitos para nosso hotel, onde passamos nossa última noite em Dubai. Uma longa volta de avião nos aguardava no dia seguinte.










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