Durante o passeio de sábado em San José, visitei três museus:
01) Museo del Jade Fidel Tristán Castro: fica no térreo da sede do Instituto Nacional de Seguro, com entrada independente. Cheguei perto de meio-dia, no mesmo instante em que entrava um grupo de turistas franceses. A bilheteria funciona em uma porta ao lado da entrada, onde também há providenciais banheiros e uma lojinha de souvenir, com algumas reproduções em jade das peças originais expostas no museu. Paguei U$ 9 pelo ingresso, valor para estrangeiros, já que os costarriquenhos pagam menos. Iniciei a visita pegando carona com o grupo de franceses, pois eles tinham uma guia do museu explicando a história e as peças do acervo. Assim, fiquei sabendo que o museu tem a maior coleção de jade da época pré-colombiana de todas as Américas, seu acervo é oriundo da coleção de Fidel Tristán Castro, o primeiro presidente do Instituto Nacional de Seguro, o que explica o nome do museu e o local onde está localizado. Foi fundado em 1977 e seu acervo não é proveniente de escavações arqueológicas, mas sim de aquisições de colecionadores que compravam as peças de saqueadores. O museu é fácil de percorrer, pois caminha-se sempre na mesma direção, fazendo curvas para a direita ou para a esquerda. Além das centenas de peças em jade, que tem tonalidades entre o azul e o verde, o acervo possui peças em pedra, em cerâmica e em osso, entre outros materiais. Algumas reproduções de cenas cotidianas pré-colombianas ajudam a entender como eram feitas tais peças. Muito interessante.
02) Museo de Arte y Diseño Contemporaneo: instalado em um prédio dentro do Centro Nacional de La Cultura, sua entrada é na esquina de Avenida 3 com Calle 15. Ao lado do pórtico de entrada, há um relógio de sol no muro. Para visitar o museu, o estrangeiro paga U$ 3. Pelo que entendi, não há acervo permanente. Exposições temporárias tomam conta das quatro galerias que formam o museu. Quando de minha visita, duas exposições estavam ocorrendo. Uma pequena, na galeria S1.1, chamada "Ejercicios", de Victoria Marenco, propunha a reflexão em torno da memória, da fragmentação, da deterioração e do obsoleto. Eram instalações fotográficas. Preferi a exposição maior, que ocupava todos os demais espaços do museu. Com o nome de "Construcciones/Invenciones: De la Suiza Centroamericana al país más feliz del mundo", a mostra tinha um conjunto de obras de artistas costarriquenhos que dialogavam com a questão da felicidade dos habitantes da Costa Rica, algumas delas com críticas ferozes, outras em deboche total. Nada escapou: o turismo ao gosto dos americanos, a questão da fronteira com a Nicarágua, a comparação com a Suíça, a religião e o futebol, duas paixões do país, as festas populares. Gostei muito.
03) Museo Nacional de Costa Rica: instalado em um antigo forte, pintado externamente em um forte amarelo, este museu fica de frente para a Plaza de La Democracia, e tem uma curiosa instalação em sua entrada: uma esfera de vidro e metal, muito moderna, abriga uma esfera de pedra pré-colombiana. O novo e o antigo em perfeita harmonia. Antes de entrar, há uma necessária revista de mochilas, que devem ser colocadas em armários com chave. Pelo ingresso, o estrangeiro paga U$ 8. O museu tem exposição permanente e algumas temporárias. No dia de minha visita, havia duas exposições temporárias: "Il Nuovo Mondo - La influencia cultural de los italianos en América" foi a primeira que vi. Achei mais interessante o espaço onde ela foi montada do que ela propriamente dita. Estava nas dependências do antigo forte, com belos motivos arquitetônicos, entre eles um teto trabalhado e um piso de ladrilho hidráulico belga. A outra exposição temporária era "Las Muñecas de Japón", com dezenas de bonecas e bonecos japoneses. Mas o que mais interessa é o acervo permanente. A visita começa por um borboletário, onde há bastante informação sobre as borboletas, símbolo do país.Todos os visitantes param para tirar fotos das borboletas se alimentando. O seguimento da visita é nas dependências do antigo forte, onde nas salas maiores estão expostas peças em pedra, cerâmica, ouro, jade, madeira, e osso, além da reprodução do cotidiano das civilizações pré-colombianas. O que chama a atenção são as esferas de pedra. Outra parte da mostra permanente fica nas duas casas que eram as residências dos principais comandantes do forte, com mobiliário e objetos de decoração da época. O que mais gostei foi da parte pré-colombiana.
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