Gosto de ir aos cinemas sempre, mas perto das grandes premiações americanas, como o Globo de Ouro e o Oscar, procuro ver os filmes que concorrem aos prêmios. Assim, janeiro e fevereiro são pratos cheios para mim. O meu tempo para lazer está curto, mas quando dá, vou correndo para uma sala de cinema. Estava em Recife no final de janeiro a trabalho. Após o jantar, fui ao Shopping Recife, no UCI Kinoplex para conferir a versão americana para o sucesso literário sueco Millennium - Os Homens Que Não Amavam As Mulheres (The Girl With The Dragon Tatoo). É o primeiro de uma trilogia. Não vi a versão sueca. Na americana, o talento de David Fincher na direção já a credenciava para ser um bom filme. No elenco, Daniel Craig (Mikael Blomkvist), Rooney Mara (Lisbeth Salander, a garota com a tatuagem de dragão do título), Christopher Plummer (Enrik Vanger), Robin Wright (Erika Berger), Stellen Skarsgárd (Martin Venger), entre outros. O filme tem a duração de 158 minutos, mas não é cansativo. Fincher gosta de dirigir fitas de suspense e se dá, mais uma vez, muito bem nesta versão. Blomkvist é sócio de Erika na revista Millennium, fazendo um jornalismo independente, sem suporte financeiro. Ele perde uma ação para um milionário referente a uma reportagem publicada em sua revista e é contratado por outro milionário, Enrik Vanger, para escrever suas memórias. Ao aceitar, descobre que o interesse de Enrik é desvendar o desaparecimento de sua neta algumas décadas atrás. Para tanto, ele se muda para uma ilha, onde mora a família Vanger. Ao solicitar um ajudante, Enrik lhe indica a hacker Lisbeth. Os dois vão trabalhar juntos, descobrindo os podres de cada membro da família Vanger, com direito a um nazista. Há uma história paralela da hacker, pois ela vive sob a custódia do Estado, por problemas de delinquência juvenil. O filme tem cenas fortes, como o estupro anal de Lisbeth e sua vingança posterior, além da história que envolve dois dos Vanger que utilizavam de instrumentos pouco ortodoxos para torturar mulheres. Este é mote para no Brasil o título ser Os Homens Que Não Amavam As Mulheres. Rooney Mara dá um show de interpretação, fazendo uma jovem reprimida, tímida até, mas que se solta durante a investigação do sumiço da neta de Enrik. Não é a toa que ela está indicada para o Oscar 2012 de melhor atriz. Craig também está muito bem no papel do jornalista, não lembrando nem um pouco que ele é o James Bond. Uma grata surpresa foi ver nas telas Robin Wright, mesmo que em papel pequeno, pois era uma promessa quando surgiu, mas desapareceu logo em seguida. Outro que está muito bem é Skarsgard. Fincher foi muito feliz em ter nas mãos tantos atores bons, incluindo Plummer, que também concorre ao Oscar como ator coadjuvante, mas por seu desempenho no filme Tão Forte e Tão Perto. Outro destaque é a fotografia, remetendo a películas da década de setenta. Gostei muito.Torço desde já para que a direção dos dois outros filmes da trilogia fiquem com o mesmo diretor desta primeira parte.
filme
cinema
Noel,
ResponderExcluirEu tô doido ou tinha em post seu falando em férias?
Bjs
Pek,
ExcluirEstou realmente de férias. Acabo de chegar em Santiago, Chile. Vc deve ter lido no Facebook.
Bjs.
Olá! Sou cartunista especializado em caricaturas e este foi o meio que encontrei p/ expressar minha admiração pelo trabalho de David Fincher e em especial do anti-carisma mais sedutor dos últimos tempos encarnado na personagem Lisbeth Salander.
ResponderExcluirhttp://marcelographics.wordpress.com/2012/02/17/caricaturas-millenium-the-girl-with-teh-dragon-tattoo-by-marcelographics/