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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O MESTRE

Continuando a conferir os filmes que concorrem a algum Oscar, foi a vez de ver O Mestre (The Master). Segunda-feira, Carnaval, sessão das 21 horas no Espaço Itaú de Cinema, CasaPark Shopping. Eu achava que seria uma sessão tranquila, mas parecia que todo mundo estava dentro do shopping, pois não havia vaga no estacionamento pago e foi uma dificuldade para estacionar o carro do lado de fora. A fila para comprar o ingresso estava imensa, assim como as da lanchonete. Sessão lotada, com gente sentada na primeira fileira. O filme é uma produção americana de 2012, dirigido por Paul Thomaz Anderson, o que já garante um roteiro difícil (vide Sangue Negro e Magnólia), também escrito por ele. Concorre ao Oscar de melhor ator (Joaquin Phoenix), melhor atriz coadjuvante (Amy Adams) e melhor ator coadjuvante (Philip Seymour Hoffman). O diretor optou por usar uma cor esmaecida, com tons pastéis, garantindo uma conexão com a época em que se passa a história, logo após o término da Segunda Guerra Mundial. Com 144 minutos de duração, parece ter muito mais, pois é bem lento. Nem todo mundo aguenta ficar na sala de projeção. Vi pessoas se levantarem antes mesmo do filme chegar na metade para ir embora. O roteiro, como eu já esperava, é truncado, difícil, com alguns furos. Os atores, especialmente os que concorrem ao Oscar, estão soberbos. Phoenix dá um show de interpretação em sua volta ao cinema depois de quatro anos de seu último filme. Ele é Freddie Quell, um ex-combatente de guerra que volta para casa sem rumo e com muitas sequelas traumáticas, não conseguindo se fixar em nenhum emprego, dependente de álcool e muito violento. Quell faz sua própria bebida, utilizando até remover de tinta em sua composição. Em seu caminho errante, cruza com Lancaster Dodd (Hoffman), líder de uma seita que prega o autocontrole a partir de técnicas nada ortodoxas, autor de um livro chamado The Cause, e com seguidores fiéis. Hipnose e regressão são algumas das técnicas que ele usa para "limpar" as emoções. Peggy Dodd (Adams), esposa de Lancaster, é também uma fiel defensora do método, sendo muito mais fria e calculista do que seu marido. Quell, com seu problemas psicológicos, é um prato cheio para o casal, que o usa como cobaia em suas demonstrações públicas. A relação entre Quell e a família Lancaster acaba sendo de dependência mútua. O que vemos é como o ser humano pode ser manipulado por uma ideologia, uma seita, especialmente quando ele é frágil psicologicamente. O filme é lento, chato, difícil de agradar, mas vale conferir pela ótima performance destes três atores. Gostei médio.

filme

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