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sábado, 9 de fevereiro de 2013

OS MISERÁVEIS

Fui mais uma vez ao cinema para conferir um dos candidatos ao Oscar de melhor filme de 2013. Foi a vez de ver Os Miseráveis (Les Misérables), baseado na obra homônima de Victor Hugo e no musical de sucesso para os palcos teatrais, montado em vários cantos do mundo, inclusive no Brasil. O filme concorre a oito estatuetas ao todo, incluindo melhor ator, melhor atriz coadjuvante e figurino. Tem 153 minutos e é dirigido por Tom Hooper. Um elenco de peso está na película. O eterno Wolverine Hugh Jackman é Jean Valjean, preso por ter roubado um pão para alimentar um sobrinho. Ele ganha a liberdade, mas nunca consegue um emprego, sendo eternamente perseguido como fora da lei pelo soldado Javert, vivido por Russell Crowe. Valjean é ajudado por um bispo e acaba mudando totalmente de vida, tornando-se o querido prefeito que ajuda a todos da comunidade, incluindo a magérrima prostituta Fantine, papel que deu a Anne Hathaway a indicação de melhor atriz coadjuvante. Ela está muito bem, mesmo aparecendo somente meia hora no filme inteiro. Valjean promete que encontrará Cosette antes de Fantine morrer. Ele a encontra sendo explorada pelos donos de uma taberna, os outsiders Thénardier (Sacha Baron Cohen) e  sua esposa (Helena Bonham Carter), e passa a criá-la, numa autêntica relação pai e filha. Cosette na vida adulta é interpretada por uma insossa Amanda Seyfried. Cohen e Carter são os responsáveis pelos melhores momentos do filme, assim como Samantha Barks, que dá vida a Éponine, a filha do casal de trambiqueiros. Em meio ao drama de Cosette e Valjean, ainda há tempo para mostrar uma frustrada tentativa de jovens de fazer a revolução (o filme se passa alguns anos antes da Revolução Francesa). Dentre os jovens idealistas está o bem nascido Mairus (Eddie Redmayne), por quem Cosette se apaixona e é correspondida. A reconstituição de época é muito boa, assim como o figurino. No entanto, o filme é muito chato, arrastado, não chama a atenção, lento demais. Pior é ainda ter que ouvir Russell Crowe cantar. É de incomodar os ouvidos. Jackman está bem, mesmo quando canta, mostrando que pode se desvencilhar do personagem X-Men. Não é a toa que foi indicado para o Oscar de melhor ator. Filme com muitos altos e baixos, com incidência maior de pontos negativos. Não gostei e parece que esta foi a tônica das pessoas que lotaram a sala de projeção do Espaço Itaú de Cinema, pois os comentários na saída eram desfavoráveis ao filme. Melhor como musical, no teatro. O musical no cinema, para mim, não funcionou, embora nas bilheterias mundiais ele venha fazendo sucesso.

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