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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

MOSCOU CONTRA 007

Na esteira dos 50 anos de James Bond, coloquei mais um filme da série para ver. Desta vez foi Moscou Contra 007 (From Russia With Love), do qual quase não lembrava de nada. O filme é de 1963, uma produção do Reino Unido dirigida por Terence Young, o mesmo diretor do primeiro 007. Dura 115 minutos e tem no elenco Sean Connery (James Bond), Daniela Bianchi (Tatiana Romanova), Pedro Armendáriz (Kerim Bey), Robert Shaw (Grant), Lotte Lenya (Rosa Klebb), Bernard Lee (M), Eunice Grayson (Sylvia Trench) e Lois Maxwell (Miss Moneypenny). Este é o segundo filme da série e já mostra que Bond gostava de viajar. Enquanto no primeiro, a ação se passava na Jamaica, nesta fita, a maior parte das cenas se passa em Istambul, Turquia. Também há tomadas em Veneza, Itália. Claro que os cartões postais de ambas cidades aparecem como cenário para as tomadas do filme. Alguns personagens do primeiro filme continuam nesta sequência, sendo interpretados pelos mesmos atores, caso de Miss Moneypenny, M e Sylvia Trench, esta última uma das bondgirls de Moscou Contra 007. Bond ainda se relaciona com mais três beldades, sendo duas delas personagens ciganas e uma russa. Tatiana Romanova, a russa, é a principal bondgirl do filme. Quem a interpreta é a Miss Roma Daniela Bianchi. Sua voz não devia ser muito boa, pois no filme ela é dublada por outra atriz. Na trama, 007 é envolvido numa armadilha da Spectre, uma organização criminosa. Os agentes da Spectre tem números como identificação. O chefão, número 1, não aparece de corpo inteiro no filme, e seu rosto nunca é mostrado. Na armadilha, a Spectre coloca russos contra turcos em Istambul, estremecendo as relações amistosas que vinham mantendo até então. Tudo isto para colocar as mãos em um aparato chamado Lektor, uma espécie de máquina da verdade, e matar James Bond, em vingança pela morte do Dr. No, vilão do primeiro filme e um dos integrantes da organização criminosa. Como era o auge da guerra fria, a caracterização dos russos é hilária para os dias atuais. O filme repete as cenas de ação, perseguição de automóveis, tiros e lutas de qualquer um da série, mas um de seus elementos comuns está ausente: o famoso drinque dry martini. Em compensação, os ternos bem cortados, a gravata borboleta, o champanhe, o torso nu do agente secreto e as mulheres bonitas se fazem presentes. Uma das cenas mais interessantes é a entrevista que Rosa Klebb, a vilã número 3 da Spectre, faz com Romanova. Além da caracterização bem masculinizada, há uma forte insinuação de lesbianismo por parte de Rosa nesta entrevista. Não sei se Terence Young quis homenagear Hitchcock, mas a cena em que Bond é perseguido em um campo verdejante por um helicóptero que atira granadas sobre o agente secreto é claramente inspirada na cena em que um avião persegue o personagem vivido por Cary Grant em Intriga Internacional (North by Northwest), de 1959. A música tema, também chamada de From Russia With Love, é um destaque, cuja interpretação coube a Matt Monro. A abertura do filme é muito bem feita, como um videoclipe  Enquanto From Russia With Love é cantada, os créditos aparecem no balanço do corpo de uma dançarina do ventre. Não é tão bom quanto 007 Contra o Satânico Dr. No (Dr. No), 1962, mas é uma ótima diversão.

filme
dvd

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