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sábado, 25 de agosto de 2012

MUSEU PARAENSE EMÍLIO GOELDI - BELÉM (PA)


Acordamos cedo para aproveitar a manhã de domingo em Belém, nossas últimas horas na capital paraense nesta viagem com meus pais. Após o café da manhã no hotel, pegamos um táxi para o Museu Paraense Emílio Goeldi (Avenida Magalhães Barata, 376, São Braz), cuja corrida pagamos R$ 8,00. Era muito perto, cerca de 800 metros do hotel, mas meu pai não conseguiria caminhar até lá e sabendo que no museu teríamos que andar um pouco em meio a árvores e animais, decidimos pelo táxi. Como o motorista foi muito gentil, combinei de ligar para ele para fazer o caminho de volta. O dia, como sempre, estava bem quente, fazia um calor abafado. Na entrada do museu, uma pequena fila se formava em frente à bilheteria, na qual estavam muitos casais com filhos pequenos. Um funcionário do local chamou meus pais para entrar direto, pois pessoas com mais de 60 anos não pagam. Fiquei na fila, adquirindo minha entrada por R$ 2,00. Infelizmente não havia um mapa do local para nos orientar lá dentro. A instituição é pública, ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia e tem 142 anos de existência. Trata-se, na verdade, de um imenso parque urbano com exemplares da fauna e da flora amazônica. Alguns animais, como lagartos e cotias, ficam soltos, passeando entre os visitantes. Entre as imensas folhagens foram colocadas fotografias em tamanho natural de pessoas importantes para a história do museu, no mesmo estilo que se encontra na Estação das Docas. Um painel logo após a entrada tem um mapa do museu, com as indicações de onde ficam as principais atrações. Entre os atrativos estão animais e plantas. Começamos pela direita, onde um viveiro com algumas aves e tartarugas é visto ao final de um curto caminho. Em seguida, algumas árvores bem altas, algumas delas identificadas com placas contendo nome científico e nome popular. Paramos para fotos em frente ao Lago da Vitória-Régia, uma das atrações mais visitadas e fotografadas pelos turistas de fora do Pará, conforme me disse um dos monitores do museu. Eu já conhecia o lugar, mas da primeira vez que lá estive o aquário com o peixe-boi estava vazio, pois o animal estava doente. Era minha chance de ver um exemplar ao vivo e a cores. Continuamos caminhando devagar, vendo as furtivas cotias passarem de um lado para o outro. Passamos pela jaula da ariranha, que não quis sair do seu conforto, deitada na sombra sobre uma pedra. Viveiros com algumas espécies de tartarugas e jabutis chamam a atenção das crianças. Em um destes viveiros, o que tinha maior quantidade de tartarugas pequenas, dois jacarés, também pequenos, se misturavam a elas. Na jaula em frente, um enorme jacaré-açu, que chega a atingir até sete metros de comprimento, tomava sol tranquilamente na superfície da água. O barulho próximo não deixava dúvidas de que a jaula a seguir era a dos macacos. Faziam graça para os visitantes. Uma preguiçosa anta estava na jaula ao lado, onde muitas cotias entravam para roubar parte de sua comida. Mais viveiros com aves, incluindo um gavião em extinção, corujas enormes, araras, papagaios e tucanos. Chegamos no aquário do peixe-boi onde uma placa informava que ele estava passando por uma modernização, com previsão de reabertura em outubro de 2012. Mais uma vez não consegui ver este interessante animal. No local, um pé lotado de carambola madura me chamou a atenção. Revirando minha memória, percebi que era a primeira vez que via carambola no pé. Sem peixe-boi, mas com muitas carambolas no pé. Outra jaula que atrai muita gente, especialmente as crianças, é a destinada aos felinos. Três onças pintadas descansavam calmamente, sem se importar pelas centenas de fotos que eram tiradas. Chegávamos ao ponto onde entramos. Uma casa grande, de dois pavimentos chama a atenção, pintada em salmão. Trata-se do Pavilhão Domingos Soares Ferreira Penna, nome dado em homenagem a um mineiro que dirigiu o museu em seus primeiros anos. A casa é chamada de Rocinha, nome dado aos casarões que foram construídos em Belém no final do Séc. XIX, início do Séc. XX, e que quase nenhum sobreviveu ao desenvolvimento da cidade. O exemplar bem conservado que abriga uma mostra sobre os trabalhos do museu tem a data de sua fundação inscrita no portal de ferro na parte de cima da porta principal: 1879. Dentro, vários ventiladores e janelas abertas garantiam um certo frescor para que os turistas pudessem ler os informativos, ver os vídeos e apreciar vários animais que pertenceram ao museu e quando morreram utilizaram a técnica da taxidermia para deixá-los em exibição. Assim, vimos uma onça negra, um macaco, uma águia-pombo da amazônia, uma cobra, pássaros pequenos e um esqueleto de Maíra, uma fêmea de peixe-boi (será que era o peixe-boi que estava doente em minha primeira visita ao museu?). Não saí de todo frustrado em relação ao peixe-boi. A maioria das pessoas que chegava perto do esqueleto exclamava: "olha, um esqueleto de jacaré!", incluindo meu pai. Uma placa com o nome Maíra esclarecia que se tratava de ossos de um peixe-boi. Ao sair da Rocinha, sentamos em um banco para descansar. Neste momento, um lagarto deu o ar da graça. Foi a festa para a meninada. Seguimos adiante, passando pelas ruínas de uma construção apelidada de Castelinho, alcançando uma das saídas do museu. Liguei para o motorista, que em menos de dez minutos estacionava seu táxi onde havia nos deixado uma hora e meia atrás. Voltamos para o hotel, quando deixei R$ 15,00 pela corrida e pela gentileza do taxista de não se importar de fazer um trajeto tão curto de táxi conosco. Era hora de acabar de fechar as malas, pagar as contas do hotel, pegar um novo táxi, indo para o aeroporto. Chegava ao fim uma deliciosa viagem de quatro dias na capital do Pará.













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