A Sabiá Sabiazinha (Robin Robin), 2021, 32 minutos.
Animação em curta metragem dirigida por Daniel Ojari e Michael Please que concorre ao Oscar 2022.
É daqueles desenhos animados com personagens fofinhos, com textura diferente nos traços dos desenhos, com mensagem sobre a importância de reconhecer a diversidade e promover a inclusão. Mas fica nisto.
O roteiro é batido, já explorado centenas de vezes em filmes e animações. Uma sabiá, ao sair do ovo, é acolhida por uma família de ratos, onde a presença materna não existe. Ela cresce acreditando ser uma ratinha. Ao sentir que atrapalhou os ratos na busca por comida, ela vai sozinha tentar mostrar que pode ser uma boa rata, encontrando obstáculos pelo caminho, como uma malvada gata, e faz amizade com um pássaro que não pode voar por ter a asa quebrada. Os humanos aparecem apenas como sombras.
Apesar da mensagem atual de saber conviver com os diferentes, há mensagens não muito positivas no curta.
A figura feminina é sempre vista pelo lado negativo: a sabiá é atrapalhada, faz tudo errado; a gata encarna a maldade, tem cara de poucos amigos, quer comer os ratos e os pássaros, e a sombra humana que identifica a bagunça da sabiá em sua casa é uma mulher que os personagens animais tratam como monstro. Até que os diretores tentam se redimir ao final, pois é a sabiá que salva todos da tal gata.
Outro ponto negativo, para mim, muito evidente, é a exaltação ao ato de roubar, praticado e enaltecido pela família de ratos, que sempre rouba migalhas e restos de comida nas casas dos humanos.
Enfim, não gostei.
Disponível na Netflix.
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