Especialidade: peixes e camarões, especialmente moquecas e caldeiradas, sob o comando do chef Thiago Castanho.
Quando fui: almoço do dia 16 de agosto de 2012, quinta-feira. Chegamos às 13:45 horas, deixando o restaurante às 15:20 horas. Éramos três pessoas.
Serviço: Logo na entrada do restaurante, fomos recebidos por um simpático empregado que nos indicou a parte de cima, cujo acesso se dá por escada à esquerda, uma vez que a parte de baixo não estava aberta. Uma brigada de garçons sorridentes e prontos para ajudar estava na parte superior do restaurante, que tem dois ambientes, e estava com público ocupando cerca de 1/3 das mesas. O cheiro de coentro era forte, mas ouvindo minha mãe dizendo que meu pai não comia este tempero (que também não gosto), o garçom disse que poderia fazer qualquer prato do cardápio sem ele. A chegada à mesa dos pedidos não é rápida, mas o tempo médio de espera foi avisado pelo garçom tão logo fizemos os pedidos, quando fiz este questionamento. Carta de vinhos modesta. Predominam no cardápio pratos com peixes e camarões, com destaque para as variações de moquecas (paraense, capixaba e baiana) e caldeiradas. Há serviço de wi-fi mediante solicitação de senha. Ao final, chamaram um táxi para nós, que fomos os últimos clientes a deixar o local antes de fecharem para o almoço. Apenas uma mesa com um estrangeiro e o chef da casa ainda estava ocupada.
O que bebi: uma lata de Guaraná Antarctica Zero durante o almoço e uma xícara de café expresso ao final.
O que comi: fiz um pedido completo com entrada, prato principal e sobremesa.
Entrada: segui a dica do garçom pedindo uma porção de bolinhos crocantes de piracuí (R$ 17,00). São dez unidades de um bolinho de peixe da região, cuja carne é escura. O bolinho chegou bem quente à mesa, acompanhado de molho rosé, e de um potinho com molho de pimenta, também da região. Passados em farinha mais grossa, estavam bem crocantes, como anunciado no cardápio. Notei que a maioria dos clientes fazia o mesmo pedido como entrada, sempre compartilhada pelos comensais na mesma mesa. Foi o que fizemos. Gostei da farinha grossa e do sabor do bolinho com um pouquinho da pimenta. Sem tal molho, ele fica sem graça.
Prato principal: em todas as reportagens que li sobre o chef e o restaurante, um prato sempre era citado, a moqueca paraense de camarão com banana da terra (R$ 70,00). Este também é o Prato da Boa Lembrança. Não tive dúvidas em pedí-lo. Meus pais optaram por outra sugestão presente nas diversas resenhas sobre o Remando do Peixe, a caldeirada a moda paraense, feita com o peixe filhote, jambu, camarões, pimentões amarelo e verde, tomate, batata, cebola e ovo cozido, tudo no caldo de tucupi. Ambos os pratos demoraram cerca de meia hora para chegar à mesa. São servidos em panelas de pedra, no melhor estilo das moquecas, porém mais fundas, o que garante que a comida fique quente por mais tempo. Meu prato era bem servido, consistindo de camarões, muitos camarões, por sinal, com banana da terra cozidos em um molho espesso de tucupi, e ainda folhas da jambu (aquela que deixa a língua levemente adormecida quando a mastigamos, dando uma sensação agradável à boca), pimentão verde e tomate. Acompanha arroz branco. O arroz é praticamente sem tempero o que garante uma suavizada no forte sabor do tucupi. A dormência provocada pelo jambu e o azedo/salgado do tucupi provocam diferentes sensações quando harmonizados com o tenro camarão. Realmente o prato merece todas as loas que escrevem sobre ele. Sensacional.
