Gosto de circo de qualquer forma, seja montado nas periferias das cidades, sejam espetáculos grandiosos como o Circo Imperial da China ou o famoso Cirque du Soleil do qual já vi três montagens: Allegria, Ovo e Quidan. Meus pais também gostam muito e foram comigo no Quidan. Assim, quando anunciaram a vinda da montagem Varekai, pedi a minha mãe para ficar atenta na data de venda para Belo Horizonte. Ela comprou logo na primeira semana após a pré-venda para os portadores dos cartões de crédito que patrocinam a turné do circo pelo Brasil. Ficamos garantidos para a sessão do dia 21 de janeiro de 2012, um sábado, às 17 horas. Fui para BH somente para conferir o espetáculo. Na manhã de sábado, ao ler o jornal, fiquei sabendo que, devido às obras na região da Pampulha, o trânsito estava problemático para chegar à Avenida Clóvis Salgado, onde o circo montou sua tenda amarela e azul. Resolvemos sair com grande antecedência de casa, pegando um táxi às 15 horas. Realmente o trânsito ficou lento perto da Lagoa da Pampulha, na altura da Toca da Raposa, mas chegamos com uma hora de antecedência. Bilhetes conferidos, era hora de passear pela loja de souvenir, de onde saí com algumas lembranças (imã de geladeira, chaveiro, caneca e um nariz de palhaço para dar para minha afilhada Amanda). Também comprei o balde pequeno de pipoca, não porque estava com vontade, mas porque gostei do recipiente, parecendo um grande copo de plástico, devidamente tampado. Claro que tudo foi uma pequena fortuna. Quando deram o sinal, rapidamente nos acomodamos, em local privilegiado. Tínhamos uma excelente visão do palco, ficamos de frente, sem nada nos atrapalhando. Com dez minutos de atraso, as luzes se apagaram, com lotação plena. Varekai é dividido em dois atos, como sempre acontece nas montagens do Cirque du Soleil. Diferente de Quidan, a última montagem que vi, esta é mais colorida, mais vibrante, muito alegre. Os números de palhaço são um caso à parte, especialmente para mim, que nunca gostei muito deste ícone circense. Os dois atores que fazem os números cômicos não estão caracterizados como palhaços e são realmente hilários. Impagável a cena em que o homem dubla Edith Piaf cantando Ne Me Quite Pas tentando ficar onde o canhão de luz apontava. Ele percorreu todo o picadeiro, além da plateia. Ótimo. Já os números circenses são muito bons, cheios de precisão e de alta performance dos artistas. Só não gostei do número com as crianças equilibristas. Achei chato e desnecessário. O mais vibrante é o número final, uma mistura de trapézio com trampolim. Muito bom. Os números que abrem os dois atos são plasticamente muito bonitos. Ambos começam do alto da tenda. Outro número que gostei muito foram dois artistas vestidos com roupa amarela e preta que faziam piruetas e cambalhotas em cima das pernas do outro. Um verdadeiro show. Com duas horas e meia de espetáculo, com intervalo de vinte e cinco minutos, acabou o belíssimo Varekai, ficando uma vontade de ver novamente. Quem sabe quando chegar em Brasília...
artes cênicas
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