Após sete filmes seguidos dando vida ao agente secreto britânico James Bond, Roger Moore deixou o bastão para o também inglês Timothy Dalton, protagonista do 15º título oficial da série: 007 Marcado Para a Morte (The Living Daylights). Produção do Reino Unido de 1987 dirigida mais uma vez por John Glen. Sintonizado com os tempos de AIDS, Bond só se envolve com uma beldade, no caso Kara Milovy (Maryam d'Abo), uma violoncelista que tem ligação amorosa com um dos vilões, o general russo Georgi Koskov (Jeroen Krabbé). A secretária de M, o chefão do serviço secreto britânico, Miss Moneypenny passa a ser interpretada por outra atriz, Caroline Bliss, após um reinado de 14 filmes de Lois Maxwell. Assim, apenas Desmond Llewelyn é o único ator que interpretou Q em todos os filmes em que este personagem aparece. O outro vilão é Brad Whitaker (Joe Don Baker), um traficante de armas que se passa por um mecena das artes. Ainda em sintonia com o que acontecia no mundo real, há cenas que se passam no deserto do Afeganistão, quando aquele país estava invadido pelos russos. Claro que rebeldes afegãos acabam aliados de Bond. Quem diria que depois estes mesmos rebeldes seriam vistos como inimigos número 1 dos Estados Unidos e do Reino Unido. O enredo é simples: Bond tem que descobrir o real plano de Koskov, evitando uma eventual nova guerra mundial entre as duas maiores potências bélicas do mundo da época. Marcas famosas continuam marcando presença, algumas bem discretamente, como Cartier (em um mostruário no hotel onde Bond fica hospedado), Louis Vuitton (no mesmo hotel, com um carregador de malas), Philips (esta mais ostensiva, presente no gadget de 007), e Bollinger (o sempre presente champanhe, desta vez na cesta de iguarias que Bond compra na Harrods para o General Koskov). Perseguição de carros, cenas debaixo d'água, esqui e explosões estão, como sempre, presentes em toda a projeção, que dura 133 minutos. As lutas são mais realistas, mas Bond continua saindo delas com quase nenhum arranhado e mantendo o penteado. A música tema é interpretada pelo grupo a-Ha. Dalton não tem o charme de Connery e nem o porte nobre de Moore, mas conseguiu dar um toque pessoal ao personagem com seu expressivo olhar. Gostei de rever este título.
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