Sobremesa: fiquei na dúvida, mas acabei pedindo uma versão paraense para o tiramisu, o clássico doce italiano que leva um toque de fruta paraense, o bacuri, que recebeu o nome de tiramisu de bacuri (R$ 13,00). Confesso que confundi bacuri com buriti e somente quando o prato chegou à mesa, vendo a cor branca do creme de bacuri que cobria o tiramisu, fui me lembrar que não aprecio esta fruta. Mas como quem está na chuva é para se molhar, provei a versão do restaurante para uma das minhas sobremesas favoritas. Não aprovei, mesmo deixando de lado o creme (que não gostei, pois o sabor da fruta estava bem forte).
Entrada: segui a dica do garçom pedindo uma porção de bolinhos crocantes de piracuí (R$ 17,00). São dez unidades de um bolinho de peixe da região, cuja carne é escura. O bolinho chegou bem quente à mesa, acompanhado de molho rosé, e de um potinho com molho de pimenta, também da região. Passados em farinha mais grossa, estavam bem crocantes, como anunciado no cardápio. Notei que a maioria dos clientes fazia o mesmo pedido como entrada, sempre compartilhada pelos comensais na mesma mesa. Foi o que fizemos. Gostei da farinha grossa e do sabor do bolinho com um pouquinho da pimenta. Sem tal molho, ele fica sem graça.
Prato principal: em todas as reportagens que li sobre o chef e o restaurante, um prato sempre era citado, a moqueca paraense de camarão com banana da terra (R$ 70,00). Este também é o Prato da Boa Lembrança. Não tive dúvidas em pedí-lo. Meus pais optaram por outra sugestão presente nas diversas resenhas sobre o Remando do Peixe, a caldeirada a moda paraense, feita com o peixe filhote, jambu, camarões, pimentões amarelo e verde, tomate, batata, cebola e ovo cozido, tudo no caldo de tucupi. Ambos os pratos demoraram cerca de meia hora para chegar à mesa. São servidos em panelas de pedra, no melhor estilo das moquecas, porém mais fundas, o que garante que a comida fique quente por mais tempo. Meu prato era bem servido, consistindo de camarões, muitos camarões, por sinal, com banana da terra cozidos em um molho espesso de tucupi, e ainda folhas da jambu (aquela que deixa a língua levemente adormecida quando a mastigamos, dando uma sensação agradável à boca), pimentão verde e tomate. Acompanha arroz branco. O arroz é praticamente sem tempero o que garante uma suavizada no forte sabor do tucupi. A dormência provocada pelo jambu e o azedo/salgado do tucupi provocam diferentes sensações quando harmonizados com o tenro camarão. Realmente o prato merece todas as loas que escrevem sobre ele. Sensacional.
Sobremesa: fiquei na dúvida, mas acabei pedindo uma versão paraense para o tiramisu, o clássico doce italiano que leva um toque de fruta paraense, o bacuri, que recebeu o nome de tiramisu de bacuri (R$ 13,00). Confesso que confundi bacuri com buriti e somente quando o prato chegou à mesa, vendo a cor branca do creme de bacuri que cobria o tiramisu, fui me lembrar que não aprecio esta fruta. Mas como quem está na chuva é para se molhar, provei a versão do restaurante para uma das minhas sobremesas favoritas. Não aprovei, mesmo deixando de lado o creme (que não gostei, pois o sabor da fruta estava bem forte).
Valor total da conta: R$ 248,90, sem bebida alcoólica.
A avaliação a seguir leva em consideração a experiência por mim vivenciada durante a minha visita ao restaurante, desde o momento da reserva (quando há), passando pela recepção, acomodação na mesa, atendimento, tempo de chegada dos pedidos, até o pagamento da conta. Esta avaliação varia de um a cinco asteriscos, representados pelo símbolo (*), podendo ter a variação de meio asterisco, representada pelo formato (1/2).
Minha avaliação: * * * *. Ambiente simples, mas com uma comida maravilhosa, especialmente os pratos principais. Para os que não são apreciadores de peixes e frutos do mar, a casa oferece duas opções de filé (carne vermelha), mas comete um pecado quem vai ao Remanso do Peixe e não prova uma de suas moquecas e/ou caldeiradas. Para voltar muitas vezes.
Gastronomia Pará (PA)
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