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segunda-feira, 9 de julho de 2012

DE CHIRICO, O SENTIMENTO DA ARQUITETURA

Depois de contemplar as obras de Caravaggio e seus seguidores na Casa Fiat de Cultura, fui para a segunda galeria do espaço cultural onde está a exposição De Chirico, O Sentimento da Arquitetura, com curadoria de Maddalena d'Alfonso. Tal mostra já havia sido exposta no MASP e está em cartaz em Nova Lima (MG) desde o dia 29 de maio, onde fica aberta para visitação pública, com entrada gratuita, até 29 de julho de 2012. Como as pinturas de Caravaggio atraem um público grande, para ver as obras de De Chirico é necessário enfrentar uma fila de, no mínimo, uma hora nos finais de semana para pegar os ingressos. Ainda no hall do espaço cultural, uma grande escultura do artista greco-italiano recebe os visitantes. É a única obra que se permite fotografar, desde que sem uso do flash. Ao descer as escadas e entrar na galeria, vemos outras esculturas de menor porte, sendo que algumas delas podem ser tocadas por deficientes visuais, uma série de litografias e muitas pinturas. São cerca de 120 obras pertencentes à Fondazione Giorgio e Isa de Chirico, localizada em Roma. As obras estão distribuídas em salas. Na primeira sala à direita de quem entra ficam as litografias, com desenhos muito similares entre si e algumas esculturas protegidas por uma caixa de vidro. Eu estava sob o impacto do barroco de Caravaggio e achei as litografias sem graça. As esculturas me chamaram a atenção, pois as figuras humanas não tinham rosto definido. Assim que passei para a próxima sala, uma série de pinturas mostravam as mesmas figuras humanas sem rosto. Alguns elementos do surrealismo podem ser identificados nestas pinturas, mas li nos textos da exposição que De Chirico não gostava de ser identificado como surrealista. Ele dizia que sua pintura era metafísica, ela questionava o significado da existência do mundo. Não sou filósofo e nem estava afim de ficar procurando o sentido da vida nas pinturas ali expostas. Há um tema recorrente e alguns quadros parecem iguais porque o pintor utiliza alguns elementos recorrentemente, como os manequins sem rosto, a chaminé de uma fábrica, uma praça, estátuas e colunas greco-romanas. A cor é forte, com o amarelo predominando. Embora com seis vezes mais obras do que Caravaggio e Seus Seguidores, percorri toda a exposição de De Chirico em vinte minutos, pois as pinturas são muito parecidas e não me chamaram muito a atenção. Talvez eu tenha que me aprofundar mais na história deste pintor para poder captar melhor o significado de suas obras, mas, por ora, De Chirico não me cativou. Valeu a experiência!

artes plásticas

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