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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

LINCOLN

Mais um filme concorrente ao Oscar 2013: Lincoln (Lincoln), produção americana de 2012 dirigida por Steven Spielberg. Fui ver em uma quente tarde de sábado em Belo Horizonte, logo após passar máquina três em meu cabelo. Escolhi a sessão de 17:10 horas do Cinemark Pátio Savassi. Lincoln concorre a doze Oscar, entre eles, filme, diretor, ator, atriz e ator coadjuvantes, roteiro adaptado, figurino e fotografia. Protagonizado por Daniel Day-Lewis, que está perfeito interpretando o presidente americano nos seus últimos dias de vida, sendo muito difícil ele perder o Oscar como melhor ator na cerimônia do próximo dia 24 de fevereiro. Spielberg escolheu dar um tempero muito lento e quase didático ao filme, em história linear, mostrando a batalha de Lincoln para passar a Emenda 13, que punha fim à escravidão nos Estados Unidos, na Câmara dos Deputados, enquanto a Guerra Civil entre o sul escravocrata e o norte liberal já passava de quatro anos. A aprovação da emenda significava não só a liberdade para os escravos, mas também o possível fim da guerra e a volta dos estados do sul para a União que forma os Estados Unidos da América. Tommy Lee Jones, indicado para a categoria de ator coadjuvante, é um deputado que passou a vida inteira defendendo a igualdade entre brancos e negros e tem um embate interessante com seus opositores nos debates sobre a emenda. Ele está bem, mas não creio que leve o Oscar, pois há concorrentes com performances melhores, como Christoph Waltz, de Django Livre, Philip Seymour-Hoffman, de O Mestre, ou Alan Arkin, de Argo. Não gostei de Sally Field como a esposa de Lincoln, embora esteja concorrendo na categoria atriz coadjuvante. Para piorar, ela está a cara de Regina Duarte, atriz de quem não gosto muito. A fotografia é bonita, com tons escuros, quase um preto e branco. Não entendi porque Spielberg optou em não filmar o assassinato de Lincoln. Logo ele que é tão reconhecido por cenas de impacto, com efeitos especiais de última geração. Os 150 minutos do filme parecem uma eternidade, com cenas longas e lentas, com muito diálogo. A caracterização dos deputados é muito parecida, o que gera confusão para quem está assistindo. Ao final, na saída da sala de projeção, o que mais ouvi foram comentários negativos em relação ao filme. Também não gostei. Diria que se não tivesse Day-Lewis, o filme seria muito pior de aguentar. Ele salva algumas cenas com sua caracterização de um presidente obstinado por alcançar seu maior objetivo, mas de forma serena, sem alterar a voz. Se tivesse cinquenta minutos a menos, talvez fosse mais palatável.

filme

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