Pesquisar este blog

sexta-feira, 13 de julho de 2012

PARA ROMA COM AMOR

Na noite de segunda-feira resolvi ver um filme. Há muito que queria conhecer o reformado cinema do Liberty Mall, agora chamado Cine Cultura, palco de filmes pouco convencionais, filmes de arte e fora dos padrões ditados por Hollywood. Chequei a programação. O novo filme de Woody Allen, Para Roma com Amor (To Rome With Love), co-produção de Estados Unidos, Espanha e Itália, estava em cartaz na sala 4 do complexo cinematográfico, com sessão às 22 horas. Como é perto de minha casa, em menos de dez minutos já estava na bilheteria do cinema, onde adquiri o ingresso (inteira) por R$ 10,00. A sessão não estava lotada, mas a pequena sala de exibição recebeu um bom público. O filme mantém as características do diretor novaiorquino, como muito diálogo, muitos personagens interpretados por atores famosos, e as referências à psicanálise. É uma comédia romântica que presta uma merecida homenagem à cidade eterna, a capital italiana, a sempre bela Roma. Os italianos também são homenageados, seja nos encontros ao redor de uma mesa com muita comida e vinho, seja no gestual, na presteza em ajudar os outros, ou no canto lírico, com montagens operísticas. Há uma ótima sátira à celebridades instantâneas e o papel da imprensa na perpetuação da fama destas pessoas, com direito a muitos paparazzi. O diretor, também roteirista, nos mostra algumas histórias de amor, de paixão, de desejo carnal, que acontecem em um curto período de tempo em Roma, quando os principais pontos turísticos da cidade servem de cenário: Piazza Spagna, Coliseu, Piazza Navona, Fontana di Trevi, Forum Romano, Termas de Caracala, ruas do bairro Trastevere. O próprio diretor atua no papel de um regente de ópera aposentado que vai com sua esposa para Roma conhecer o noivo da filha. Há situações engraçadíssimas, como o dono de uma funerária que canta árias de óperas maravilhosamente quando está debaixo do chuveiro, mas que não consegue a mesma performance quando não está no banho. A solução encontrada para ele participar de óperas é típica de Woody Allen, algo meio impensável e nonsense. No elenco um apagado Alec Baldwin, Roberto Benigni, eternamente fazendo o mesmo papel, Jesse Eisenberg, Greta Gerwing, Penélope Cruz, numa interpretação over de uma prostituta, entre outros. Destaco a rápida aparição de Ornella Muti interpretando uma famosa atriz em filmagem nas ruas da capital italiana (uma justa homenagem ao cinema italiano). Humor inteligente, sem apelações e sem cair na comédia pastelão. Gostei muito.

filme

Nenhum comentário:

Postar um comentário