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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

HONG KONG - DIA 3

Domingo. Templo nublado, mas sem chuva. Dia de conhecer o Buda Gigante (Big Buddha), com 26 metros de altura, feita em bronze. A estátua é considerada a maior de um Buda sentado do mundo. Fica em Lantau, nos arredores de Hong Kong. Fomos a pé do hotel até o centro comercial, quando pegamos um metrô na Estação Causeway Bay. Compramos o bilhete na máquina. Simples e rápido. Nosso destino era a última estação da Island Line, linha que já estávamos. Descemos na Estação Tung Chung. Na saída, vimos um movimentado outlet, o Citygate, mas seguimos em frente, rumo ao teleférico que nos levaria perto do Buda sentado. No caminho vimos muitas faixas cujas frases não identificamos, mas pareciam faixas de protestos. Um grupo estava postado em linha, paralelamente às faixas, fazendo movimentos bem lentos, bem ao estilo chinês. V exclamou em bom português: "que isto?". Um chinês com cabelos longos que passava de bicicleta sorriu e repetiu a frase que V havia acabado de dizer. Ele entendia o português. V, como se estivesse no automático, mudou totalmente o sentido que queria dar em sua frase, acrescentando: "que coisa interessante!". Rimos muito e esta frase foi repetida inúmeras vezes no restante de nossa viagem. Chegamos ao acesso para a entrada do teleférico, cujo nome é bem diferente: Ngong Ping 360. Subimos dois lances de escadas rolantes, passando por cima de uma rodoviária. Ainda não havia fila na bilheteria. Escolhemos a cabine de cristal, toda em vidro, incluindo seu piso. Para tanto, pagamos HK$ 188 (R$ 50 ou U$ 24.30), ida e volta. Como não tinha fila, eu, V, C e D tivemos uma cabine exclusiva (cabem até dez pessoas em cada cabine de cristal). As cabines não param, mas diminuem a velocidade para que o passageiro entre. No mesmo teleférico seguem os dois tipos de cabines. Esperamos a nossa, fomos autorizados a entrar e assim que o fizemos, tivemos que posar para uma daquelas fotos que vendem ao final da viagem (acabamos por comprar a tal foto). O trajeto dura vinte e cinco minutos. É o teleférico mais extenso da Ásia, com 5,7 km. Passamos por cima do mar, das montanhas, por dentro das nuvens baixas, vimos a cidade, o Mar do Sul da China, o aeroporto local, aviões decolando e pousando, pescadores, e um bando de gente fazendo o mesmo percurso em trilhas pela mata fechada dos morros do lugar. Acho que eles gastariam mais de duas horas para chegar ao local onde está a estátua do Buda. A visão que se tem da cabine é excelente, pois além dos amplos vidros dos seus quatro lados, o piso de vidro é um diferencial que vale pagar mais caro para ir nela. O ponto final do teleférico é no início da Ngong Ping Village com bares, restaurantes, lojas, atrações turísticas de ambos os lados. Esta rua é o único caminho de acesso para o monastério e para a estátua do Buda. Paramos várias vezes para tirar fotos, pois a cada ponto tínhamos uma nova perspectiva da estátua de bronze no alto de um morro. Já no final desta rua, vimos várias cabines de teleféricos cuja pintura homenageava um país. Parei e tirei foto em frente a que estava pintada com as cores da bandeira do Brasil. Chegamos ao pé da escada de acesso ao Buda. São 296 degraus até a estátua. Não se paga nada para subir, mas quando passamos em frente a uma bilheteria, a vendedora nos convenceu a comprar (uma doação, conforme ele insistiu em dizer) uma entrada para conhecer o museu que fica debaixo da estátua. Ficamos convencidos quando ela disse que no ingresso estava incluído uma garrafa de água mineral gelada e um sorvete a escolher. Fazia muito calor. Pagamos HK$ 28 (R$ 7,30 ou U$ 3.60) e subimos, encarando os quase trezentos degraus. A vista lá de cima impressiona, já valendo a subida. Fora que a estátua é belíssima. Ficamos mais de quarenta minutos percorrendo o corredor circular em torno da estátua, parando, apreciando a paisagem, tirando fotos. Para trocar o ingresso pela água e sorvete é necessário visitar o museu primeiro. A visita é muito rápida, pois não há muita coisa para se ver. São fotos, escritos e poucos objetos relacionados ao monastério budista responsável pela manutenção do local. Saímos, bebemos nossa providencial água gelada, tomamos o sorvete e descemos. Antes de voltarmos, ainda fomos conhecer o belo Monastério Po Lin. Ele é muito bem cuidado, está em ampliação, e seu jardim, com árvores frondosas, é um convite para o descanso e uma meditação. Voltamos pelo mesmo caminho, parando em algumas lojas para algumas comprinhas. O trajeto no teleférico dura o mesmo tempo. Ao desembarcarmos, observamos que tínhamos ido na hora certa, pois as filas que se formavam para entrar nas cabines ou para comprar os tíquetes eram imensas. Já que estávamos perto de um outlet, porque não entrar para dar uma olhadinha? Assim fizemos. Gastamos horas no movimentado Citygate, onde muita gente carregava malas com suas compras. Claro que compramos. Decidimos almoçar, mas lá dentro só há praça de alimentação, sem restaurantes com espaço e mesas reservadas. Saímos do shopping, andamos um pouco e sentamos no Délifrance, um pretenso bistrô de cozinha francesa, onde pedi um horroroso arroz de frutos do mar. Logo após o almoço, pegamos o metrô de volta. Só tínhamos notas e as máquinas só aceitavam moedas. Não existia uma bilheteria, mas apenas um guichê onde faziam a troca de notas por moedas. Fizemos isto. Decidimos descer na Estação Central, pois queríamos passar na loja da Apple novamente. Quando fomos sair, passando pela catraca, o bilhete de V travou. Fomos até uma máquina, adquirindo novo bilhete, mas não teve como ela usá-lo, já que tinha que entrar primeiro para depois sair. Ela teve que procurar um funcionário do metrô para poder sair. Chegamos novamente no IFC Mall, onde fomos para a Apple, que continuava cheia, mas conseguimos entrar. Enquanto C comprava o que queria, fiquei manuseando um iPhone 5, com muitas diferenças para o meu, inclusive no tamanho e na espessura. Resolvi dar uma volta pelo shopping, auxiliando D em uma compra. Com mais sacolas nas mãos, decidimos pegar um táxi para retornar ao hotel. Pausa para descanso. Já de noite, todos nós, incluindo S, nos reunimos no lobby do hotel para sair e despedir da noite em Hong Kong. Pegamos um táxi e fomos para a região do Soho, onde há a mais extensa escada rolante em ambiente externo do mundo. Claro que subimos um pedaço da escada antes de parar para procurar um local para jantar. Ficamos na Elgin Street, onde há uma série de bares e restaurantes, um ao lado do outro. Andamos um pouco, escolhendo o que mais nos agradava. Acabamos por optar pelo Cecconi's. Nosso último jantar na cidade seria da culinária italiana.




Flor de lótus no jardim do Monastério Po Lin



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