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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

SANDY INTERPRETA MICHAEL JACKSON




Nunca imaginei que um dia iria a um show de Sandy. Pois fui. Assim que anunciaram que o Circuito Cultural Banco do Brasil passaria por Brasília, fiquei interessado na proposta onde um cantor/cantora faz um show inteiro dedicado à obra de um artista consagrado nacional e/ou internacionalmente. Para esta etapa do circuito, que tem curadoria de Monique Gardenberg e Toni Platão, foram definidos três shows: Sandy interpreta Michael Jackson, Lulu Santos interpreta Roberto e Eramos Carlos, e Maria Bethânia interpreta Chico Buarque. Os ingressos para o show de Bethânia foram pulverizados no mesmo dia em que foram colocados em pré-venda para clientes Ourocard. Infelizmente não consegui comprar, garantindo, no entanto, entradas para os dois outros shows por R$ 69,00 cada um. Sandy interpreta Michael Jackson abriu o circuito em Brasília na noite de 08 de agosto na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Cláudio Santoro. Sentei bem atrás, na fileira T. Na bilheteria do teatro havia a informação de que os ingressos para o show de Sandy estavam esgotados, mas havia umas duas dezenas de poltronas vazias. Sinal que os famosos convites não foram utilizados, deixando quem queria comprar ingressos de fora do espetáculo. Para minha surpresa, o público era, majoritariamente acima de quarenta anos de idade. Logo fiz uma associação de que havia mais fãs de Michael Jackson do que de Sandy. Pode até ser verdade, mas assim que ela apareceu no palco, muitos gritos histéricos, especialmente de mulheres, ecoaram no teatro. De nada adiantou o aviso antes do show sobre a proibição de filmagens e fotografias. O que mais se via eram luzes das câmaras digitais e das telas de smarphones ligadas durante todo o show. Com uma banda com cinco músicos, ela apareceu no palco com figurino inspirado nas roupas do Rei do Pop, em pedestal à direita, cantando Bad. O arranjo deixou a música mais lenta e a voz da cantora não se encaixou na música. Quando ela cantava o refrão, parecia um cabrito chamando a mãe. Outros sucessos vieram em seguida, mas não senti empolgação na plateia. Ninguém cantava as músicas. Os fãs de Sandy insistiam em gritar gracinhas para a cantora, fato que irritava quem queria ouvir as canções de Michael Jackson. Os mesmos fãs tiravam muitas fotos, publicando-os imediatamente nas redes sociais, quando a operadora de telefonia funcionava (vi uma jovem na fileira da frente ficar xingando a TIM por não ter sinal de internet no teatro). Quando terminou Rock With You, a terceira canção da noite, ela conversou com o público e assim o fez até o final do espetáculo. Em uma destas intervenções, ela disse que na escolha do setlist do show escolhera canções de todas as fases de Michael Jackson, incluindo a época em que cantava com seus irmãos no Jackson Five. Não podia faltar no repertório Ben, Man in The Mirror, I'll Be There, Music and Me, Human Nature, Billy Jean e Thriller. Estas duas últimas também tiveram arranjos que as deixaram mais lentas, o que me desagradou. Uma histérica atrás de mim não parava de gritar pedindo para Sandy fazer o moonwalk. Claro que não foi atendida, pois a cantora usava um salto alto considerável. A última canção foi Gone To Soon. Assim que deixou o palco, não senti, novamente, empolgação da plateia, que custou a pedir bis. Ela demorou um pouco a voltar, encerrando a apresentação da noite com a dançante Don't Stop Till You Get Enough, quando todos ficaram em pé, mas poucos dançaram. Enfim, um show médio com viés de baixa (utilizando um jargão do economês). Ressalto que o cenário do show estava muito bonito, especialmente o jogo de luzes e a projeção em um telão redondo, cujo ponto alto foi durante a introdução da música Earth Song, quando parecia que a Terra rodava em pleno palco da Villa-Lobos.

música
show

Um comentário:

  1. eu assisti o Show em Goiânia em 2011 e foia lindo o problema é a falta de respeito de alguns fãns .eu mesma me arrependo de ter gritado para ela jogar a jaketa para mim muitos ficaram olhando

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