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domingo, 26 de fevereiro de 2012

FILIPE CATTO - FÔLEGO




Ouvir Filipe Catto é experimentar uma mistura de estilos diferentes, tornando-se uma coisa única, exclusiva, deste cantor gaúcho radicado em São Paulo. Já tinha postado aqui na série Música Que Ouço o seu primeiro trabalho: Fôlego. Ele tem a irreverência de Eduardo Dusek, a ousadia de Caetano Veloso, a dramaticidade de Maísa e um timbre de voz que nos lembra Ney Matogrosso. Seu cd está sempre em rotação no player de meu carro. Ao ler que ele seria uma das atrações do Festival Internacional de Artes de Brasília, que ocupou vários espaços da cidade durante os meses de janeiro e fevereiro, tratei logo de ir atrás do ingresso. Todo o festival teve entrada gratuita, mediante a retirada de um par de ingressos por pessoa a partir de 14 horas do dia marcado para o espetáculo. Cheguei de Recife no dia 01º de fevereiro, mesmo dia do show, já perto de 18 horas Antes de ir para casa, Ric me levou à bilheteria do Teatro Nacional Cláudio Santoro, onde consegui entrada para me sentar em uma das últimas filas. Antes de Filipe Catto, se apresentaria a banda brasiliense Innatura. Cheguei no horário marcado, às 20 horas, sem dificuldades para estacionar. A Sala Villa-Lobos estava com pouco menos de 2/3 ocupada. Com apenas dez minutos de atraso o show de reggae começou. Confesso que não sou fã deste ritmo e acabei o show continuando sem gostar. Meu interesse principal era ver em cena o cantor gaúcho. Montaram rapidamente o palco para, em seguida, ele ser anunciado. O público já tinha baixado para menos da metade do teatro, evidenciando que muitos foram ver e prestigiar a banda Innatura. O cenário é bem simples, com apenas as letras que formam a palavra fôlego dispostas irregularmente do lado ao contrário. A ideia que me passou era que os músicos estavam em um telhado de um edifício em meio aos letreiros de um grande painel luminoso. Foram quase duas horas de um espetáculo arrebatador. Filipe Catto é mil vezes melhor em cena. Ele interpreta cada canção com tanta carga emotiva que mais parece um ator. Ouvir Garçon, clássico brega de Reginaldo Rossi, na voz de Catto, parece uma outra canção. Crime Passional, Gardênia, Saga, Ave de Prata, todas músicas de seu cd, ficam superiores na interpretação ao vivo. Quem já o conhecia, cantava as suas músicas junto com ele. Quem ainda não sabia quem ele era, ficava extasiado, comentando que compraria o cd. Visivelmente emocionado, Catto terminou um belo show dizendo que aquele tinha sido seu maior público até então em sua carreira. Tenho certeza que ele ainda lotará os teatros pelo Brasil. Grande show. E o melhor: gratuito.

música

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