007 Na Mira dos Assassinos (A View to A Kill) é o 14º título da série do agente secreto James Bond. Foi lançado em 1985, com 131 minutos de duração. É o trabalho de despedida de Roger Moore como 007. John Glen novamente é o diretor. Grace Jones (May Day), Tanya Roberts (Stacey Sutton) e Fiona Fullerton (Pola Ivanova) são as atrizes que vivem as bondgirls deste filme. Lois Maxwell e Desmond Llewelyn continuam a interpretar Miss Moneypenny e Q, repetindo seus papeis desde o primeiro filme. O vilão da vez é o ótimo Christopher Walken que dá vida a Max Zorin, um rico industrial psicopata que planeja destruir todo o Vale do Silício na Califórnia e ter o mundo em suas mãos com sua produção de microprocessadores para computadores. Para encobertar este plano, ele faz questão de tornar pública sua paixão por corridas de cavalos, aplicando nos animais técnicas nada aconselháveis oriundas do nazismo. E ainda tem a seu lado a KGB. Ou seja, a Guerra Fria ainda é um grande mote para apresentar os soviéticos como os grandes vilões mundiais. Bond entra para descobrir o seu plano, fingindo ser um comprador de cavalos. A cena inicial homenageia alguns filmes anteriores do agente secreto, com uma espetacular perseguição nos alpes suíços. O champanhe Bollinger volta a aparecer. O luxo continua presente, seja nas malas Louis Vuitton de Bond, seja no pequeno porta cartões da mesma grife que ele usa para copiar um cheque. Mas o que impressiona neste filme é a utilização da estética dos anos oitenta. O tradicional clipe de abertura é embalado pelo mega sucesso A View to A Kill, composta especialmente para o filme pela banda pop Duran Duran em parceria com John Barry. As imagens do clipe trazem belas mulheres, algo comum nos videoclipes da banda inglesa, com cílios, lábios e unhas cintilantes, como um neon, com as cores berrantes que fizeram sucesso em roupas, acessórios e maquiagem daquela época. Ainda em relação aos 80, os produtores aproveitaram o sucesso de Zula, personagem interpretada por Grace Jones em Conan, o Destruidor, filme de 1984, para colocá-la em cena como May Day, o braço direito do vilão. Exótica, forte e com cara de mal, faz um papel muito semelhante à Zula. E a sua primeira aparição já traz todos os excessos da década, com um enorme chapéu, acessório indispensável para uma corrida de cavalos, e uma roupa de um vermelho berrante. O filme não tem tanta ação como nos anteriores, mas as cenas subaquáticas e perseguições de carros fazem presença. Por falar em perseguição, a que acontece com cavalos é bem diferente. Não é um grande filme, mas diverte. Ao final, em um diálogo entre M e o Ministro da Defesa do Reino Unido, há uma mensagem que indica que Roger Moore não viverá mais o agente secreto nos próximos filmes. É discreto, mas direto.
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