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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

COMING OUT


Depois de algum tempo sem ver filme de temática homossexual, peguei o alemão Coming Out, lançado em 1989, para ver em dvd. Tenho o filme em minha filmoteca. É dirigido por Heiner Carow com duração aproximada de 113 minutos. Os principais atores são Mathias Freihof (o professor Philipp), Dirk Kummer (Mathias) e Dagmar Manzel (Tanja). O professor Philipp não consegue se assumir gay e acaba se envolvendo com Tanja, colega de trabalho, culminando com namoro e pedido de casamento. Tudo ia bem até aparecer Jakob, um amigo de Tanja, antigo amor de Philipp. Foi o bastante para ele ficar confuso, voltar a frequentar um bar gay e conhecer Mathias, por quem se apaixona. No entanto, ele não consegue largar Tanja e começa a ter uma vida dupla, com direito a frequentar parques públicos, numa autêntica caça ao sexo. O mote daria uma ótima história, mas Carow não conseguiu imprimir ritmo ao enredo, tornando-o enfadonho, chato de se ver. O roteiro é truncado, com cortes sem sentido. Ele deixa algumas cenas sem acabamento, ficando a cargo de quem assiste concluir o que aconteceu, mas nem sempre é fácil de se tirar conclusões, pois parece que falta algo ao filme. As atuações também são lastimáveis. Há uma festa a fantasia em um clube gay totalmente sem graça. Vemos claramente que os figurantes estão forçados na festa. No mesmo bar que acontece a festa, há uma outra cena, quando Phillip tem um ataque e acaba chorando sentado em uma mesa com um senhor de 70 anos que faz um discurso sobre a perseguição nazista aos homossexuais na época de Hitler, quando chegou a ir para um campo de concentração, sendo salvo pelo Partido Comunista. O seu discurso era para mostrar que a Alemanha estava melhor para todos, com exceção dos gays. A cena é interessante, mas o próprio filme desmente o discurso do velho, pois em uma das cenas iniciais, três brancos agridem um negro (em cena totalmente ensaiada, nitidamente falsa) em um vagão de metrô e ninguém ajuda. Textualmente os agressores demonstram que socam o negro somente por ele ser negro. O enredo poderia explorar melhor a causa de tanta repressão interna de Phillip, mostrando bem superficialmente que a família o sufocou na adolescência quando descobriu que ele gostava de homens.  O final é péssimo, com uma cena horrível na sala de aula, quando o professor será avaliado por uma equipe do colégio (os avaliadores tem cara de nazistas). Não há uma conclusão. Da forma que começou, terminou. Detestei.

filme
dvd

Um comentário:

  1. acabei de assistir o filme, gostei de ver somente pelo idioma mesmo, mas realmente o filme não tem nada de interessante, a não ser as ruas lotadas daqueles carrinhos engraçados, os "Trabant"s. Também não gostei!

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