Quando vi a programação do Invasão Paraense, em cartaz no CCBB de Brasília, fiquei curioso com a atração programada para encerrar o primeiro final de semana do projeto: Metaleiras da Amazônia. Para mim, sem ter lido a sinopse, se tratava de uma grupo de heavy metal formado por mulheres. Comprei o ingresso (R$ 3,00), mantendo esta curiosidade. O show estava marcado para começar às 21 horas, mas teve um atraso de dez minutos. No vídeo que passou antes dos músicos entrarem no palco, ficou claro que não havia mulheres na banda. Com um tecladista, um baterista, um baixista e um guitarrista, este também produtor da banda, como apoio, o trio de sopro entrou em cena. São três senhores que formam o grupo Metaleiras da Amazônia, cujos nomes artísticos são bem interessantes: Pipira do Trombone, Manezinho do Sax e Pantoja do Pará (trompete). Os três são militares e se uniram em torno da música. O show é composto basicamente de músicas instrumentais, de autoria dos próprios integrantes do trio, com poucas intervenções vocais, a maioria feita pelo guitarrista MG Calibre, que, diga-se de passagem, tem pouca voz. Tirando a parte cantada, mínima, por sinal, o show é vibrante. Ritmos típicos do Pará como o carimbó e a lambada, se juntaram ao mambo, à cumbia colombiana, ao lundu, ao ska e ao rock, fazendo com que ninguém ficasse parado nas cadeiras. Pena que o teatro estava bem vazio. Quem foi, viu um ótimo show, sem firulas, sem estrelismos, com músicos apaixonados pelo que fazem.
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